Com expectativa de transportar mais de 50 milhões de toneladas de carga, em 2035, trecho será leiloado nesta quinta-feira
- ECONOMIA | Do R7
Visita das obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL), em São Desidério (BA)
A Infra Week, rodada de leilões que começou com a concessão de 22 aeroportos nesta quarta-feira (7), também será marcada pelo leilão do primeiro trecho da Ferrovia de Integração Oeste Leste, a Fiol 1, nesta quinta-feira (8), às 14h.
Ao todo, o governo federal vai conceder à iniciativa privada a gestão de 28 ativos da União, entre aeroportos, terminais portuários e uma ferrovia. A expectativa do governo é atrair R$ 10 bilhões e gerar 200 mil empregos com as obras, melhorando também os serviços oferecidos e a logística da economia brasileira.
O Ministério da Infraestrutura, por meio da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), vai conceder o trecho de 537 quilômetros de extensão entre as cidades de Ilhéus e Caetité, na Bahia. A concessão vai destravar projeto para transformar a logística no estado e ampliar a participação ferroviária na matriz de transportes do Brasil.
O vencedor do certame ficará responsável pela finalização do empreendimento e operação do trecho, em uma concessão que vai durar por 35 anos, totalizando R$ 3,3 bilhões de investimentos. Desse total, R$ 1,6 bilhão será utilizado para a conclusão das obras, que estão com 80% de execução. Além disso, a concessão da Fiol vai permitir a criação de 55 mil empregos diretos, indiretos e efeito-renda ao longo da concessão.
“Nós estamos destravando o projeto de infraestrutura mais importante para o estado da Bahia. Temos uma revolução ferroviária em curso”, afirma o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. “O governo tem investido para melhorar a infraestrutura logística ao agronegócio e vivenciaremos um “boom” ferroviário no país, que vai ajudar a agilizar e baratear o escoamento da produção das diversas cadeias do setor”, avalia Freitas.
A expectativa é a de que o trecho 1 (Ilhéus-Caetité) comece a operar em 2025, já transportando, segundo estudos, mais de 18 milhões de toneladas de carga, entre grãos e, principalmente, o minério de ferro produzido na região de Caetité.