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Rodrigo Constantino – Gazeta do Povo
A Polícia Federal realizou na manhã desta quarta-feira (15) uma operação para apurar um esquema de corrupção envolvendo as reformas no estádio Arena Castelão, em Fortaleza (CE), para os jogos da Copa do Mundo no Brasil. Entre os alvos da ação estão Ciro Gomes, candidato a presidente pelo PDT e seu irmão, o senador e ex-governador do Ceará, Cid Gomes.
“Apurou-se indícios de pagamentos de 11 milhões de reais em propinas diretamente em dinheiro ou disfarçadas de doações eleitorais, com emissões de notas fiscais fraudulentas por empresas fantasmas”, informa a Polícia Federal em nota.
Ciro disse que a operação foi abusiva e garantiu que o seu objetivo foi criar danos à sua candidatura, que não consegue decolar e sair de um dígito. Gomes ainda acusou o presidente Jair Bolsonaro pela ação, afirmando que ele transformou o Brasil num Estado Policial.
“Até esta manhã eu imaginava que vivíamos, mesmo com todas imperfeições, em um pais democrático. Mas depois da Policia Federal subordinada a Bolsonaro, com ordem judicial abusiva de busca e apreensão, ter vindo a minha casa, não tenho mais dúvida de que Bolsonaro transformou o Brasil num Estado Policial que se oculta sob falsa capa de legalidade”, afirmou Gomes.
Que o alvo de uma operação da Polícia Federal tente bancar a vítima de perseguição é algo até compreensível, e ficamos apenas aguardando maiores informações para ver se “dá bilhão”. Já as tais balas que Gomes usaria se a polícia fosse em sua casa, conforme uma vez ele ameaçou, devem ser jujubas, o que explicaria o tom de machão nas redes sociais apenas. Mas o que causa espanto mesmo é ver como os PsolKids do MBL assumiram de vez seu esquerdismo “cirista”. Para atingir Bolsonaro vale tudo mesmo, pelo visto:
O vereador Nikolas Ferreira comentou: “Que bonitinho o MBL mudando o foco do esquema de corrupção do Ciro pra uma ‘perseguição’ do Bolsonaro contra o Ciro. Tudo pelo Brasil… confia”. Ele ainda postou um vídeo em que mostra os tucanos do MBL elogiando Ciro:
O ódio a Bolsonaro uniu toda a esquerda. Tanto que Ciro ontem mesmo estava acusando Lula de ser o ladrão que roubou o país – ou seja, falando a verdade – e hoje já está cheio de dengo com o corrupto, chamando-o até de presidente e agradecendo pela “solidariedade” prestada pelo líder petista:
Estado policialesco mesmo, todos sabemos, é aquele criado pelo STF, que prende arbitrariamente jornalistas e deputados pelo “crime de opinião”, com base em inquéritos ilegais ou “do fim do mundo”. Mas sobre isso nem Ciro, nem Lula, nem os tucanos têm nada a dizer. O alvo é Bolsonaro, então eles consentem com o abuso de poder. Sergio Moro chegou a elogiar ministros supremos, incapaz de se manifestar sequer contra medidas absurdas de governadores e prefeitos que mandaram prender banhistas ou transeuntes.
Moro, claro, é o candidato preferido do MBL – sendo Ciro uma segunda opção. Por isso o movimento parece ávido em apagar mensagens passadas, como estas, em que denunciava a “cacique” do Podemos, Renata Abreu, de ter se vendido para votar contra o impeachment de Dilma:
Ciro deve precisar de um Lexotan para aguentar as investigações agora, e os esquerdistas do MBL também, para conviver com seu passado – quando Moro e Deltan eram chamados de esquerdistas pelos jovens que se passavam por liberais de direita, para enganar os outros.
Já eu estou aqui, tranquilo, observando de camarote e analisando o cenário político de forma independente. Só precisaria de um Lexotan se ocupasse algum cargo muito poderoso, com o poder inclusive para reagir contra esses abusos todos, o estado policialesco que certamente não é cria de Bolsonaro. Se eu tivesse esse poder, teria de tomar Lexotan na veia para não tomar uma medida muito drástica…
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