China deve se tornar a maior economia do mundo em 2028, diz centro de estudos britânico

Relatório, que faz projeções de 193 países, afirma que países da Ásia foram mais bem-sucedidos ao lidar com a pandemia do que europeus e americanos; estudo coloca Brasil na 12.ª posição e estima que País chegará ao 9.º posto somente em 2035

Gregory Prudenciano, O Estado de S.Paulo

A pandemia de covid-19 deve antecipar em cinco anos a data em que a China ultrapassará os Estados Unidos no total de riquezas produzidas e se tornará a maior economia do planeta. A previsão anterior era que a mudança no ranking ocorreria em 2033, mas agora deve acontecer em 2028, segundo estudo do britânico Centro de Pesquisa em Economia e Negócios (CEBR, na sigla em inglês) publicado neste sábado, 26.

Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, em encontro em Pequim, em novembro; guerra comercial entre os países se acirrou e americano acusa chineses de tentarem impactar sua base eleitoralTrump e o presidente chinês, Xi Jinping, em encontro em Pequim. Foto: Nicolas ASFOURI / AFP

O relatório, que acompanha e faz projeções econômicas de 193 países, afirma que os países da Ásia, em especial os do leste asiático, foram mais bem-sucedidos ao lidar com a pandemia do que os europeus e os americanos. No total, o CEBR calcula que a pandemia fará a economia global recuar US$ 6 trilhões na comparação com 2019.

Segundo o documento, a perspectiva é de que o Produto Interno Bruto (PIB) da China cresça 2,0% em 2020, enquanto o PIB dos EUA deve recuar 5,0%. Globalmente, a projeção é que retração de pelo menos 4,0%.

Brasil

No trecho em que analisa a situação econômica do Brasil, o CEBR estima que o PIB do País caia 5,0% neste ano e cresça 3,3% em 2021. Atualmente, o centro de estudos coloca o Brasil na 12ª posição entre as maiores economias, e estima que o País chegará ao 9º posto somente em 2035.

O relatório diz que o Brasil passa por “consideráveis instabilidades políticas e econômicas desde uma profunda recessão, em 2016” e analisa que a economia brasileira entra em 2021 em situação frágil e com limitado espaço fiscal.

O texto também afirma que o mercado de trabalho brasileiro “nunca se recuperou da recessão entre 2015 e 2016, e a pandemia de 2020 só tornou a situação ainda pior”.

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