Felipe Santos – Felipe tem mais de 5 anos de experiência trabalhando com Marketing Digital, com foco em SEO e conteúdo. Atuou no time de gigantes como Forbes Brasil, Crypto.com e Webedia.
Marketing de conteúdo é uma estratégia que envolve a criação e distribuição de conteúdo para atrair, converter e fidelizar clientes.
Agradeça ao Google ou qualquer meio pelo qual você chegou neste artigo. Chegou a hora de conhecer uma das estratégias que mais gera resultados para os negócios modernos: Marketing de Conteúdo.
E quem acredita que essa estratégia nasceu no meio digital se engana. O Marketing de Conteúdo provou seu valor repetidas vezes antes mesmo de se falar em Marketing Digital.
A partir da criação de conteúdos relevantes para um público específico, é possível atrair, conquistar e fidelizar clientes, além de aumentar a autoridade da marca no mercado, alimentando um ciclo orgânico e constante de vendas.
Neste conteúdo, você vai conhecer um pouco mais sobre essa estratégia tão conhecida, seus benefícios, como fazer um bom planejamento de conteúdo e SEO e algumas dicas importantes para aplicar em 2024.
Continue a leitura para saber mais!
O que é marketing de conteúdo?
Marketing de Conteúdo é uma estratégia que consiste na criação e distribuição de conteúdos relevantes (e-books, artigos, vídeos, posts em redes sociais, webinars, cursos…) para determinado público-alvo, com o objetivo de atrair, converter e fidelizar clientes.
A ideia por trás da produção é que os conteúdos auxiliem/entretenham/atendam necessidades e desejos das pessoas, sem promoção direta da marca, para que elas ganhem mais confiança na marca e possam se tornar clientes no futuro.
O primeiro e mais clássico registro dessa estratégia sendo aplicada foi a publicação do Guia Michelin em 1900, pela maior fabricante de pneus do mundo. No guia continham informações sobre estradas e os pontos principais como restaurantes e mirantes, com o objetivo de incentivar o turismo automotivo.
Ao ajudar os consumidores, além de reforçar sua presença de marca, a Michelin incentiva a utilização de seus produtos (pneus), o que leva à necessidade de trocá-los com mais frequência, aumentando assim, no longo prazo, as vendas da marca.
Tudo isso sem precisar de falar um “compre pneus em promoção”. O Marketing de Conteúdo é uma estratégia sutil e que ganha escala com facilidade, além de exigir um investimento pequeno comparado à outras estratégias de marketing.
Marketing de Conteúdo e Inbound Marketing: são a mesma coisa?
Não, Marketing de Conteúdo e Inbound Marketing não são a mesma coisa. No entanto, os termos são complementares!
Ainda é difícil descrever exatamente o que distingue os dois, mas no geral Inbound envolve todas estratégias que tem como objetivo atrair potenciais clientes sem o uso de propagandas invasivas, explorando bem a jornada de compra do consumidor para criar relacionamentos duradouros e lucrativos com os clientes.
Como atrair esses consumidores e acompanhá-los em sua jornada de compra? Espero que tenha pensado o mesmo que eu: criando e distribuindo conteúdo.
É aí que entra o marketing de conteúdo, talvez uma estratégia dentro de inbound marketing, ou, no mínimo, complementar.
Assim, podemos dizer que não existe estratégia de Inbound Marketing sem Marketing de Conteúdo e vice-versa.
Os 4 pilares do Inbound Marketing
Para ficar ainda mais claro o conceito de Inbound, trouxemos os 4 pilares que são fundamentais na construção de cada etapa dessa estratégia:
Atrair: neste pilar, o objetivo é atrair visitantes para acessar o site/loja/perfil da empresa. Para isso, é possível utilizar a busca orgânica, mídia paga, redes sociais, entre outros canais;
Converter: na etapa de conversão, a ideia é transformar os visitantes em leads a partir da construção de conteúdos relevantes, como e-books, pesquisas de mercado ou infográficos;
Vender: quando o relacionamento com o lead estiver sólido e bem nutrido, é hora dar o próximo passo e transformá-lo em cliente, agora sim usando estratégias de vendas mais diretas, mencionando a marca e seus diferenciais;
Encantar: agora, para manter o cliente dentro da base, é o momento de criar estratégias de fidelização, visando nutrir um relacionamento com o cliente e levá-lo a fazer negócios com a empresa novamente.
Em todas as etapas do Inbound é necessária a produção de conteúdo, cada um com estilos, canais e abordagens diferentes.
Um conteúdo de encantamento, por exemplo, pode ser uma live exclusiva para clientes sobre novos lançamentos, com códigos promocionais, enquanto um de atração é mais “genérico”, porém ajuda o potencial cliente em algum problema que tenha relação com a solução que sua marca oferece.
Os benefícios do marketing de conteúdo
O marketing de conteúdo é uma estratégia extremamente eficaz para empresas que desejam crescer, já que permite alcançar o público-alvo de maneira mais direta e assertiva, gerando leads qualificados que podem se transformar em clientes fiéis.
É uma abordagem menos agressiva, certeira especialmente na era dos anúncios digitais, onde grande parte dos consumidores já não tem mais paciência para aquela linguagem antiquada de vendas.
Exponencialmente, os clientes estão valorizando mais empresas que demonstram interesse genuíno em ajudar e construir uma relação duradoura e benéfica – salvo alguns tipos de produtos e serviços.
Para te ajudar a entender a importância do marketing de conteúdo, listamos alguns de seus principais benefícios abaixo.
Conteúdo é cada vez mais prioritário no Marketing
O marketing de conteúdo, além de uma estratégia, hoje também é uma área dentro de setores de Marketing em grandes empresas. Segundo o Hubspot, empresas que publicam 16 ou mais postagens em seu blog mensalmente obtêm 3,5 vezes mais tráfego e 4,5 vezes mais leads do que empresas que publicam 0-4 postagens por mês. Mas isso não é só.
Em uma pesquisa da Conversion em parceria com a KMPG, 53,4% dos respondentes afirmaram que irão aumentar o investimento em marketing de conteúdo, sendo esta estratégia a líder em intenção de investimento para 2023. Assim, fica claro que o conteúdo tomou o seu lugar como Rei.
Marketing de Conteúdo funciona para curto, médio e longo prazo
Uma das grandes vantagens do marketing de conteúdo é que pode funcionar a curto, médio e longo prazo. Para isso, basta planejar a estratégia corretamente. Por exemplo, se o seu objetivo é gerar resultados imediatos, o impulsionamento de um material rico nas redes sociais ou anúncios podem trazer um retorno legal, além de reduzir o CAC.
No entanto, é no médio e longo prazo que o marketing de conteúdo mais se destaca. Quanto mais conteúdo relevante e de qualidade for desenvolvido, maior a audiência do seu site ou redes sociais. Assim, como citei acima, é possível que a empresa se torne referência na área apenas pela criação de conteúdo sólido e constante sobre determinados assuntos.
Aumenta a visibilidade da marca
Através do marketing de conteúdo, você pode colocar a sua marca na boca do povo e, principalmente, do seu público-alvo. E tudo isso apenas criando conteúdos relevantes e de qualidade.
Ter uma marca forte já é meio caminho andado para realizar a venda, já que os consumidores provavelmente terão preferência pela marca que conhecem e na qual confiam. Mas vale citar que, para a estratégia dar certo, é preciso entender quais canais irão impulsionar esses conteúdos.
Aumentar o engajamento
Engajamento não é apenas uma palavra para influenciadores digitais. As marcas também podem construir uma imagem tão boa nos canais digitais que as pessoas as percebem até como amigas ou colegas agradáveis.
Isso é importante pois, quanto maior o engajamento e clima amistoso com seus potenciais clientes, melhor é a percepção da marca e maior o seu alcance.
Tudo isso produzindo conteúdos adequados para seu público-alvo e que entreguem valor.
Reduz o Custo de Aquisição de Clientes (CAC)
O marketing de conteúdo pode reduzir o seu CAC. Isso porque ao criar conteúdos relevantes para o seu público-alvo, apenas pessoas realmente interessadas naquele assunto serão atraídas para o seu site.
Assim, é possível reduzir o investimento de anúncios e publicidade, apostando no orgânico e na construção de materiais ricos para gerar leads qualificados.
Educa o mercado
O marketing de conteúdo pode ajudar muitas empresas que começaram a atuar em segmentos novos, ou que lançaram novas soluções “fora da caixa”.
Com uma boa estratégia de conteúdo, é possível atrair os potenciais clientes que enfrentam os problemas que o produto da empresa resolve e então educá-los sobre o produto quando estiverem avançado suficiente no funil de vendas.
Com isso, a marca consegue gerar demanda pelo seu produto e incentivar a ativação de um mercado novo.
Melhora a autoridade da marca
Outro benefício do marketing de conteúdo está relacionado à autoridade da marca no mercado, afinal, ao criar conteúdo de qualidade e estratégico, a empresa pode se tornar referência no assunto.
E, de certa forma, essa autoridade vai facilitar a conversão no seu site e também no produto, já que a confiança estará estabelecida entre público e marca através dos conteúdos.
Traz novos leads
Se o seu objetivo é gerar leads, saiba que o marketing de conteúdo é uma estratégia poderosa para isso! Avalie o funil, entenda que tipo de conteúdo disponibilizar para cada etapa e construa conteúdos voltados para atrair e converter as pessoas interessadas.
Vale citar também que o marketing de conteúdo é uma estratégia de curto, médio e longo prazo. Os conteúdos podem até se tornar datados, mas basta uma atualização que ele volta a servir o seu propósito.
Melhora a satisfação pós-venda
O marketing de conteúdo pode ser uma ferramenta valiosa para melhorar a satisfação dos clientes, além de contribuir com a fidelização.
Através de conteúdos educativos e materiais sobre o seu produto ou serviço, seus clientes poderão tirar o máximo da sua solução e sanar possíveis dúvidas. Bons exemplos são os conhecidos FAQs, Centrais de Ajuda e materiais em formatos de Guia.
Como funciona o Marketing de Conteúdo na Prática?
Apresentamos muitos conceitos e vantagens de marketing de conteúdo, mas ainda pode ter ficado confuso sobre como ele é aplicado no dia a dia.
Temos uma seção deste artigo dedicada a como fazer marketing de conteúdo passo a passo, mas antes você precisa entender como as engrenagens dessa estratégia se encaixam.
São alguns pilares:
Jornada de compra do consumidor
Não é possível entender marketing de conteúdo sem antes conhecer a jornada de compra do consumidor e funil de vendas.
Ou seja, o caminho pelo qual um consumidor passa até fazer a compra e depois de fazer a compra. São várias etapas que constituem esse caminho, não necessariamente linear:
Aprendizado e descoberta: o consumidor está pesquisando sobre um tema de seu interesse, como “como aumentar minhas vendas”, mas ainda não tem conhecimento de um produto ou marca específica que possa ajudá-lo;
Reconhecimento do problema: após um tempo de aprendizado, o consumidor percebe que tem um problema. No caso do exemplo acima, o problema pode ser que ele não investe o suficiente em tráfego orgânico, então ele pesquisa mais sobre o tema: “o que é tráfego orgânico e por onde começar?”;
Consideração da solução: após reconhecer o problema, o consumidor começar a considerar possíveis soluções para seu problema, com pesquisas como “ferramentas para monitorar tráfego orgânico” ou “ferramentas de análise de tráfego”;
Decisão de compra: por fim, com ideias de soluções em mente, o consumidor avalia as opções disponíveis e escolhe a que melhor se encaixa em suas necessidades. Se a sua marca esteve presente em todas as etapas anteriores com uma boa produção e distribuição de conteúdos, é muito provável que ele tenha preferência por adquirir a sua ferramenta;
Fidelização: após a compra, é importante manter a interação com o cliente, aprofundando sua relação por meio de conteúdos exclusivos e valiosos, para mantê-lo fiel e encantado, sendo até um potencial promotor da marca para amigos e familiares.
Perceba que há uma jornada completa antes de qualquer consumidor efetuar uma compra. Antes as empresas apenas atuavam na etapa de decisão de compra, tentando se diferenciar por preços e outros apelos momentâneos.
Agora, sabemos que o mais rentável está em trabalhar bem toda a jornada, do começo ao fim. Um exemplo rápido e simplificado de conteúdos que poderiam ser trabalhados em cada etapa de acordo com o caso acima são:
Aprendizado e descoberta: 5 dicas para ter um negócio mais rentável (post instagram, artigo blog e vídeo youtube);
Reconhecimento do problema: O que é tráfego orgânico e 5 passos para otimizar o seu (post instagram, artigo blog e vídeo youtube);
Consideração da solução: Como escolher a ferramenta certa de marketing digital passo a passo? (post instagram, artigo blog e vídeo youtube);
Decisão de compra: Como a nossa ferramenta ajudou nossos clientes a aumentar seu tráfego em X%? (e-mail e redes sociais);
Fidelização: Conteúdos de suporte para uso adequado da ferramenta; acesso antecipado a novas funcionalidades; FAQs; acesso a newsletter semanal com dicas de vendas e tráfego, etc.
Canais de distribuição
Outra parte essencial do marketing de conteúdo é saber escolher e atuar nos diferentes canais de distribuição de conteúdo.
Cada canal tem suas especificidades e exige uma abordagem diferente para que os conteúdos funcionem, não basta copiar e colar o conteúdo de um canal para outro.
Redes sociais
As redes sociais são canais onde negócios inteiros são construídos do zero, tendo forte potencial para promoção de produtos e, acima de tudo, construção de relacionamentos.
Por meio delas a marca pode ter mais proximidade com seu público, ouvindo feedbacks rápidos e interagindo com seus clientes.
Apesar de ser um ótimo lugar para se destacar, também tem as condições certas para sua marca ser um fantasma se não souber atuar bem nas redes, já que é um meio muito competitivo.
Para se destacar, é preciso se atualizar constantemente sobre os formatos de conteúdos que mais funcionam e tendências que podem alavancar o engajamento e alcance de suas postagens.
Lembrando também que poucas pessoas estão nas redes sociais para assistir vídeos longos ou ler artigos de 2.000 palavras, há outros canais para esses formatos. É importante produzir conteúdos “mastigados” que entregam valor sem ocupar muito o tempo de quem consome o conteúdo.
Blog
O blog é um dos canais mais fortes e famosos no marketing de conteúdo. Por incrível que pareça, as pessoas ainda leem artigos – e muito.
O formato dos artigos precisa ser mais otimizado para leituras dinâmicas e objetivas, mas seus resultados continuam sendo impressionantes, caso contrário não estaríamos escrevendo este artigo agora.
Com um blog você tem mais liberdade de fazer conteúdos maiores e adicionar quantas chamadas para ação quiser, com o objetivo de converter os visitantes em leads.
Porém, no blog há outros fatores em jogo. Por ser uma plataforma proprietária, sua empresa é responsável por sua manutenção e por evitar bugs no site, diferente de uma rede como Instagram.
E para garantir bons resultados para os usuários, é preciso seguir várias boas práticas de design, UX e, claro, SEO. Sem as boas práticas de SEO seus posts de blog estão fadados ao fracasso.
Materiais ricos
Os materiais ricos costumam ser utilizados em etapas mais avançadas na jornada de compra, para incentivar a conversão de visitantes em leads.
Eles entregam muito valor ao consumidor, porém não saem de graça, pois é preciso fornecer algum dado como e-mail ou celular para recebê-los.
Alguns exemplos são:
Webinars exclusivos;
E-books;
Infográficos;
Pesquisas de mercado;
Livros;
Entre outros.
O e-mail não poderia faltar na nossa lista. Trata-se de um dos melhores canais para criar fluxos de distribuição de conteúdos e segmentar sua lista de leads.
É essencial que você os integre com ferramentas para automatizar processos e fazer a gestão de seus leads.
Outra vantagem do e-mail é o fato de ser um canal mais direto com o consumidor, permitindo maior grau de intimidade e, portanto, formatos de conteúdo que incentivem a criação de um relacionamento.
Persona
Outro pilar essencial do marketing de conteúdo é a definição da persona do seu negócio. Persona trata-se de um retrato do cliente ideal do negócio, criado com base em dados reais dos clientes, como:
Dados demográficos;
Dados psicográficos;
Dados comportamentais;
Dados geográficos.
Todos esses dados contribuem para a criação de um cliente ideal, que vai ser utilizado para guiar as estratégias de comunicação e marketing, tornando suas ações mais assertivas e personalizadas.
Com a persona/público-alvo bem definidos, você pode criar uma estratégia de conteúdo mais assertiva, que atenda às necessidades de quem realmente pode se tornar um lead qualificado e cliente fiel no futuro.
Como fazer uma boa estratégia de Marketing de Conteúdo passo a passo
Fazer marketing de conteúdo não é tão simples quanto montar um cronograma, criar e postar conteúdos relacionados à sua marca.
Essa parte também acontece, mas apenas no final do seu planejamento de marketing de conteúdo. Muitos profissionais cometem o erro de produzir conteúdos sem um plano com objetivos claros e não têm os resultados esperados da estratégia.
Assim como toda estratégia, precisamos levar muitas variáveis em consideração antes de produzir os conteúdos.
Para te ajudar, separamos um passo a passo prático para montar um plano viável e performático de marketing de conteúdo.
1. Definição de objetivo de KPIs
O objetivo vai nortear todas as ações da sua estratégia. Sem um objetivo claro, é muito provável que sua estratégia não tenha bons resultados e que as ações sejam descoordenadas.
Mas definir um objetivo não é tão simples quanto falar “quero aumentar o tráfego”. Considere o contexto do seu negócio e qual objetivo pode contribuir para ajudá-lo a expandir e ter mais lucratividade.
Qualquer objetivo que não contribua com o crescimento do negócio invalida toda sua estratégia. Alguns exemplos de objetivos são:
Educar o mercado sobre um novo produto/serviço;
Gerar reconhecimento de marca;
Diminuir os custos com aquisição de clientes;
Aumentar a fidelização de clientes;
Gerar leads qualificados.
Com o objetivo em mente, está na hora de dar o próximo passo e definir seus KPIs, ou seja, os indicadores chaves de performance, que vão te dizer se a estratégia está contribuindo com o alcance do objetivo ou não.
Os KPIs já precisam ser mais específicos e mensuráveis, por exemplo:
Reduzir o CAC em X% dentro de 6 meses;
Aumentar as conversões de leads em X% dentro de 3 meses;
Aumentar as menções positivas da marca em X%~;
Entre outros.
2. Pense na sua persona
Agora você deve definir a sua persona, ou seja, quem você quer atingir com aquele conteúdo. Qual a dor dela? O que busca resolver com a sua solução? Como você pode ajudá-la? São algumas perguntas possíveis de fazer na hora da definição.
Não confunda persona com público-alvo. Como mencionamos nos tópicos anteriores, a persona é o cliente ideal do seu negócio, ou seja, um personagem fictício que você cria com base em dados reais de seu cliente.
Aqui está um exemplo para ficar mais claro:
Público-alvo: “Meu público-alvo são mulheres entre 25 e 35 anos de idade, classes A e B, solteiras, com nível superior completo, interessadas em assuntos de marketing”;
Persona: “Thaís tem 28 anos, é formada em Comunicação e trabalha como freelancer. Ela é solteira, tem uma rotina de trabalho intensa, porém flexível, o que lhe permite viajar e trabalhar de diferentes lugares do Brasil. Está sempre conectada nas redes sociais, principalmente no Instagram e LinkedIn. Embora sua vida profissional seja agitada, consegue equilibrar com a vida pessoal e desfrutar de bons momentos. Quer aprofundar seus conhecimentos de marketing, pois entende que o mundo está em constante evolução e quer destacar suas habilidades com técnicas de marketing e uso de novas tecnologias.”
O processo de criar uma persona nos permite imergir no mundo da maioria de nossos clientes e identificar suas dores e desejos com mais facilidade.
Ao colocar essa descrição nas mãos de um produtor de conteúdo, o resultado serão conteúdos personalizados, com uma pessoa específica em mente que representam quem o seu negócio deseja impactar.
Para chegar aos dados da persona, você pode fazer pesquisas de mercado e utilizar ferramentas como Google Trends, SimilarWeb, Semrush e Facebook Audience Insight.
3. Tenha em mente as etapas do funil
Lembre-se do topo, meio e fundo do funil. Essas etapas são essenciais na hora do planejamento e definição do conteúdo, pois entregam algo diferente para cada momento da jornada de compra.
Topo: conteúdos totalmente focados para atrair visitantes, normalmente trabalhados a partir de palavras-chave com alto volume de buscas;
Meio: conteúdos educativos que podem apoiar na etapa de decisão do lead, como materiais ricos e blogposts com soluções para dores específicas;
Fundo: nesta etapa, o lead já sabe do que precisa, mas precisa de um empurrãozinho. Materiais comparativos, conteúdos voltados à sua solução ou serviço e estratégias de e-mail marketing podem ajudar a avançar até a compra.
4. Faça um planejamento de pautas
Com a persona definida e o funil em mente, é hora de fazer o planejamento das pautas e do calendário editorial. Seu planejamento deve ser desenhado com base na jornada de compra específica da sua persona ou público-alvo.
Logo, antes de definir as pautas de conteúdos, desenhe uma jornada de compra condizente com sua persona, para então definir o que você vai trabalhar em cada etapa da jornada.
Definidas as pautas, está na hora de montar um calendário editorial para organizar seus esforços de conteúdo e manter a constância nas publicações.
O planejamento é uma das principais entregas na criação de uma estratégia de marketing de conteúdo, por isso, invista o tempo que for necessário para não deixar lacunas e prejudicar os seus resultados lá na frente.
5. Escolha os canais de distribuição
Ainda no planejamento, você vai precisar definir em quais canais cada conteúdo será distribuído. Considere os formatos mais adequados para cada canal e os tipos e abordagens de conteúdo que funcionam melhor.
Lembrando que você pode trabalhar uma mesma pauta em diferentes canais, otimizando seu tempo e produtividade. Porém, sempre adapte o conteúdo para que se adeque ao canal escolhido.
Confira a matriz abaixo com os diferentes formatos e suas funções:
6. Produza conteúdos ricos
Marketing de conteúdo não são apenas blogposts. Invista em outros formatos, como e-book, infográficos, pesquisas ou ferramentas que podem ser úteis para a sua audiência.
Além dos materiais ricos serem excelentes para gerar leads qualificados, esses materiais costumam ser vitalícios enquanto seu conteúdo fizer sentido para o público e, claro, esteja devidamente atualizado.
Os materiais ricos também são recursos importantes para distribuir entre os canais. É possível trabalhar com SEO, mídia paga, redes sociais e até mesmo e-mail marketing, como estratégia de nutrição.
7. Siga as boas práticas de SEO
SEO significa otimização para os mecanismos de busca, ou seja, são todas as ações que contribuem para aumentar a visibilidade de um perfil, página ou postagem nos mecanismos de busca como Google, Bing, busca do YouTube e até do Instagram.
Que ações são essas?
Tudo depende do canal em que você está atuando. No Instagram, por exemplo, o uso de hashtags e vídeos atrativos pode ajudar bastante na conquista de resultados orgânicos na plataforma – ou seja, audiência pela qual não precisamos pagar.
Já para sites e blogs a situação começa a ficar mais complexa, e é aí que o SEO mais profissional entra.
É preciso fazer bom uso de palavras-chave para construir conteúdos otimizados para o que os usuários estão buscando no Google, além de diversas otimizações mais técnicas no próprio código do site para garantir que o robô do Google encontre e exiba suas páginas nos resultados de busca.
O trabalho é complexo, porém os resultados são exponenciais. Um conteúdo bem otimizado de + de 10 anos atrás pode gerar muitos leads e receita até hoje para seu negócio, e tudo o que você precisa fazer é um conteúdo de qualidade com as otimizações certas de SEO – isso inclui um bom trabalho de link building.
Sem um bom trabalho de SEO, sua estratégia de marketing de conteúdo está fadada ao fracasso, especialmente se você deseja alavancar os resultados de seu site.
Como o SEO pode impulsionar sua estratégia de Marketing de Conteúdo?
Marketing de Conteúdo e SEO andam lado a lado. Não é à toa que quem trabalha com conteúdo sabe pelo menos o básico de SEO, afinal, conteúdos costumam ser disponibilizados principalmente em sites.
Assim, ao construir uma estratégia de marketing de conteúdo, o canal de maior distribuição — orgânica e sustentável — costuma ser o site da empresa. E para os resultados virem, SEO deve fazer parte da equação. Com isso, o conteúdo terá maior visibilidade e poderá alcançar pessoas que buscam por aquilo, aumentando também a autoridade da marca.
Se você quiser entender a importância de utilizar as duas estratégias em conjunto, recomendo o e-book e aula do Diego Ivo, CEO da Conversion, sobre as Tendências de SEO para 2023.
Quais métricas de Marketing de Conteúdo devo analisar?
Já comentamos um pouco sobre KPIs, que são fundamentais para mensurar o sucesso de sua estratégia. Além deles, também é importante acompanhar várias outras métricas que também contribuem para os KPIs.
Esse acompanhamento deve ser periódico (mensal, semanal ou até diário dependendo do negócio) e todas suas ações precisam ser pautadas em dados para que funcionem!
Aqui estão algumas métricas importante de acompanhar em sua estratégia de marketing de conteúdo:
Tráfego do site: o tráfego nada mais é do que a quantidade de visitantes em seu site. Com uma estratégia de marketing de conteúdo que inclua blogposts, é recomendado acompanhar semanalmente o tráfego que o site vem recebendo. Você pode usar o Google Analytics, Google Search Console ou o Semrush para isso;
Taxa de conversão: a taxa de conversão tem muitas aplicações, uma delas é a relação entre o número de visitantes de uma página com a quantidade desses visitantes que se tornaram leads, fornecendo alguma informação de contato, como email. Essa métrica é muito importante para entender o quanto seus conteúdos estão sendo úteis para levar os visitantes à conversão e dar o próximo passo nas vendas. Mas lembre-se que conteúdos topo de funil provavelmente não vão gerar tantos leads, já que seu objetivo ainda é aumentar a autoridade e reconhecimento da marca;
Taxa de abertura do e-mail: ao utilizar e-mail marketing como forma de distribuir os conteúdos, é importante ficar de olho na abertura do e-mail, assim como na retenção de inscritos, para saber se os conteúdos apresentados e copies estão agradando seus leads e para otimizar sua estratégia;
ROI (Retorno sobre Investimento): essa métrica avalia o quanto retornou para o negócio em relação ao valor investido na estratégia. Avaliar o ROI para marketing de conteúdo é difícil por ser uma estratégia de longo prazo, mas ainda sim importante para saber se a estratégia é rentável ou não. A Conversion tem um conteúdo sobre ROI de SEO que você pode utilizar como base para calcular o ROI da estratégia de conteúdo;
Taxa de engajamento: a taxa de engajamento relaciona quantas interações um conteúdo teve com o número de pessoas que viu aquele conteúdo. Ela é essencial para entender se o s seus conteúdos estão gerando engajamento e se precisam melhorar em algum aspecto;
Tempo médio na página: diz quanto tempo um usuário ficou na sua página. O tempo médio ideal varia muito de acordo com o tamanho do conteúdo e tipo de página. Uma página de navegação de categorias de produtos, por exemplo, naturalmente vai ter um tempo médio significativamente menor que um artigo de blog. É importante acompanhar essa métrica para entender se os seus conteúdos, especialmente de blog, são relevantes para os usuários;
Quantidade de leads: é sempre importante monitorar quantos leads seus conteúdos geram e quais deles tendem a gerar mais, o que vai te ajudar a entender o que funciona melhor para conversão e o que não funciona tão bem. Lembre-se de analisar a taxa de conversão em conjunto com a quantidade de leads, para não cometer o erro de achar que um conteúdo converte melhor só porque ele tem mais visitas.
Ferramentas de marketing de conteúdo
As ferramentas são as melhores amigas de qualquer profissional de marketing. Elas nos ajudam com dados, automatização de tarefas e insights que seriam muito difíceis de conseguir por outros meios.
Isso contribui – e muito – para a produtividade e uma execução mais eficaz da estratégia. Por isso, listamos algumas das que mais vão te ajudar na sua estratégia:
Análise e coleta de dados: Google Search Console, Google Analytics, Google Trends, SEMrush,Google data studio e SimilarWeb;
SEO: Google Search Console, SEMrush, Keyword Planner do Google, Ahrefs, Moz, Screaming Frog, Mobile-Friendly Test, Teste de resultados avançados e Ubersuggest;
Automação de marketing: para impulsionar a sua estratégia de marketing de conteúdo, é essencial contar com uma ferramenta de automação. RD Station e o HubSpot são duas boas opções. Com elas será possível criar landing pages, enviar e-mails e fazer o gerenciamento dos seus leads;
Design: além do clássico photoshop, o Canva é uma ferramenta gratuita que pode ser utilizada para diagramação de e-books e na construção de imagens, como infográficos para a sua estratégia. O mais legal é que já existem templates para quem não entende muito de design.
5 Tendências do Marketing de Conteúdo para 2024
Assim como em qualquer área, o marketing de conteúdo está em constante evolução e para não ficar para trás é preciso se atualizar constantemente.
Para te ajudar nesse processo e direcionar seus estudos na direção certa, trouxemos 5 tendências do marketing de conteúdo para 2023 nas quais você precisa ficar de olho:
1. Conteúdo interativo
O conteúdo interativo é aquele que permite ao usuário participar ativamente da experiência, por meio de quizzes, enquetes, jogos, vídeos 360º, realidade aumentada, entre outros recursos.
Esse tipo de conteúdo pode aumentar o tempo de permanência na página, o engajamento, a fidelização e a conversão dos visitantes. Além disso, ele gera dados valiosos sobre o comportamento e as preferências do público, que podem ser usados para personalizar a comunicação e as ofertas.
Com cada vez mais avanços em desenvolvimento e novas possibilidades de conteúdo, é difícil chamar a atenção dos usuários. Por isso, um conteúdo que se diferenciam de alguma forma com interatividade pode funcionar muito bem!
2. Conteúdo em áudio
O conteúdo em áudio é uma forma de entregar informação de qualidade para o público que não tem tempo ou disposição para ler textos longos ou assistir a vídeos. Ele pode ser consumido em qualquer lugar e momento, como no trânsito, na academia e lavando a louça.
São os famosos podcasts, audiobooks e áudio posts, por exemplo, ou até algumas lives em que a pessoa não precisa ver uma apresentação ou qualquer elemento visual.
Esses formatos são ideais para criar uma conexão emocional com o público e gerar autoridade no seu nicho de mercado, além de estar presente para uma boa parcela de seus potenciais clientes.
3. Conteúdo gerado pelo usuário
O conteúdo gerado pelo usuário (ou UGC, na sigla em inglês) é aquele que é criado pelos próprios consumidores da sua marca, como depoimentos, avaliações, fotos e vídeos.
Eles contribuem para potencializar o poder do marketing boca a boca e aumentar a confiança e a credibilidade da sua empresa.
O conteúdo gerado pelo usuário também ajuda a criar uma comunidade engajada em torno da sua marca e a estimular a recomendação e a fidelização dos clientes.
Para isso, é preciso ter um bom produto e trabalhar bem os conteúdos após a etapa de compra do funil de vendas.
4. Conteúdo em vídeo
Não é segredo para ninguém que os vídeos estão em alta. No instagram, tik tok, youtube, enfim, até o Spotify já adotou essa tendência e trouxe os vídeos (curtos e longos) para sua plataforma.
O conteúdo em vídeo é um dos mais consumidos e compartilhados na internet, capaz de transmitir informação de forma rápida, dinâmica e envolvente, além de ter várias aplicações e objetivos, como educar, entreter e inspirar o público.
Alguns formatos que você explorar são:
Lives;
Stories;
Webinars;
Reels;
Trends do Tik Tok;
Vídeos educativos no youtube e instagram;
Entre outros.
5. Conteúdos Data-driven
Data-driven é um conceito que você vai ouvir cada vez mais entre profissionais de marketing que significa ser orientado a dados.
Ou seja, pautar suas decisões estratégias, planos e, claro, produção de conteúdo em análises minuciosas de dados que contribuam para a ação a ser feita.
Estude bem as métricas de seus diferentes conteúdos, como taxa de engajamento, seguidores ganhos, número de interação e alcance, para entender quais formatos e abordagens funcionam melhor e otimizar sua criação com base nisso.
Na era data-drive não há espaço para hipóteses vazias e “sacadas geniais” sem antes consultar os dados e ver o que a realidade diz sobre suas ações.
Conclusão
Marketing de conteúdo é a estratégia da década e as grandes empresas já sabem muito bem disso! Para construir um negócio saudável e rentável no longo prazo, você precisa produzir conteúdo, não tem mais para onde fugir.
Empresas como Airbnb e Expedia já deram os primeiros passos cortando investimento em marketing de performance para focar em branding e em SEO, mas elas não serão as únicas. É uma tendência, afinal, os custos para anunciar estão cada vez mais altos. Por fim, da uma olhada em quais tipos de conteúdos geram mais cliques no Google e tenha alguns insights sobre a produção de conteúdos e como ficar à frente da concorrência.
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CARACTERÍSTICAS DA VALEON
Perseverança
Ser perseverante envolve não desistir dos objetivos estipulados em razão das atividades, e assim manter consistência em suas ações. Requer determinação e coerência com valores pessoais, e está relacionado com a resiliência, pois em cada momento de dificuldade ao longo da vida é necessário conseguir retornar a estados emocionais saudáveis que permitem seguir perseverante.
Comunicação
Comunicação é a transferência de informação e significado de uma pessoa para outra pessoa. É o processo de passar informação e compreensão entre as pessoas. É a maneira de se relacionar com os outros por meio de ideias, fatos, pensamentos e valores. A comunicação é o ponto que liga os seres humanos para que eles possam compartilhar conhecimentos e sentimentos. Ela envolve transação entre pessoas. Aquela através da qual uma instituição comunica suas práticas, objetivos e políticas gerenciais, visando à formação ou manutenção de imagem positiva junto a seus públicos.
Autocuidado
Como o próprio nome diz, o autocuidado se refere ao conjunto de ações que cada indivíduo exerce para cuidar de si e promover melhor qualidade de vida para si mesmo. A forma de fazer isso deve estar em consonância com os objetivos, desejos, prazeres e interesses de cada um e cada pessoa deve buscar maneiras próprias de se cuidar.
Autonomia
Autonomia é um conceito que determina a liberdade de indivíduo em gerir livremente a sua vida, efetuando racionalmente as suas próprias escolhas. Neste caso, a autonomia indica uma realidade que é dirigida por uma lei própria, que apesar de ser diferente das outras, não é incompatível com elas.
A autonomia no trabalho é um dos fatores que impulsionam resultados dentro das empresas. Segundo uma pesquisa da Page Talent, divulgada em um portal especializado, 58% dos profissionais no Brasil têm mais facilidade para desenvolver suas tarefas quando agem de maneira independente. Contudo, nem todas as empresas oferecem esse atributo aos colaboradores, o que acaba afastando profissionais de gerações mais jovens e impede a inovação dentro da companhia.
Inovação
Inovar profissionalmente envolve explorar novas oportunidades, exercer a criatividade, buscar novas soluções. É importante que a inovação ocorra dentro da área de atuação de um profissional, evitando que soluções se tornem defasadas. Mas também é saudável conectar a curiosidade com outras áreas, pois mesmo que não represente uma nova competência usada no dia a dia, descobrir novos assuntos é uma forma importante de ter um repertório de soluções diversificadas e atuais.
Busca por Conhecimento Tecnológico
A tecnologia tornou-se um conhecimento transversal. Compreender aspectos tecnológicos é uma necessidade crescente para profissionais de todas as áreas. Ressaltamos repetidamente a importância da tecnologia, uma ideia apoiada por diversos especialistas em carreira.
Capacidade de Análise
Analisar significa observar, investigar, discernir. É uma competência que diferencia pessoas e profissionais, muito importante para contextos de liderança, mas também em contextos gerais. Na atualidade, em um mundo com abundância de informações no qual o discernimento, seletividade e foco também se tornam grandes diferenciais, a capacidade de analisar ganha importância ainda maior.
Resiliência
É lidar com adversidades, críticas, situações de crise, pressões (inclusive de si mesmo), e ter capacidade de retornar ao estado emocional saudável, ou seja, retornar às condições naturais após momentos de dificuldade. Essa é uma das qualidades mais visíveis em líderes. O líder, mesmo colocando a sua vida em perigo, deve ter a capacidade de manter-se fiel e com serenidade em seus objetivos.
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