POR: AGENTES FEDERAIS

Desde que o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento na noite de ontem (26), após o ministro Alexandre de Moraes recusar o pedido da sua campanha para investigar a diferença de inserções eleitorais nas rádios do país, alguns apoiadores do Capitão do Exército demonstraram certa frustração e desânimo.

Isso ocorreu porque muitos criaram a expectativa de que Bolsonaro anunciaria alguma medida radical contra Moraes, após o Capitão ter convocado, antes do seu pronunciamento, uma reunião de emergência, inclusive contando com a presença dos comandantes das Forças Armadas, segundo o Estadão.

A primeira coisa que devemos pensar, é: qual medida Bolsonaro poderia ter anunciado? Alguns, por meio das redes sociais, citaram a invocação da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), enquanto outros mencionaram os militares (Art. 142) ou decreto.

Houve também a expectativa por um pronunciamento simplesmente mais agressivo, com críticas contundentes e em tom de ameaça; o velho estilo Bolsonaro 2018, em vez do tom ameno apresentado pelo chefe do Executivo diante das câmeras.

Sangue frio de um Capitão

O que esses apoiadores precisam entender é que Bolsonaro não está enfrentando uma simples eleição, contra um simples adversário; ele está diante de um sistema monstruoso, cujos inimigos estão por todos os lados e até mesmo ao seu redor!

Isto significa, que, qualquer decisão precipitada poderá dar aos inimigos os argumentos necessários para legitimar uma reação sem precedente, fazendo com que até mesmo os até então aliados se voltem contra o governo, o que deixaria o presidente politicamente isolado dentro e fora do Brasil.

Em 2021, durante as manifestações do 7 de setembro, se Bolsonaro tivesse ouvido o “eu autorizo” à risca, talvez o seu governo não estivesse de pé agora. Talvez o Brasil não tivesse avançado como avançou, economicamente, e criado um ambiente pronto para prosperar de forma avassaladora nos próximos anos.

Isso porque, naquela época, Bolsonaro não tinha os argumentos que tem hoje, e o mesmo ocorrerá após o dia 31 de outubro, independentemente do resultado da eleição presidencial, pois o fato mais importante a ser compreendido é que, quanto mais abusos ocorrem, mais os inimigos se expõem!

Quanto maior a exposição do inimigo, maior é a indignação popular e maior é o respaldo que o Capitão Jair Bolsonaro possui para tomar uma decisão potencialmente radical lá na frente. Ele tem dito que agirá “dentro das quatro linhas da Constituição”, o que está correto, pois a nossa Carta Magna possui recursos suficientes para reações em circunstâncias excepcionais.

Bolsonaro está ciente disso, por isso tem repetido que, diferentemente do outro lado, só agirá de acordo com a Constituição. Esperar o transcorrer da eleição e ver até onde os adversários são capazes de ir, ao mesmo tempo em que fatos escandalosos são revelados ao público, pode ser apenas um jogo de paciência.

Jogo esse que, por sinal, poderá ter um fim melhor do que o esperado, com a vitória de Bolsonaro por força da maioria e da pressão exercida pela fiscalização das Forças Armadas sobre o processo eleitoral. Se isso ocorrer, mesmo com todos os abusos já cometidos, o resultado será muito menos danoso para todos, especialmente para a imagem do Brasil no exterior.

Para que isso possa ocorrer, Bolsonaro precisa falar não apenas para os seus apoiadores, mas também com os indecisos. Esse é o motivo da sua mudança de postura, tornando-se mais sereno, pois ele está mostrando que não é o “ogro” pintado pela imprensa militante, mas sim alguém que realmente pensa no Brasil e é capaz de governá-lo por mais quatro anos.

Dito isso, não resta ao público outra alternativa, senão confiar e fazer a sua parte. Cada um deve cumprir o seu dever cívico, sem perder a esperança de que sim, o Brasil jamais será uma Venezuela, pois o seu povo e força são maiores do que qualquer sistema corrupto que tenta retornar ao poder.

Loading

By valeon