Newsrondônia
O ano começa igual ao final do que se foi. O Brasil rachado; dependendo do lado, a notícia é positiva para o governo Lula ou é radicalmente o oposto; nunca se sabe se a mídia está fazendo notícia verdadeira ou apenas aquilo em que se especializou, tratando tudo sob o ponto de vista ideológico e sempre a favor de um lado; nunca se sabe se há algo aproveitável nas redes sociais. Nelas, a imensa maioria é de duríssimos ataques ao atual ocupante do Planalto e seus aliados. Ou seja, o brasileiro comum, o cidadão que liga a TV para saber o que está acontecendo ou acessa a imensa maioria dos sites ou, ainda, vai às redes sociais para saber de alguma coisa concreta, ao terminar sua pesquisa, sai pior informado do que estava antes, ao tentar entender o que está acontecendo de verdadeiro no seu país. Dependendo do que assiste, fica sabendo que o Brasil vive tempos maravilhosos, com a inflação em queda, caminhando para o pleno emprego; com os preços dos supermercados desinflamando; com um país onde a prosperidade bate à porta, com um governo muito perto da perfeição. Quando se vai ao oposto, se é informado de que a inflação e o desemprego, ao contrário, têm seus números maquiados pelo IBGE e outros institutos: que há preços de mercadorias nas prateleiras que deram um salto; que a picanha prometida por Lula está mais cara; que o rombo nas empresas públicas bate nos seis bilhões de dólares e que as contas do país estão numa vermelho sangue, com uma gastança desenfreada. Há uma parte da mídia que chama o orçamento secreto de “emendas do relator”; que se cala ante mais de 10 bilhões dados a deputados e senadores para apoiarem o Planalto; que diz que ter inflação é positivo e que se os preços dos combustíveis subirem vai ser bom para o país. Poucos falam nos cortes de milhões na Educação e nos programas sociais; no aumento das queimadas e do desmatamento e zero sobre o que as ONGS internacionais estão fazendo contra a Amazônia, seu povo e suas riquezas.
Foto: MATEUS BONOMI/AGIF – AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO© Fornecido por Newsrondonia
Enfim, o 2024 chegou como uma foto renovada do ano que terminou. Vai melhorar? Para a grande mídia e os que apoiam o governo socialista do Brasil, a resposta efusiva é um grande sim. Para os opositores, aqueles que não aceitaram e não aceitam o resultado da urnas, estamos é caminhando para o precipício. Não há o Brasil do meio termo, do diálogo, da boa vontade. Ou você é radical e quer implantar um governo com a oposição destruída, com o corte dos direitos de quem não compartilha das suas ideias, que você e os seus chamam de progressistas ou você gostaria de ver uma revolução das Forças Armadas, para extirpar seus opositores políticos e todos os esquerdistas da vida nacional. Onde vamos acabar? Neste contexto, as previsões para 2024 não são nada positivas. Infelizmente, estamos andando por caminhos tortuosos!
BANCADA FEDERAL SE UNE CONTRA A MP DA ONERAÇÃO DA FOLHA E A DECISÃO DE LULA DE IR AO STF CONTRA O MARCO TEMPORAL
A grande maioria da bancada rondoniense está mobilizada por duas batalhas importantes, tão logo recomece o ano legislativo. A primeira delas é a derrubada da MP que repõe a oneração da folha de pagamento, um artifício criado pelo governo Lula para não cumprir a decisão do Congresso, por ampla maioria, para manutenção da desoneração de 17 setores da economia. O drible contra o que os congressistas decidiram causou protestos, mas a MP continua valendo, ao menos até ser derrubada. O líder da bancada federal, Maurício Carvalho e o deputado Lúcio Mosquini, estão entre os que já foram às redes sociais avisar que, logo que reiniciem os trabalhos na Câmara, começarão a batalha pela derrubada da MP. No Senado, com exceção de Confúcio Moura, os rondonienses Jaime Bagattoli e Marcos Rogério já se posicionaram também contra a decisão do Planalto. Os dois, aliás, também tem feito pesadas críticas pelo fato do governo tentar passar por cima das decisões do Congresso, avisando que vai ao STF para derrubar a decisão que, por ampla maioria dos parlamentares brasileiros, manteve o Marco Temporal de terras indígenas. Pressionado pelas ONGs internacionais, as que verdadeiramente mandam na Amazônia, onde se localiza a maioria das áreas, com suas imensas riquezas minerais, a União quyer priorizar afagos aos estrangeiros, causando graves danos ao Brasil. Nos dois casos, Cristiane Lopes, Silvia Cristina, Fernando Máximo, Coronel Chisóstomo e Thiago Flores já se posicionaram totalmente contar as decisões do Planalto. O que menos falou sobre o tema foi o deputado Lebrão.
É UMA LEI QUE NÃO RESPEITA A SOCIEDADE, PERMITINDO QUE LÍDERES DO TRÁFICO SAIAM PELA PORTA DA FRENTE DAS CADEIAS
Quais os critérios para soltar bandidões, chefes do tráfico, presos por serem de alta periculosidade e que, inexplicavelmente, são liberados para a tenebrosa “saidinha” de Natal, que põe na rua, em todo o país, milhares de presidiários? A medida é um benefício para o preso que tem bom comportamento, é réu primário e cumpriu um sexto da pena ou é reincidente (?????) e cumpriu um quarto da pena. No Rio de Janeiro, dois dos maiores traficantes, chefes de facções criminosas, foram autorizados a sairem pela porta da frente das cadeias, para o Natal e, obviamente, não voltaram. E nem vão voltar. Dos 1.735 que receberam o benefício, 253 não retornaram conforme era determinado e são considerados foragidos. Destes, a maioria é considerada perigosa e, em qualquer país decente, com leis justas e respeitadoras da sociedade, jamais teriam benefícios como se fossem apenas primários, que merecem nova chance. Em Rondônia, mais de 500 tiveram o benefício mas, ao que se sabe, nenhum líder de facção, nenhum assassino perigoso. Mesmo assim, anda não se tem notícia se houve os que não retornaram às cadeias, conforme teriam que fazê-lo.
EMENDAS DUPLICAM NUM ANO E CONGRESSISTAS RECEBEM QUASE 35 BILHÕES PARA MANTER “AMIZADE” COM O GOVERNO
Os parlamentares que compõem o Congresso Nacional não podem se queixar do governo Lula. Para eles, muita grana. Dinheiro a rodo. Apenas em novembro, quando da votação de projetos importantes na Câmara e Senado, em menos de uma semana, foram liberados nada menos do que 10 bilhões de reais em emendas, perto de 29 por cento do total autorizado para os deputados e senadores durante todo o ano. No final das contas de 2023, o Planalto autorizou um total de 34 bilhões e 681 milhões de reais em emendas, bem mais que o dobro dos menos de 17 bilhões liberados para o parlamento durante o último ano do governo Bolsonaro. Há alguma ilegalidade? Não há. Lula e seu governo repetem o mesmo esquema dos seus dois governos anteriores e de parte do governo Dilma Rousseff: amizade profunda com o Congresso, à base de muito dinheiro. Mesmo aqueles que fazem uma oposição mais ferrenha ao Planalto, obviamente balançam, ao verem seus concorrentes nos Estados bamburrarem com tanto dinheiro rolando. Por isso, que ninguém se surpreenda se, mais à frente, até os projetos mais polêmicos, considerados altamente prejudiciais ao país, como a volta da oneração à folha de pagamento e o fim do marco temporal, acabarem sendo aprovados pela maioria dos congressistas. Seria cômico, não fosse trágico!