Com uma população cada vez mais longeva, aumentam também os problemas decorrentes da idade – e a necessidade de buscar cuidados específicos
Kátia Arima , Especial para o Estadão
A terceira idade que viaja, pratica esportes, dança e tem uma vida social ativa é aplaudida na TV e redes sociais, mas pode ofuscar outras facetas do envelhecimento. Com a longevidade da população, vêm também as limitações físicas ou cognitivas – que não raramente aparecem juntas e ameaçam a independência e autonomia dos idosos. “É glamurosa essa velhice que tem namoro e salto de paraquedas, mas quando o idoso apresenta declínio do corpo e da mente, que é natural, as famílias ficam perdidas”, diz a psicóloga e gerontóloga Margherita Cassia Mizan.
Ela conta que quando trabalhava no Residencial Israelita Albert Einstein, onde atuou até 2013, por 14 anos, costumava receber as famílias na primeira visita, geralmente desinformadas em relação às possibilidades de cuidados com idosos dependentes. “A primeira coisa que elas faziam era procurar uma instituição de longa permanência”, diz. Termo adotado atualmente pelos especialistas, “instituição de longa permanência para idosos” (ILPI) são os “residenciais para idosos” ou “casas de repouso”, que
substitui a palavra “asilo”, com conotação negativa.
Ao perceber a dificuldade das famílias, Margherita resolveu abrir a sua própria empresa de cuidadores de idosos, a Senior Services, que atende 20 clientes em suas casas, com uma equipe de cerca de 40 cuidadores formais. “Não é que eu seja contra a ILPI, mas a melhor opção para o idoso, quando possível, é ser mantido em casa, ambiente que é o seu porto seguro”, diz a gerontóloga. “Muitas famílias tiram o idoso de casa e geram impacto nele porque mal sabem que existem outras soluções.”
O dilema entre contratar apoio de um cuidador profissional em casa, procurar uma ILPI ou assumir todas as tarefas do cuidado do idoso será cada vez mais comum nas famílias brasileiras. Na estimativa populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de idosos com 80 anos ou mais pode passar de 19 milhões em 2060, um crescimento de mais de 27 vezes em relação a 1980. Em 2016, a estimativa era de 3,5 milhões de pessoas acima dos 80 anos. Além de perda de autonomia e independência, o envelhecimento e as doenças físicas e mentais podem vir acompanhadas de comportamentos desafiadores como agressividade, alucinações e hipersexualidade.
Proprietário do Residencial Toniolo Memory Care, uma ILPI focada em idosos com demências em São Paulo, o geriatra João Toniolo Neto notou a demanda das famílias para encontrar a instituição mais adequada para receber o idoso. Por isso, desenvolveu a ferramenta online CasasRepouso.com, que permite encontrar uma ILPI de acordo com as características indicadas. “Eu vivia fazendo indicações para outras ILPIs, já que o Residencial Toniolo não é adequado para todos os idosos. É preciso encontrar a instituição adequada para a necessidade de cada pessoa”, diz.
Toniolo reconhece que a situação ideal para um idoso dependente é ser cuidado em casa, mas observa que nem sempre há condições para isso. “É preciso avaliar cada caso e entender se há riscos de manter o idoso na sua própria residência”, afirma o geriatra. Segundo ele, existe preconceito em relação às ILPIs por conta de vários problemas que existem há décadas no Brasil e que já estão sendo corrigidos em algumas instituições.Não é bom quando há idosos com diversas necessidades misturados no mesmo ambiente. Um idoso com demência pode incomodar aquele que está lúcido, mas com limitações físicasJoão Toniolo Neto, geriatra
“Não é bom quando há idosos com diversas necessidades misturados no mesmo ambiente. Um idoso com demência pode incomodar aquele que está lúcido, mas com limitações físicas. Por isso, muitas ILPIs estão se especializando”, exemplifica. “Além disso, antigamente a estrutura arquitetônica era improvisada e os profissionais não eram treinados para lidar com idosos, pois eram profissionais da saúde fazendo um bico.”
O momento da escolha
A imagem que Claudia Regis Avancine, de 61 anos, tinha das casas de repouso não era boa quando ela começou a pesquisar as opções em São Paulo, há seis anos. Depois de visitar diversas ILPIs, ela escolheu uma para sua mãe, Gilda Regis, de 94 anos, que tem Alzheimer. “Cuidar dela na minha casa estava caro demais, pois tinha gastos com cuidadores, enfermeiros. E como tenho quatro filhos, a rotina e o ambiente ficavam caóticos”, diz.
Apesar da seleção meticulosa, Claudia se decepcionou com a primeira ILPI escolhida. Há quatro anos, Gilda foi transferida para o Residencial Santa Cruz, na zona sul de São Paulo, com o qual Claudia está muito satisfeita. “Ela é bem tratada, por profissionais capacitados. Faz várias atividades, como musicoterapia. Sinto até que rejuvenesceu”, aprova.
A adaptação da mãe à primeira ILPI foi muito dolorida para Claudia. “Eu sentia culpa, como se estivesse a abandonando. Isso me deixou emocionalmente abalada no começo, mas depois percebi que estava tudo bem e que eu estaria sempre por perto”, conta. “Para mim, ser cuidadora da minha mãe é um prazer, mas também é desgastante. Por isso, tento explicar aos amigos que não há nada de mal em contar com uma instituição, contanto que seja um lugar de confiança”, diz.
Amiga de Claudia, Regina Junko Miyake Hirama, médica veterinária, de 45 anos, optou por uma cuidadora profissional para cuidar de seu pai Tatsuo Miyake, de 89 anos, e de sua mãe Shigeko Miyake, de 88 anos. Shigeko tem Alzheimer e Tatsuo, apesar de ainda ter autonomia, está com restrição nos movimentos. Ele não aceitava a ideia de receber um cuidador, mas após duas quedas de Shigeko, resolveu ceder.
“A cuidadora ajudou a apagar os grandes incêndios, mas ainda falta tempo e energia para conseguir me dedicar melhor aos meus filhos, pois sobram afazeres como preparar as refeições, levar a consultas e providenciar medicamentos”, diz. Apesar de achar que precisa do apoio de uma cuidadora profissional diariamente, ela prefere não aumentar os gastos agora, considerando que a demanda dos cuidados – e as despesas – só irão crescer com o passar do tempo. Apesar da rotina exaustiva, Regina afirma que é gratificante cuidar dos pais. “É uma oportunidade de retribuir o que fizeram por mim.”
Cuidar de quem cuida
Atualmente, a maioria dos idosos dependentes no Brasil recebem cuidados de familiares, afirma Nereida Kilza da Costa Lima, professora da Divisão de Clínica Médica Geral e Geriatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP). Porém, ela orienta que um idoso com dependências moderadas ou avançadas seja cuidado por vários familiares e, se possível, com apoio de um cuidador profissional. “É preciso evitar o cuidador voluntário familiar exclusivo, pois qualquer pessoa precisa de um respiro, de tempo para fazer o que gosta, além de trabalhar”, diz.Cuidar de um dependente é uma tarefa árdua. Além dos cuidados médicos, há tarefas de alimentação, higiene. Tudo isso traz estafa se ficar a cargo de apenas uma pessoaNereida Kilza da Costa Lima, professora da USP
A sobrecarga – emocional e de trabalho – é o maior desafio de um cuidador informal, enfatiza Rosa Chubaci, professora coordenadora do curso de bacharelado em gerontologia da Universidade de São Paulo (USP), que forma profissionais de nível superior habilitados a fazer a gestão de atenção ao envelhecimento. “Cuidar de um dependente é uma tarefa árdua, o que não quer dizer que seja desgostoso. Além dos cuidados médicos, há tarefas de alimentação, higiene e o aumento dos gastos. Tudo isso traz estafa se ficar a cargo de apenas uma pessoa”, diz.
Sandra Regina Simião de Souza, 51 anos, divide com o seu único irmão Florisvaldo de Souza, de 54 anos, as despesas dos cuidados com a sua mãe, Regina Simião, de 81 anos. Por mês, eles pagam R$ 2.400 a uma cuidadora profissional que os atende 44 horas por semana, além dos gastos com medicamentos, fraldas e outros itens. Regina teve um AVC há mais de 2 anos que a deixou com sequelas, o que trouxe dependência para realizar as suas necessidades básicas.
Por um ano e meio, Sandra foi responsável pelos cuidados da mãe, mas resolveu contratar uma cuidadora para apoiá-la e saiu da casa de forma que o irmão se tornasse o cuidador principal. “Ele assumiu essa responsabilidade para que eu pudesse voltar a trabalhar”, diz Sandra, que agora é recepcionista de um museu.
Há diversos fatores que limitam as famílias nos cuidados das pessoas dependentes, observa Jorge Felix, coordenador do Centro de Estudos da Economia da Longevidade e professor do curso de bacharelado em gerontologia da Universidade de São Paulo (USP): as famílias têm menos filhos, a maior participação da mulher no mercado de trabalho e a necessidade de deslocamento para outros Estados ou países.
“Há diversos fatores que acabam por romper a rede de apoio à pessoa idosa que existia nas gerações passadas. Ao mesmo tempo, o segmento etário a partir de 80 anos é o que mais cresce no País”, diz. Por isso, ele defende que é preciso desenhar uma estrutura de cuidados de longa duração de forma que o idoso envelheça preferencialmente em sua própria casa.
“No Brasil, são incipientes as políticas públicas e serviços de cuidados domiciliares a idosos”, diz. Segundo ele, é preciso que seja oferecida assistência a idosos dependentes para ajudar a fazer compras, ir ao médico ou ao cabeleireiro. “Essa necessidade já é atendida pelo serviço público em alguns países e não é discutida no Brasil. Mas a pandemia escancarou as demandas dessa velhice dependente, que deveria ser foco de políticas públicas sérias”, diz.
Sônia Marina Barreto, de 74 anos, foi a primeira namorada de Edison Barreto, publicitário, de 74 anos. Casaram-se e tiveram quatro filhos e cinco netos. “Sônia administrava toda a família e a amo de todo o meu coração”, diz. Em 2011, porém, ela teve uma parada cardíaca e ficou em coma por 60 dias. A isquemia cerebral a deixou tetraplégica e Edison precisou se desdobrar para cuidar dela. Para amenizar a sua dor, ele conta que procurou ajuda religiosa e precisou de remédios para controlar a ansiedade.
Centros dias podem ser uma solução intermediária
Reformou e equipou a casa para mantê-la por perto, mas depois percebeu que isso não seria viável, por isso optou por uma casa de repouso, o Residencial Salute, em São Paulo, com a qual está satisfeito. “Tenho uma vida feliz, mas sofro junto com ela”, desabafa.
Uma estrutura que ajuda o idoso dependente a envelhecer em sua própria casa é o Centro Dia, espaço de convivência para idosos semidependentes, que oferece atividades e assistência de diversos profissionais, previsto no Estatuto do Idoso. Ainda há pouca oferta pública e privada e desconhecimento dos Centros Dia, mas a demanda é crescente, segundo o professor Jorge Felix. “É uma opção intermediária em relação à instituição de longa permanência, onde o idoso dependente é acolhido, mas não passa a noite”, diz.
É vasta a oferta de atividades para idosos no Geros Center, Centro Dia privado localizado na zona oeste de São Paulo, com ginástica, pilates, artesanato, pintura, rodas de conversa, clube de leitura, boliche, futebol e videogame. O espaço é adaptado para idosos com mobilidade reduzida e tem uma equipe multidisciplinar à disposição, como educador físico, psicólogo, fisioterapeutas. Auxiliares de enfermagem ajudam nos cuidados.
Para participar, é preciso passar por uma avaliação para entender as necessidades do idoso e pagar por período (a partir de R$ 120 por 6 horas, com lanche incluído), por atividade ou aderir a um pacote mensal. “Analisamos o perfil cognitivo e funcional do idoso, realizamos um levantamento de interesses e montamos uma grade de atividades personalizada”, diz Roberta Seriacopi Neumann, supervisora de Gerontologia do Geros Center. Segundo ela, o público que frequenta o Centro Dia do Geros Center tem em média 85 anos e apresenta alguma limitação cognitiva ou física, mas consegue acompanhar uma atividade e socializar-se.
Idoso não é criança
Não importa se o idoso usa fralda ou se precisa de ajuda para comer. Um idoso não deve ser comparado com uma criança, enfatiza Rosa Chubaci, coordenadora do curso de gerontologia da USP. “Muitos idosos acham desagradável essa infantilização. Afinal, eles não são crianças, eles têm uma baita experiência de vida, uma história”, diz. Portanto trate o idoso com a dignidade de um adulto experiente que precisa de ajuda – e explique a ele que não há nada de vergonhoso nisso, orienta a professora.
Um erro comum entre os cuidadores, principalmente os voluntários, é poupar os idosos de realizar ações que ainda são capazes, afirma a professora da USP. “É comum que as pessoas passem a escolher a roupa deles”, exemplifica Rosa. Outro equívoco é deixá-lo inativo. “Uma neta, por exemplo, pode passar a tarde jogando dominó com os avós. Não dá para deixar o idoso o dia todo na frente da TV”, diz.
“É importante que a pessoa não tenha um sentimento de inutilidade, afirma a neuropsicóloga Gislaine Gil, fundadora da clínica Vigilantes da Memória e coordenadora do serviço de gerontologia do Hospital Sírio Libanês. “Quem está próximo do idoso na cozinha não deve desligar o fogão, mas acompanhá-lo e lembrá-lo de fazer isso”, exemplifica.
Também é preciso ter sensibilidade e delicadeza em momentos íntimos como o banho. “Se a pessoa conseguir se despir, não faça isso por ela. E vá falando o que você vai fazer, que vai passar o xampu, secar com a toalha. Pergunte o que o idoso prefere. Tente cantar ou fazer algo que deixe o momento mais tranquilo”, orienta.
Embora seja difícil, é preciso evitar ao máximo o confronto com o idoso. “Tente oferecer uma atividade, alternativas que possam interessar para permitir que ele receba os cuidados”, diz a neuropsicóloga. O cuidador, seja voluntário ou profissional, é capaz de minimizar o desconforto dos idosos dependentes. “Quando o idoso é tratado com afeto, consegue passar melhor por momentos desafiadores.”
Cuidador de idosos não é profissão regulamentada, mas ter uma formação de qualidade faz diferença
No Brasil, o cuidador de idosos é uma profissão não regulamentada e a maioria das pessoas que atua profissionalmente é autodidata, afirma Wilson Jacob Filho, professor de geriatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Ele afirma que uma minoria desses profissionais tem um preparo adequado para exercer bem o cuidado dos idosos. “Um bom cuidador profissional tem competência técnica, obtida por cursos atualizados e de qualidade e experiência prática, além de valores humanitários. É importante que ele tenha vocação”, diz.
O professor explica que esse profissional deve conhecer as nuances do cuidado, a linha fina entre ajudar o idoso e ao mesmo tempo permitir que ele continue a realizar tarefas que o mantém ativo. E apresenta uma dica de ouro para selecionar um cuidador de idosos: “Veja como ele aborda o idoso: perceba se ele busca se conectar com o idoso e entender a necessidade dele.”
Empatia, humanidade e respeito são as habilidades mais importantes de um cuidador, na visão de Isabela Kanupp Silva, de 31 anos, que se dedica a esse trabalho desde 2014. “A pessoa idosa deve ser respeitada em suas vontades e desejos”, diz. A experiência de Isabela como cuidadora começou dentro de casa. Dos 13 aos 23 anos, ela cuidou sozinha do pai, que sofria de Parkinson.
Quando o estado dele se agravou, ela fez um curso de cuidador de idosos no Senac, de 160 horas, para aprender a cuidar melhor dele. Depois da morte do pai, em 2013, Isabela usou o conhecimento e experiência para prestar serviços para empresas de home-care. Continuou a investir na sua formação: fez seis cursos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e agora estuda para ser tecnóloga em gerontologia, na Faculdade Anhanguera.
Autônoma desde 2021, ela cuida de uma idosa que mora sozinha, sendo responsável por sua higiene, alimentação, oferta de medicação, atividades de estimulação, entre outras tarefas. Também dá consultoria de cuidados e atende pontualmente outras famílias. “O que mais gosto na minha profissão é o aprendizado constante e de ver um idoso ter uma melhora na qualidade de vida através do cuidado”, diz.
Quem precisa de cuidadores de idosos para atendimento na residência também pode optar por empresas que fazem a gestão desses profissionais. É o caso de Luiz Cláudio Carrara, 62 anos, engenheiro, que contratou a empresa Onix para os cuidados de sua mãe, Dalva Bertoloni, 89 anos, que tem Alzheimer. “Ela precisa de assistência 24 horas e a empresa garante que sempre haverá um plantonista para atendê-la. Além disso, fornecem um relatório de acompanhamento, que ajuda a tomar atitudes quando necessário”, diz.
Uma das profissionais responsáveis por Dalva é Maria Pâmela Conceição Martins, de 34 anos, que trabalha para a Onix. Além de se dedicar à higiene e à alimentação de Dalva, Maria Pâmela conta que costuma levá-la para caminhar, para tomar sol, além de estimulá-la por meio de atividades recreativas, como pintura e jogos interativos.
“Não quero ser uma funcionária chata que chega para fazer os cuidados, mas alguém que passe tranquilidade e confiança. Quero que eles esperem a minha chegada ansiosamente.”, diz Pâmela, que se dedica à profissão desde 2013. “Eu sei que posso fazer diferença na vida deles. E quando você faz um bom trabalho, recebe gratidão e carinho do idoso, apesar de todas as dificuldades que eles enfrentam”, diz.
A gerontóloga Jullyanne Marques Souza Teixeira, proprietária da Onix, considera essencial que o cuidador de idosos goste de sua profissão, que é desafiadora e exige muita paciência. “Muitas vezes, quando o idoso está doente, a família fica mal. O cuidador tem que entender que muitas situações desagradáveis não devem ser levadas para o lado pessoal. Ele tem o papel de deixar esse ambiente mais leve, para que o idoso consiga ter mais conforto”, diz.
Jullyane alerta que há muitos cuidadores que atuam no mercado com uma formação precária. “Para não cair numa cilada, é preciso checar a experiência e os cursos realizados pelo candidato a cuidador de um idoso”, alerta. Para a sua empresa, que tem 55 clientes ativos, a gerontóloga busca cuidadores formados em cursos de instituições de renome, como a Cruz Vermelha ou Senac, com carga horária de 160 horas.
Muitos cuidadores de idosos são técnicos de enfermagem, o que por um lado é bom, já que têm habilidades relacionadas aos cuidados de saúde, mas é importante que esses profissionais busquem se aprimorar com habilidades e conhecimentos específicos da gerontologia, afirma a professora Nereida Kilza da Costa Lima, da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP. “É preciso dar atenção completa ao idoso, não só à sua saúde, o que inclui conversar, estimular. Para isso, é preciso estar capacitado”, diz.
COMO ESCOLHER UMA CASA DE REPOUSO
Manter o idoso em casa é a recomendação dos especialistas, mas a Instituição de Longa Permanência (ILPI) é uma opção quando o manejo se torna muito complexo. Veja dicas para uma boa escolha:
- Perfil: Leve em conta necessidades e preferências do idoso. É possível encontrar ILPIs focadas em perfis específicos, como de pessoas em quadro demencial.
- Licenças: Confira se a ILPI tem todas as licenças necessárias para o funcionamento. Por meio do CNPJ da instituição, faça uma consulta junto à Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde).
- Limpeza: Verifique se o local é limpo, iluminado e bem ventilado e se não tem mau cheiro.
- Segurança e mobilidade: Observe se há piso antiderrapante, sinalização de degraus, barras de apoio, grades e rede de segurança nas janelas altas.
- Equipe: Pesquise sobre a formação do responsável técnico, que deve ter nível superior. Verifique se o número de funcionários atende às demandas de todos os idosos, se a equipe é multidisciplinar.
- Alimentação: Deve ser variada, nutritiva e suficiente.
- Atividades: Veja quais são as opções de lazer e recreação para movimentar o corpo e trazer bem-estar mental.