Uesley Durães, especial para o Estadão

A Procuradoria Geral da República pediu o arquivamento de uma série de denúncias contra o presidente Jair Bolsonaro e aliados. A medida foi tomada pela vice-procuradora-geral, Lindôra Araújo, na última segunda-feira, 25. Com um total de 68 indiciamentos, a CPI da covid ficou marcada pelas discussões acaloradas e apelo midiático.

“Exauridas as investigações preliminares, constata-se que os fatos em apuração não ensejam a instauração de inquérito, tampouco contêm elementos informativos capazes de justificar, per si, o oferecimento de denúncia em face do Presidente da República Jair Messias Bolsonaro e dos demais requeridos, estando ausente justa causa”, diz Araújo no manifesto.  Ao todo, foram identificados no relatório da CPI nove crimes praticados pelo presidente, como charlatanismo, prevaricação e emprego irregular de verbas ou rendas públicas.

O arquivamento das denúncias virou alvo de críticas por parte de membros da CPI. O líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), enxerga oportunismo eleitoral na decisão. Após a decisão da vice-procuradora-geral, sete senadores envolvidos na CPI, incluindo Randolfe, solicitaram a abertura de um inquérito para investigar a ação.

Em pedido enviado ao Supremo Tribunal Federal, os parlamentares alegam prevaricação por parte de Lindôra Araújo. Nos bastidores, a pergunta que fica é: toda a investigação produzida pela CPI da covid pode acabar em pizza?

Para falar sobre o tema, o Estadão Notícias desta quarta-feira recebe o repórter do Estadão em Brasília Lauriberto Pompeu, e a advogada criminalista Raquel Lima Scalcon, professora da FGV Direito SP.

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Apresentação: Gustavo Lopes

Produção/Edição: Gustavo Lopes, Jefferson Perleberg, Bárbara Rubira, Gabriela Forte  e Uesley Durães.

Montagem: Moacir Biasi

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