História por Redação • Catraca Livre
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O Brasil vive atualmente uma nova alta de casos de covid-19, consequência da subvariante EG.5 da Ômicron, também conhecida por Eris. Observada por especialistas, esta nova formação do vírus foi detectada no país no fim de agosto, todavia, a Sociedade Brasileira de Infectologia já suspeitava da sua presença devido ao seu avanço em outros países.
OMS declara fim da emergência mundial da covid-19© loops7/istock
A razão para esta desconfiança deve-se ao decréscimo acentuado na intensidade e frequência do monitoramento genômico a nível global. Este monitoramento consiste em uma análise periódica de amostras do vírus para identificar as variantes circulantes, algo que perdeu relevância desde que a pandemia deixou de ser uma emergência de saúde pública.
Qual o cenário da subvariante Eris no Brasil?
No Brasil, vários estados já registaram a presença da variante Eris. São Paulo foi pioneiro, quando no dia 17 de Agosto confirmou um caso na paciente de 71 anos que tinha sintomas como febre, tosse, cansaço e dores de cabeça. O diagnóstico foi validado pelo Ministério da Saúde.
No dia 30 de Agosto, a cidade do Rio de Janeiro confirmou um caso através do Laboratório de Vigilância Genômica da Fiocruz. De acordo com Daniel Soranz, o secretário municipal de Saúde do Rio de Janeiro, o paciente não tinha histórico de viagem, o que sugere a transmissão local da variante Eris.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, a presença da subvariante Eris coincide com um crescimento nas taxas de infeção da covid-19 no Brasil. Nos últimos quinze dias, os casos da doença aumentaram 16%, saltando de 11.332 para 13.161 diagnósticos confirmados.
O problema pode ser maior do que as estatísticas sugerem, uma vez que muitos indivíduos deixaram de fazer testes após sentirem sintomas respiratórios. A taxa de positividade dos testes, que indica a proporção de exames realizados que dão positivo, aumentou 118,6%. No início de Agosto, 7% dos testes no Brasil indicavam a doença, mas no momento 15,3% confirmam a existência do vírus.
Quais são as previsões para o futuro próximo?
No momento, as mortes decorrentes da covid-19 no Brasil permanecem estáveis, embora se espere um aumento nos casos devido à alta transmissibilidade da subvariante EG.5. No entanto, especialistas acreditam que a Eris não causará um impacto significativo no sistema de saúde, já que aparentemente não provoca doenças mais graves. Porém, a atenção e vigilância devem ser mantidas.
Em relação à imunização, a expectativa é que as vacinas bivalentes, que são parcialmente focadas na Ômicron, continuem a oferecer alta proteção contra consequências graves causadas pela nova variante.
Enquanto a situação se mantiver crítica, especialistas recomendam o uso de máscaras, principalmente em locais fechados, mal ventilados ou com aglomerações, além da realização de testes em caso de sintomas respiratórios.