O que Felipão ganha com a chegada de William Pottker ao Cruzeiro? Jornalistas opinam

Thiago Madureira

Com William Pottker, o Cruzeiro ganha um atleta com passagens por clubes com grande pressão, como Internacional e Ponte Preta, e que pode ser utilizado em várias posições no ataque, de ponta direita a centroavante. Ele tem como pontos positivos a força, o chute e a capacidade de participar da marcação. Por outro lado, sofre com lesões. Foram dez em três temporadas no Colorado, seu ex-clube.

O jornalista Rafael Pfeiffer, da Rádio Guaíba, disse que Pottker costuma se impor contra as zagas adversárias. “O Pottker desde que chegou ao Inter ficou muito caracterizado pela força. Em alguns momentos, velocidade, mas basicamente pela força. Ele se impõe sobre as defesas adversárias na base da força”, frisou.

Em 2017, o atacante disputou a Série B pelo Inter. Foi o artilheiro do time na competição, com 10 gols em 32 partidas, contribuindo no retorno da equipe à primeira divisão.

Pfeiffer alertou que falta a Pottker um pouco mais de capacidade de pensar o jogo. “Ele tem um defeito que é a tomada de decisão em alguns momentos. Falta para ele levantar a cabeça e olhar melhor a situação, observar quem está melhor posicionado, tentar um passe. Às vezes, ele tenta resolver tudo sozinho”, frisou.

No Inter, Pottker jogou como centroavanteponta direita e segundo atacante, explica o repórter Marcos Bertoncello, da GaúchaZH. Dessa forma, Felipão ganha um leque de opções para o ataque do Cruzeiro.

“Os treinadores Zago, Guto, Odair e Zé Ricardo, adeptos do 4-2-3-1, sempre escalaram o Pottker como o extremo pela direita. Sempre numa linha de três atrás do centroavante (Damião, Guerrero, Rafael Sobis ou Nico Lopez). Em alguns momentos, ele foi usado como centroavante, mas não funcionou. Aquele estilo dele na Ponte Preta, mais camisa 9, nunca deu fruto no Inter”, frisou.

“Com a chegada do Coudet, que monta o time no 4-1-3-2, Pottker passou a jogar como segundo atacante (ao lado do Thiago Galhardo, por exemplo). Começou a render mais. E o Coudet é muito adepto do jogo físico, que é justamente o que o Pottker gosta”, completou Bertoncello.

Apesar disso, já não havia mais clima entre a torcida e Pottker, diz o repórter da GaúchaZH. “Virou problema. Botar o Pottker era brigar com a torcida. E parece que ele sentiu isso. Não conseguia dar mais a resposta”.

Lesões

As lesões marcaram a passagem do jogador pelo Internacional. Foram dez contusões em três temporadas. Somente no ano passado, ele teve cinco: duas lesões na coxa direita e duas na coxa esquerda, além de uma fratura no nariz.

Nesta temporada, Pottker entrou em campo 16 vezes (sete como titular) e fez o único gol em cobrança de pênalti no empate por 1 a 1 com o Esportivo, em 25 de julho, pela quinta rodada do Grupo B do Campeonato Gaúcho.

Em agosto deste ano, o atacante voltou a se machucar: lesão na coxa direita. O problema muscular foi sentido durante treino realizado após vitória sobre o Atlético-GO (3 a 0), no Beira-Rio, pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Na partida, o atacante foi expulso após acertar um soco em Edson. Depois, ele se recuperou da lesão e retornou ao time em alguns jogos.

Elogios de Felipão

O técnico Luiz Felipe Scolari aprovou a chegada do novo reforço. “Temos mais um atleta, que por nós foi solicitado à direção do Cruzeiro, que fez um esforço muito grande para trazer esse atleta, que é o William Pottker. É um jogador que eu confio muito, que tenho plena confiança que vai nos ajudar, principalmente na segunda fase, que nós começamos essa semana”, disse.

“Será muito bem recebido por todos nós, não só pelos outros jogadores. Tem potencial, é um jogador com uma explosão muito grande, que já vivenciou a Série B e vai nos ajudar bastante. Bem-vindo William e vamos te receber aqui, dar as condições que tu precisares. Muito obrigado à direção pelo esforço, mais uma vez”, complementou Felipão.

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By valeon