História por Redação Itatiaia •1h
Após a ‘Carta de Belém’ não vetar à exploração de petróleo e se esquivar sobre desmatamento zero no território amazônico, a Cúpula da Amazônia volta a se reunir nesta quarta-feira (9) com a participação de países de outros continentes.
Entre os convidados estão países como República Democrática do Congo, República do Congo e Indonésia. Eles foram incluídos no evento por concentrarem grandes florestas tropicais nos territórios.
Alemanha e Noruega também vão participar do evento por serem doadores regulares do Fundo Amazônia, criado há mais de dez anos para financiar a preservação da Amazônia.
As partes vão se reunir ao longo de todo o dia. Há expectativa de que uma carta também seja elaborada neste último dia de programação.
Entre outros assuntos na ordem do dia, está o financiamento de países ricos para preservação do bioma Amazônico. Há um entendimento entre representantes do Governo Lula de que a Amazônia é de interesse mundial. Por isso, os países desenvolvidos precisam aplicar recursos para ajudar a combater o avanço do desmatamento na região.
Lula já afirmou que vai buscar R$ 100 bilhões que foram prometidos pelas grandes potenciais mundiais e até hoje não foram pagos.
O documento com os pontos acordados foi publicado nessa segunda-feira.
Delimitações sobre a exploração de petróleo ficaram fora da “Declaração de Belém”. Tema de discordância entre os países Amazônicos, o assunto também não tem unanimidade entre os representantes do governador federal.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, do PSD é favorável a pesquisas que possam apontar as “potencialidades” da região.
A Petrobras tem interesse em realizar sondagens sobre o potencial petrolífero da Margem Equatorial, que fica a cerca de 500 quilômetros da foz do Amazonas – tema que divide opiniões no próprio governo Lula.
Após a publicação do documento, na saída do Centro de Convenções onde as autoridades estavam reunidas, o Presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou que não foi até o local para tratar de exploração de petróleo, mas destacou que o combustível fóssil pode ser utilizado para financiar a chamada transição energética.
Esta decisão sobre petróleo, sobre suspender a exploração são decisões de Estado, do Estado brasileiro. E se forem tomadas terão que ser cumpridas, acho que ainda é cedo para tratar do assunto tão drástico. A transição energética por si mesma é uma transição, não é uma ruptura, não acontece de um dia para o outro. É uma transição. O que nós temos que fazer, inclusive aproveitando que a COP será aqui, é discutir como o uso do petróleo que ainda vai durar por algumas décadas pode ajudar a financiar a transição energética”, afirmou.
Durante o discurso diante de todos os chefes de Estados da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu o fim da exploram de petróleo na região e chamou as apostas em novas fontes de combustíveis fósseis de “negacionismo”.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende que o Brasil conheça as potencialidades e diz que a Petrobras pode realizar estudos na área amazônica.
“A posição de um chefe de Estado precisa ser respeitada”. No entanto, o ex-senador por Minas Gerais destacou que a fala pode ser democraticamente debatida.
Considerada uma pauta prioritária e urgente para Lula, o desmatamento zero também não foi um ponto de consenso entre os países que trechos da floresta Amazônica nos territórios.
Em declarações ao longo do dia e no documento, o anfitrião da agenda, Lula se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, mesmo sem todos os países demonstrarem posturas assertivas em relação a um prazo para cumprir esse objetivo.
Após a publicação do documento, na saída do Centro de Convenções onde as autoridades estavam reunidas, o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates, afirmou que não veio até o local para tratar de exploração de petróleo, mas destacou que o combustível fóssil pode ser utilizada para financiar a chamada transição energética.
Já o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu o fim da exploram de petróleo na região e chamou as apostas em novas fontes de combustíveis fósseis de “negacionismo”.
Silveira evitou fazer críticas declarações de Petro, mas disse que o assunto cabe discussão.
O Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defende que o Brasil conheça as potencialidades e diz que a Petrobras pode realizar estudos na área amazônica.
Desmatamento zero
Considerada uma pauta prioritária e urgente para Lula, o desmatamento zero também não foi um ponto de consenso entre os países que trechos da floresta Amazônica nos territórios.
Em declarações ao longo do dia e no documento, o anfitrião da agenda, o o presidente do Brasil se comprometeu a zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, mesmo sem todos os países demonstrarem posturas assertivas em relação a um prazo para cumprir esse objetivo.
Com projeções otimistas, antes do início da Cúpula Amazônica, Lula disse que pretendia apresentar as declarações formuladas pelos países na COP 28, nos Emirados Árabes, em Novembro deste ano.
Buscando protagonismo para pauta clínica climática, Lula quer que os países com grandes florestas tomem decisões em bloco. A intenção é fortalecer e atrair investimento para a preservação das florestas e o desenvolvimento sustentável.