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Alexandre Garcia – Gazeta do Povo
Doria foi escolhido nome do PSDB em prévias, mas setores do partido querem retirada de candidatura| Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Segunda é um dia, talvez seja o dia da verdade para João Doria e para o PSDB. Vai haver um encontro em São Paulo. Doria evitou o encontro de Brasília, de terça-feira. Disse que não podia porque tinha compromisso em Goiás, e o PSDB vai ter que dizer para Doria, com jeito: “olha, nós oferecemos a melhor retirada possível, honrada, honrosa”.
Doria já avisou: “não tenho nenhum motivo para desistir, eu ganhei as prévias e pronto”. E o partido concordou em fazer as prévias, vai ter que explicar.
Agora, os tucanos… acho que vocês conhecem, os tucanos são assim mesmo. É da natureza deles. É como a história do escorpião atravessando o rio no lombo do sapo. Vai ser isso, afundam Doria e os tucanos.
Aí, na terça-feira, tem uma reunião em Brasília de Cidadania, MDB e PSDB. Para anunciar Simone Tebet como cabeça de chapa. Vão ter que arranjar desculpas para o Doria. Simone Tebet foi prefeita em Mato Grosso do Sul, se tornou um pouco conhecida na “CPI do Circo”. Mas que nome tem nacionalmente? Como têm Bolsonaro, Lula e Ciro?
Aliás, o MDB, e eu já falei aqui, está dividido. Tem o MDB do Nordeste, pró-Lula; e um MDB de Minas Gerais, de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, que é pró-Bolsonaro. É o drama – e vou repetir, desculpem – de partido grande que não tem nomes. Não fizeram nomes.
Até o PT: Lula indicou Dilma, que era o único nome que não ia dividir o partido. E deu no que deu. Porque são visões dentro do mesmo partido, visões diferentes.
Horizontes para o agro
Vamos em frente: não é surpresa, e o horizonte é amplo para o agro brasileiro. Que é detestado pelas esquerdas autofágicas, masoquistas, faquires, que não querem comer. São contra o agro que traz riqueza. Que traz divisas e que, principalmente, produz alimentos. Os alimentos não são fabricados na indústria que enlata, que empacota; são fabricados na terra. Vem tudo da terra, inclusive a carne. Vem do capim, da ração, da água.
Tudo isso para dizer o seguinte: um órgão da ONU, a Organização Mundial do Comércio (OMC), está apelando para o Brasil produzir alimentos. Porque com a guerra e a carência de terras no mundo os alimentos estão ficando cada vez mais caros. A inflação alimentar dos EUA está 10%. Isso é uma tragédia, isso não acontece há meio século. Nós temos 67 milhões de hectares plantados, e 30 milhões de hectares prontinhos para serem plantados, sem derrubar uma árvore. Inclusive, de pastagens que estão disponíveis. Mas se estamos produzindo mais carne, porque está sobrando pastagens? É confinamento. Produção vertical. Produtividade. E nos tornamos os maiores produtores de carne. Proteína pura. Tem a proteína da soja também, o milho, o algodão, o arroz, o feijão, o trigo. Estamos começando a produzir trigo no Nordeste.
E isso porque não estou falando do MATOPIBA, Maranhão-Tocantins-Piauí-Bahia. A nova fronteira do agro brasileiro. Esse é o futuro. E eu não sei porque há alguns urbanóides que inclusive escrevem em livros didáticos para as crianças contra o agro. Devem ser apátridas. Não têm pátria, ou têm sérios problemas psicológicos em suas convicções.
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