CNN Brasil – Isabel Campos – Amanda Garcia da CNN

À CNN Rádio, a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, destacou as consequências negativas da falta de acesso

4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro em casa, aponta levantamento do Trata Brasil4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro em casa, aponta levantamento do Trata BrasilFoto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um relatório do Instituto Trata Brasil aponta que 4,4 milhões de brasileiros não têm banheiro em casa.

O estudo procurou entender quantas pessoas tinham algum tipo de privação em relação ao saneamento básico, incluindo acesso à água e coleta de esgoto.

À CNN Rádio, a presidente-executiva do Instituto Trata Brasil, Luana Pretto, destacou que a maior parte da população que não tem banheiro na sua residência vive abaixo da linha da pobreza.

“Em sua maioria, são da região Nordeste, em especial Maranhão Bahia e Piauí, além do Norte, como Pará e Amazonas, têm até 20 anos de idade, ensino fundamental incompleto e renda familiar de até 2.400 reais mensais”, explicou.

Segundo a especialista, o acesso ao banheiro está diretamente relacionado à dignidade humana.

“Quando não se tem banheiro na residência existe uma série de doenças associada, como esquistossomose, leptospirose e diarreias”, disse.

Diante disso, as pessoas ficam “automaticamente mais doentes”, com menor produtividade no trabalho, além de afetar “o desenvolvimento educacional das crianças.”

“A diminuição da possibilidade de acesso ao Ensino Superior, por exemplo, impacta em um aumento da renda no futuro”, completou.

Luana Pretto também destacou que, apesar da maior parte dessas pessoas estar nas regiões Norte e Nordeste, o Brasil todo sofre com a situação.

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Ela acredita que o tema precisa ser prioridade das autoridades e da população como um todo, com a necessidade de criação de políticas habitacionais, de saneamento básico e de conscientização.

Luana lembra que em 2003 eram 5,5 milhões de brasileiros sem acesso a banheiros, ou seja, o número caiu.

“Mas a velocidade precisa ser maior, nesse ritmo, resolveremos somente em 40 anos, precisamos da priorização”, afirmou.

*Com produção de Isabel Campos

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By valeon