Jornalista morto
Por
Alexandre Garcia
Brasília
Primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar muito preocupado com o desaparecimento do jornalista Dom Philips no Amazonas| Foto: EFE/EPA/Ukrainian Presidential Press Service
O limite para os estados cobrarem ICMS sobre combustíveis, comunicações e energia foi aprovado pelo Senado e pela Câmara, e agora seguiu para sanção do presidente da República. O teto vai ser 17%. Tinha estado que cobrava mais de 30% e isso elevava o preço da gasolina e do diesel.
E não só isso deixava o preço dos combustíveis mais caro. Essa história de ter que pegar o etanol na usina, depois levar na distribuidora para pegar a bandeira e só aí chegar no posto encarecia o custo. Agora, por iniciativa do governo, o posto já pode comprar direto do produtor. O etanol não fica mais passeando e cobrando frete.
Tem uma outra questão que é preciso ficar de olho. Muita gente ainda se queixa de cartel formado por grandes redes de postos de combustível, que ficam combinando preço. É preciso ter atenção nisso também, não há dúvida.
Ainda sobre energia, o futuro do Brasil está nas energias solar e eólica. O Brasil tem um potencial infinito de geração solar na maior parte do território nacional e quase infinito de energia produzida pelo vento no Nordeste. Isso significa uma garantia de futuro para os nossos filhos, netos e bisnetos.
Sem moral nenhuma
Estou vendo o governo britânico se metendo no caso do jornalista inglês morto no Vale do Javari, no Amazonas. Ele não tinha nenhuma licença para entrar em território indígena, mas entrou assim mesmo e acabou assassinado junto com um indigenista brasileiro.
E aí não tem como a gente não lembrar do que aconteceu no dia 22 de julho de 2005, quando um brasileiro, o Jean Charles de Menezes, de 27 anos, trabalhador em Londres, foi confundido pela Scotland Yard como um terrorista árabe e foi morto com tiros na cabeça dentro do metrô. Sem reagir, sem nada.
Até hoje ninguém foi condenado por isso. Simplesmente disseram que foi engano. Não é o caso do jornalista britânico, que não foi morto pela polícia brasileira. Ele entrou na floresta porque quis e não estava sob a tutela de nenhuma autoridade brasileira. O governo britânico não tem moral para cobrar nada do Brasil.
Tereza Cristina segue no páreo
A ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina, que se afastou do cargo para ser candidata ao Senado pelo Mato Grosso do Sul, voltou a aparecer como possível vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro. A ideia é ter um homem e uma mulher concorrendo na eleição. Antes, o mais cotado para o posto era o ex-ministro e general da reserva Braga Netto.
Em uma entrevista para a jornalista Leda Nagle, Bolsonaro disse que os dois estão cotadíssimos e são de sua inteira confiança. O presidente explicou que não foi batido o martelo ainda porque isso é uma decisão dos partidos políticos que apoiam essa chapa. Eu conheço os dois ex-ministros, que são muito competentes.
O general Braga Netto, quando ministro da Casa Civil, chefiou a equipe que operava de 24 horas para enfrentar a pandemia de Covid, atendendo inclusive aquela crise da falta de oxigênio em Manaus. Foi ainda um ministro da Defesa exemplar.
Já Tereza Cristina, como ministra da Agricultura, abriu 150 mercados no mundo para os produtos brasileiros. Foi a grande maestrina da orquestra do agronegócio que garantiu a nossa segurança alimentar e do mundo. São dois ótimos nomes.
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