Eleições
Por
Alexandre Garcia
Jair Bolsonaro durante motociata, em Campo Grande, em junho| Foto: Clauber Cleber Caetano/PR
Neste 20 de julho abre-se uma janela que se fecha dia 5 de agosto. É a janela das convenções partidárias, que vão homologar, carimbar os candidatos que a gente já sabe quem são. Está na lei que tem de fazer convenção, mas é pró forma, já está tudo decidido. Tanto que a convenção do PT ocorre quinta-feira, em São Paulo, e Lula nem vai; ele estará em Pernambuco. A convenção do PL, o partido de Bolsonaro, será no Maracanãzinho, no domingo. Ele estará lá e querem fazer uma grande festa; dizem as notícias que estão querendo sabotar o evento comprando pela rede social os ingressos, para que sejam todos vendidos e não haja lugar para os convencionais. Vão gastar um dinheirão e não dará certo. Ciro Gomes vai ser homologado na própria sede do PDT em Brasília; será, para todos os efeitos, uma convenção.
E vemos que grandes partidos não têm candidato. O PSDB, por exemplo, que fez Fernando Henrique presidente duas vezes, e concorreu com força em eleições com Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, está sem nome. O MDB está adiando sua convenção para o último dia, 5 de agosto, porque não sabe o que fazer com a senadora Simone Tebet. Está a maior confusão: uns dizem no partido que 11 diretórios apoiam Lula, outros dizem que 19 diretórios já se comprometeram a apoiar Simone Tebet. Imagine o leitor que um diretório tem de se comprometer a apoiar um candidato do próprio partido, é incrível. Além de tudo, eu sei, por exemplo, que no Rio Grande do Sul o MDB é Bolsonaro.
Por essas coisas vemos que não tem jeito, não tem terceira via. São mesmo dois candidatos: Bolsonaro e Lula. Ainda bem que nós conhecemos bem ambos. Lula ficou dois mandatos, depois veio Dilma. Foram quase 14 anos com o partido dele no poder e a gente sabe muito bem o que aconteceu. Assim como sabemos o que aconteceu nesses três anos e meio de Bolsonaro, então será fácil escolher o candidato.
Quem não vota também decide resultado de eleição
Quem não vota ou anula não tem direito de reclamar depois
Só não se omita, porque voto branco, nulo ou omissão não contam nada. É zero. Na última eleição presidencial houve 42 milhões de votos que não valeram nada, 42 milhões de eleitores que não apitaram nada. O vencedor teve 58 milhões de votos; o que perdeu, 47 milhões; e 42 milhões não opinaram. Vocês viram o que aconteceu na Colômbia, no Chile? Foi porque muita gente não foi votar. Quem não vota ou anula não tem direito de reclamar dos resultados e das consequências. Está se alijando da cidadania, não é fonte do poder, porque o poder do povo emana do voto. E, com o voto, estamos dando poder para governador, deputado estadual, federal, senador e presidente da República. Só para lembrar o óbvio.
Dito isso, também para lembrar, estamos em pleno período do voto em trânsito, que vai até 18 de agosto. Quem estiver fora da sua comarca eleitoral, caso esteja em uma capital de estado ou em município com mais de 100 mil habitantes, tem direito ao voto em trânsito. Precisa procurar o cartório eleitoral para dizer, até 18 de agosto, que vai votar em trânsito naquela comarca. Quem estiver fora do seu estado só vai poder votar para presidente.
Petrobras baixou a gasolina, fique atento na bomba
Só para encerrar, uma boa lembrança: até a Petrobras agora já diminuiu o preço da gasolina, alegando que o preço do petróleo baixou. Diminuiu em quase 5%; para vocês controlarem na bomba, na refinaria o litro está custando R$ 3,86.
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