Por
Luís Ernesto Lacombe – Gazeta do Povo
O presidente da Argentina, Alberto Fernández| Foto: EFE/ Juan Ignacio Roncoroni
Eles conhecem profundamente os principais problemas do país e do mundo. E, claro, têm a solução para todos eles. A verdade lhes pertence, ainda que construída em sonhos, em projetos delirantes, que não têm como dar certo. Há uma coleção de fracassos, resultados visíveis que são péssimos, há fatos que não podem ser ignorados… As fórmulas dos “sabedores de todas as coisas” não se sustentam, são falhas, mofadas, têm sido testadas há mais de um século. Resumidamente, o que conseguiram foi cuspir no capital privado, nos geradores de riqueza e manter os pobres na pobreza, dependentes da mão “salvadora e protetora” do Estado.
É tão difícil assim olhar para a China, Coreia do Norte, para Cuba, Venezuela, Argentina e entender que não há caminho para povo algum num Estado inchado, espaçoso, gordo? Um Estado que se pretende pai, e basicamente impõe castigos. Um Estado tutor, controlador, sufocante. E parece tão simples olhar o que deu certo no mundo. Países que apostaram na liberdade econômica, que promoveram um bom ambiente de negócios, que descartaram a burocracia, o peso estatal, que pulverizaram o Estado gastador, fomentador de crescimento e desenvolvimento, que seguiram premissas do liberalismo, com respeito a princípios morais, esses países, sim, deram certo. São eles que ocupam os primeiros lugares na lista de nações com maior índice de desenvolvimento humano.
Há pré-candidatos à Presidência da República indicando para o país os caminhos desastrosos que Venezuela e Argentina estão percorrendo
Esse índice nem existia quando a Argentina figurava entre os países mais ricos do mundo, lá no início do século passado. O que Alberto Fernández conseguiu, desde sua posse em 2019, foi exatamente aquilo que pessoas com senso crítico e olhar para o mundo real tinham previsto… A inflação está fora de controle, é uma das maiores do mundo, as taxas de juros batem recordes, a pobreza só cresce. A crise argentina avança e já é comparada à da Venezuela. Não tinha como ser diferente. Um Estado intervencionista será sempre um desastre. Aumentam os gastos, aumentam os investimentos, as dívidas, sem resolver um problema sequer, muito pelo contrário, agravando o quadro. Mais subsídios, mais programas sociais, mais gasto público, menos desenvolvimento, menos progresso.
Aqui no Brasil, há pré-candidatos à Presidência da República indicando para o país os caminhos desastrosos que Venezuela e Argentina estão percorrendo. Esses políticos têm uma visão social predominante, que é falsa, equivocada. Não é possível que continuemos a ignorar a realidade, desprezando todas as evidências que derrubam os planos fajutos daqueles que se atribuem uma superioridade moral. Thomas Sowell já perguntou: “Por que acreditar em uma visão particular cujas evidências contrárias são ignoradas, suprimidas ou desacreditadas?”; “Por que alguém busca não pela realidade, mas por uma visão?” O que Argentina e Venezuela dizem em voz alta aos brasileiros é: não venham por aqui, ou terão apenas fracasso político, econômico, social e moral.
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