Venezuela
Maduro e Lula concordam em retomar “cooperação”
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Gazeta do Povo e Agência EFE
Ato em abril de 2019 em Caracas organizado pelo regime chavista pede a liberdade de Lula, que ainda estava preso em Curitiba| Foto: EFE/Rayner Peña
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, concordaram nesta segunda-feira (31), durante uma conversa por telefone, em retomar a agenda de “cooperação” bilateral, que perdeu força nos últimos seis anos.
Maduro informou, em sua conta no Twitter, que teve uma “boa conversa” com Lula, a quem agradeceu por “sua disposição” de “retomar a agenda de cooperação binacional”.
“O presidente Luiz Inácio Lula da Silva enviou sua saudação e compromisso a todo o povo venezuelano. Estamos dispostos a trabalhar arduamente pelo fortalecimento da América Latina e do Caribe e pelo desenvolvimento econômico e social de nossos povos”, disse o ditador venezuelano em outra mensagem na rede social.
Neste domingo, após a vitória de Lula nas eleições presidenciais no Brasil, o regime venezuelano expressou, por meio de comunicado, sua “melhor disposição e boa vontade para, juntos, fortalecermos os laços de amizade”.
Durante a campanha, o petista havia alegado que o Brasil se beneficiou de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a regimes de esquerda durante os governos do PT, apesar das denúncias de calote – só a Venezuela deixou de pagar R$ 3,45 bilhões.
“Quando você está financiando uma obra, você exporta sua engenharia. Quem começou a fazer o metrô de Caracas foi o presidente Fernando Henrique Cardoso. Então, primeiro, quando o BNDES empresta dinheiro, é obrigado a contratar uma empresa brasileira. Segundo, os componentes são comprados do Brasil. Então, o que você está fazendo é estar exportando, além de receber o dinheiro de volta”, argumentou, em entrevista no Programa do Ratinho, do SBT.
Quando o apresentador mencionou os calotes sofridos pelo Brasil, Lula respondeu: “Todo mundo paga, você pode ter dificuldade aqui ou ali, mas todo mundo paga”.
Jair Bolsonaro, derrotado por Lula no domingo, reconheceu em 2019 o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela, assim como outros 50 países, o que abalou as relações binacionais que já haviam começado a se deteriorar com a chegada de Michel Temer ao poder em 2016.
Relações exteriores
Após reunião com Lula, Fernández diz que petista vai à Argentina antes de posse
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Gazeta doPovo
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (31) com o presidente da Argentina, Alberto Fernández.| Foto: Ricardo Stuckert/PT.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se encontrou nesta segunda-feira (31) com o presidente da Argentina, Alberto Fernández, em um hotel próximo à Avenida Paulista, na região central da capital. Fernández veio ao Brasil para cumprimentar o petista após sua vitória nas urnas no domingo (30). Os dois tiveram uma reunião a portas fechadas, e depois almoçaram juntos.
O presidente argentino publicou um breve vídeo em sua conta no Twitter em que aparece abraçando Lula. “Todo meu amor, admiração e respeito, querido companheiro. Temos um futuro que nos abraça e nos convoca”, escreveu na publicação. Após o encontro, ele fez um pronunciamento divulgado pelas redes sociais da Casa Rosada.
Segundo Fernandéz, Lula o informou que sua primeira viagem como presidente do Brasil será para a Argentina. “Ele me deu a enorme alegria de me contar que sua primeira visita será a Argentina. Me disse também que vai nos visitar antes de assumir e ele sabe que a Argentina é sua casa”, disse aos jornalistas.
“Tive uma enorme alegria ao reencontrar meu querido amigo e presidente eleito do Brasil Lula. Todos conhecem meu vínculo com Lula. O apreço, a mais alta consideração que posso ter por alguém, tenho por ele. A verdade é que não queria estar ausente hoje aqui sabendo dos momentos difíceis pelo qual ele passou”, disse Fernandéz.
“Com Lula, compartilhamos um mesmo objetivo, que é a necessidade de integração da América Latina, a necessidade de que a democracia se consolide em todo o continente, e a necessidade de que os processos eleitorais sejam devidamente respeitados”, acrescentou.
O presidente eleito também comentou o encontro com Fernandéz nas redes sociais. “A nação Argentina é um país irmão e fico feliz de retomarmos a amizade. Vamos reforçar nossa cooperação para um futuro melhor para nossos povos”, disse Lula.
O petista venceu o segundo turno da eleição presidencial com 60,3 milhões de votos (50,9%). O atual presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentou a reeleição, saiu teve 58,2 milhões de votos (49,1%).
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