Tecnologia, gamificação, entretenimento e a adaptação do aprendizado para a realidade e o ritmo de cada aluno estão entre os principais diferenciais desse novo momento da sociedade mundial

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Por Beetools – Gazeta do Povo


Ao longo do século 20 e início do 21, o mundo passou por intensas mudanças nas relações de trabalho, nos formatos educacionais e, de uma forma geral, na vida em comunidade. Evoluímos da era industrial para a da informação em um curto espaço de tempo, mas já vivemos uma nova realidade: a Super Smart Society ou Sociedade 5.0. Mas o que isso significa na prática?

De acordo com o professor, engenheiro e Head of Active Learning da Beetools, José Motta Filho, a Sociedade 5.0 é “inundada por inteligência artificial, nuvem de dados, hiperconexões e formatos híbridos para que um ser humano se aproprie de novos conhecimentos”. A diferença está justamente nesse ponto, em como ocorre o processo de aprendizagem e o crescimento pessoal dos indivíduos.

“Até pouco tempo, a escola trabalhava para aproximar o aluno da tecnologia. Na Educação 5.0, o foco está nas pessoas e os esforços concentrados em tornar o aluno protagonista, não mais o professor ou as ferramentas tecnológicas. Dessa forma, contribuímos para o desenvolvimento tanto das hard quanto das soft skills”, completa a Head of Academic da Beetools, Adriana Masson.

A startup de educação com sede em Curitiba (PR) nasceu com o propósito de revolucionar o ensino de inglês por meio da educomunicação, com estratégias de gamificação, inteligência artificial e realidade virtual em salas de aulas invertidas. “Usamos metodologias ativas para estimular a criatividade, tornar o aprendizado divertido e fomentar a evolução do aluno do jeito e no tempo dele”, explica Adriana.

Desafios
Diferente do que muita gente pensa, essa mudança de perspectiva se iniciou bem antes da chegada do novo coronavírus. “Sabemos que a pandemia trouxe dores e ganhos no cenário educacional, mas a curva de aprendizagem para o ensino remoto já estava sendo desenhada. Aquelas instituições que já possuíam um DNA inovador, sentiram de forma mais amena os efeitos do fechamento das escolas”, indica Motta.

Em sua avaliação, o grande desafio da Educação 5.0 está na difusão e na implementação em larga escala, não só no ensino privado, mas também no setor público brasileiro. “Nesse campo, tenho duas sugestões: o investimento em formação de professores para uma educação de vanguarda e o investimento em infraestrutura nos ambientes da educação básica e do ensino superior no nosso país”.

Em outras palavras, os professores precisam ser qualificados para trabalhar no presente tendo um olhar para o futuro. “É ter consciência que aquilo que nos trouxe até aqui não é o que nos levará adiante em termos educacionais”, ressalta Motta. Internet e dispositivos diversos conectados já não são considerados luxo, mas ingredientes básicos de inclusão, pertencimento e conexão com o mundo do trabalho.

Outro desafio importante está no convencimento sobre a efetividade da gamificação, da educação pelo entretenimento e da ausência de provas. “Os pais estão acostumados com a educação presencial e convencional, e tem dificuldade em entender que não trabalhamos com punição e que essa é a melhor opção para o crescimento educacional e pessoal do seu filho”, explica Adriana.
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