William Horta, jornalista formado pela UFJF, há 43 anos
Você pode até não acreditar, mas é possível e eu prevejo que em dez anos o Brasil vai olhar pra trás com satisfação e dizer que as coisas mudaram.
A corrupção não é algo inerente ao ser humano mas é fruto de oportunidades. Portanto, é possível reduzi-la muito, mesmo que não seja possível eliminá-la.
O sociólogo americano John T. Noonan escreveu no seu livro “Subornos”, o melhor já escrito sobre corrupção, que no futuro ela será tão impensável quanto a escravidão, nos dias de hoje, a escravidão que já foi regra em nosso mundo. Hoje é algo odioso, mesmo que observado ocasionalmente.
Então, gente, vamos compartilhar desse otimismo, não nos custa. As Filipinas são um bom exemplo disso. Quando em junho de 2.010, Benigno Aquino III foi eleito presidente com o slogan “quando ninguém for corrupto, ninguém será mais pobre”, e empossado, trabalhou para punir os criminosos.
As Filipinas passaram da 133a. posição no ranking de percepção da corrupção, em 2.010, pra a 94a., em 2.013. A popularidade do governo também aumentou. E em setembro de 2.014 o Fórum Econômico Mundial apontou o país como o que mais progrediu em termos de competitividade global, passando para a 52a. posição num período de quatro anos.
Há outros casos de sucesso ao redor do mundo que ocorreu em Singapura, Hong Kong e Colômbia. Por que o Brasil não seria capaz de avançar nessa batalha? Um país que tem uma economia pujante e diversificada, uma democracia consolidada, instituições maduras, tem tudo para reduzir a praga da corrupção sim. Vamos acreditar nisso, nós podemos sim.
Será que podemos ter esperança disso ocorrer como em outros lugares, citados no texto, ou nossa pátria amada é uma pátria sem solução. Estejam à vontade e usem da sua liberdade de expressão e plena democracia para dizer o que pensam, o que acham.