Jornal Estadão

Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid ouve, nesta quarta-feira, 16, o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, a partir das 9h. O depoimento do político dá continuidade à nova etapa de investigações da comissão, que passa a examinar a conduta de Estados e municípios no uso das verbas federais destinadas ao combate à pandemia.

Assim como foi com o governador do AmazonasWilson Lima (PSC), na noite de ontem, o Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu ao ex-governador o direito de não comparecer à comissão. A decisão é do ministro Kassio Nunes Marques. Mesmo com essa possibilidade, Witzel disse que comparecerá ao depoimento.O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel © Wilton Junior / Estadão O governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel

O vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) são autores dos requerimentos de convocação de Witzel, que em setembro do ano passado sofreu impeachment e foi afastado, por 65 votos favoráveis e nenhum contrário, pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.

Entre os motivos para a convocação de Witzel, Randolfe aponta uma série de denúncias de que o ex-governador se beneficiou de um esquema de corrupção no início da pandemia. O requerimento do senador cita dados do Ministério Público Federal para apontar que Witzel recebia um porcentual das propinas que eram pagas dentro da Secretaria de Saúde do Estado.

No pedido de habeas corpus feito ao STF, a defesa do ex-governador argumentou que ele já é investigado e que a obrigação de ir à CPI seria um desrespeito a seu direito de não incriminação.

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By valeon