Líderes na Câmara apontam dificuldade em aprovar pautas prioritárias até dezembro

Como a proposta de emenda à Constituição que cria gatilhos para o controle de despesas públicas, a chamada PEC Emergencial

LEONARDO CALAZENÇO

1 de novembro de 2020 09:42 | Atualizado há 11 minutos

Na fase final para o recesso parlamentar de fim de ano, líderes partidários na Câmara dos Deputados apontam dificuldade para aprovar pautas prioritárias até dezembro.

Faltando menos de oito semanas para o recesso oficial das férias dos congressistas, a eleição municipal esvazia o Congresso Nacional nesse período porque os parlamentares ficam engajados com a campanha eleitoral em seus estados de origem.

Além disso, há ainda a obstrução da base aliada do governo Bolsonaro, que tem derrubado por falta de quórum as votações na Câmara nas últimas semanas e impedido o avanço de matérias.

O motivo é a disputa pelo comando da Comissão Mista de Orçamento (CMO), responsável por definir as prioridades do Orçamento da União e a distribuição de recursos para 2021.

Há um embate acirrado entre o grupo do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e o chamado Centrão, base aliada do governo Bolsonaro controlada pelo deputado Arthur Lira (AL), que lidera a bancada do progressistas.

No entanto, cada grupo defende um nome para presidir a CMO, e até então nenhum dos dois deram sinais de que irão ceder.

O deputado Joaquim Passarinho (PSD-PA), disse não acreditar que consigam votar nenhuma dessas pautas, como a [PEC] Emergencial ou a reforma tributária.

Para o líder do PT, Ênio Verri (PR), o foco da maioria nesse momento está nas eleições e, depois, não haverá tempo até o fim do ano para debater assuntos polêmicos e chegar a consensos.

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