China protesta e diz ser inaceitável ataque de Eduardo Bolsonaro

Poder360

A Embaixada da China publicou nota na noite desta 3ª feira (24.nov.2020) criticando publicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), que levantou suspeita de “espionagem” do país asiático na questão da tecnologia 5G, futuro padrão da telefonia móvel a ser adotado no Brasil.

O deputado Eduardo Bolsonaro em conversa com jornalistas, na Câmara, em julho de 2019. Deputado acusou China de © Sérgio Lima/Poder360 O deputado Eduardo Bolsonaro em conversa com jornalistas, na Câmara, em julho de 2019. Deputado acusou China de

Na 2ª feira (23.nov), Eduardo afirmou que o Brasil apoia projeto comandado pelos Estados Unidos e “se afasta” da tecnologia chinesa. Depois, o congressista excluiu o tweet.

“O governo @JairBolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo Governo@realDonaldTrump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”, escreveu o deputado.

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A nota da representação chinesa diz que Eduardo acusa a China de “praticar espionagem cibernética”. Afirma que a aliança internacional, citada pelo deputado no tweet acima, discrimina a tecnologia 5G do país.

A Embaixada define as declarações como inaceitáveis, e cita “consequências negativas” para os brasileiros em casos recorrentes: “Caso contrário, [Eduardo Bolsonaro e seus seguidores] vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”.

O texto do governo chinês lembra das transações comerciais entre os dois países, que representa 35,5% de todas as exportações do Brasil. Sobre o posicionamento de Eduardo Bolsonaro em favor dos norte-americanos, a nota diz que “os EUA têm um histórico indecente em matéria de segurança de dados” e classifica como mentirosas as alegações do governo de Donald Trump contra as empresas chinesas.

Leia a íntegra do documento:

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5G: tema de segurança nacional, diz Faria

O ministro Fábio Faria (Comunicações) anunciou nesta 3ª feira (24.nov.2020) Carlos Baigorri como relator do leilão da rede 5G, o próximo padrão de telefonia móvel a vigorar no Brasil, na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). “Está muito bem adiantado, nós estamos já com o relator escolhido, já fizemos todos os deveres de casas que eram pra serem feitos por parte do ministério”, disse a jornalistas no Palácio do Planalto.

Baigorri é graduado em Ciências Econômicas pela UnB (Universidade de Brasília). Tem mestrado e doutorado em Economia pela Universidade Católica de Brasília. Ocupou os cargos de chefe da Assessoria Técnica, superintendente de Controle de Obrigações, superintendente de Competição e superintendente-Executivo da Anatel. Tomou posse como membro do Conselho Diretor da agência em 28 de outubro.

Segundo o ministro, o governo trabalha para que o leilão do espaço do espectro, destinado exclusivamente ao 5G (a faixa de 3,5GHz), aconteça “o mais rápido possível”.

O relator, Carlos Baigorri, disse que o tema é “prioridade máxima do governo”. “A previsão é de ter o edital aprovado na Anatel no começo do ano que vem, sendo que a sessão de lances deve acontecer ao final do 1º semestre”, afirmou.

O ministro e o relator participaram de reunião com o presidente Jair Bolsonaro na tarde desta 3ª feira no Palácio. Estiveram presentes, além deles, conselheiros da Anatel e o ministro Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional).

Perguntado sobre a função do GSI no processo, o ministro disse que “[com] todos os países o GSI participa, porque se trata também de segurança nacional. Então o GSI participa e participará, tem 1 papel fundamental”, declarou.

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By valeon