Andreia Girardini, especialista em Pessoas e Cultura com mais de 15 anos de experiência na área

Nós colaboradores, muitas vezes criticamos nosso papel nas empresas que atuamos e também na vida, sem entender que somos muito parecidos com as abelhas de uma colméia.

Não fez sentido? Eu vou me explicar.

Você gosta de frutas e legumes? Se a resposta é sim, você gosta do que as abelhas fazem. Esses e muitos outros vegetais não existiriam ou seriam muito diferentes sem a polinização feita por esses insetos. O café por exemplo, bebida que é paixão nacional, teria uma redução de mais de 30% na produção. A laranja quase desapareceria.

Nem todos sabem a extensão da importância das abelhas e muitos acreditam que sua principal função é produzir mel e produtos como própolis e cera, mas, na realidade, sua principal atividade reside na manutenção e no desenvolvimento da biodiversidade, além de serem essenciais para a produção de alimentos.

Algumas plantas dependem exclusivamente de animais polinizadores para sua reprodução, enquanto outras se beneficiam, produzindo frutos de melhor qualidade. Estima-se que 35% da produção agrícola global e 85% das espécies de plantas nativas dependem, em algum grau, deste trabalho.

Como criar uma cultura de feedback na sua empresa?

As abelhas são amplamente reconhecidas como as mais importantes polinizadoras em escala global, o que é essencial para a produção de alimentos e a manutenção da biodiversidade. Estima-se que mais de 90% das plantas com flores dependem de polinizadores animais, e as abelhas desempenham um papel crucial nesse processo

Por isso, eu comparo a cultura das abelhas e a de uma organização. Cada abelha desempenha uma função específica, contribuindo para o funcionamento harmonioso da colmeia. Ao realizar sua tarefa designada, seja a polinização das plantas ou outras atividades, cada uma delas compreende que sua participação é fundamental para o benefício coletivo da comunidade. Dessa forma, ao desempenhar suas funções dentro do escopo determinado, a colmeia como um todo experimenta os benefícios resultantes.

Assim como as formigas, as abelhas são uns dos melhores exemplos dentro do reino animal de criaturas com excelente habilidade para desenvolver comunidades bem estruturadas entre si. As colmeias, vistas como lar para cada grupo de abelhas, operam ao redor de uma rainha enquanto o restante das abelhas voam em busca de pólen e néctar.

E assim também são as empresas, muitas vezes ao fazer o que nos é designado, não vemos o todo, mas isso não diminui ou não deveria diminuir o esforço de nosso trabalho. Nem sempre conseguimos enxergar o todo, o que não significa que o nosso trabalho não seja importante. O foco, deve ser sempre no que precisa ser executado, naquilo que fomos contratados para fazer. Entender a estratégia e poder participar dela, levará tempo e confiança.

Nas organizações, existem áreas diferentes que devem convergir em prol de um único objetivo. E aí, é onde muitas vezes os problemas aparecem. Cada área querendo puxar para si a responsabilidade da entrega, sem entender que o todo é o mais importante.

É nessa hora que o papel do líder é essencial, ao mostrar aos colaboradores que, o resultado do todo é mais importante, onde cada um contribui com a sua parte para polinizar, fazer o mel, a geléia real, e manter a colmeia viva. Deixar claro os papéis e responsabilidades e o que se espera de cada pessoa contratada é a essência de uma organização, que vem sendo deixada de lado por muitas organizações e RHs.

Há décadas, os cientistas têm conhecimento que com o passar dos anos, as abelhas mudam de funções dentro de uma colmeia. Entretanto, pesquisas recentes têm mostrado que as “etiquetas químicas” existentes no DNA de cada espécie exercem papeis importantes na determinação do plano de carreira de uma abelha, ou seja, para conseguirmos evoluir na carreira, precisamos de tempo, aprender coisas novas, sem esquecer da “task at hand”. Muitos colaboradores estão querendo pular etapas de conhecimento, de aprendizagem e de criação de confiança, nas organizações e na gestão.

Além da rainha e dos zangões, responsáveis pela reprodução da colmeia, as abelhas trabalhadoras operam em dois grupos: as forrageiras e as enfermeiras. Enquanto as primeiras são quem vai atrás de pólen, néctar e água para a comunidade, as últimas são a grande maioria na colmeia e trabalham para garantir a segurança da rainha e de suas crias.

Novamente aqui vemos, que, dentro de uma organização, por mais descentralizada que seja, sempre haverá uma hierarquia, mais participativa, menos participativa, isso depende muito da cultura que se é criada dentro da organização, mas cada um precisa primeiramente cumprir o seu papel.

A cultura de uma organização não se faz com turnover alto, com pessoas saindo e entrando o tempo inteiro. Nós, colaboradores, precisamos nos empregar por afinidade, por um grupo de trabalho colaborativo, por um gestor que é correto, que não delega para a BP de RH ou ao agilista a gestão de conflitos, ou a falta de entrega da equipe.

Ouvimos muito: “  Eu não sei fazer”, “Não quero aprender”, “Contrata alguém que faça porque o fulano é muito bom tecnicamente”. Ai ai ai, desespero de qualquer gestor de RH! E aí, eu trago para a pauta o trabalho comunitário. Afinal trabalhamos em equipes, em squads, em áreas e ninguém é uma ilha, certo?

Em média, uma colméia possui uma população de 10 a 50 mil abelhas trabalhadoras.

Proporcionalmente, as forrageiras representam 30% desse grupo, mas podem assumir uma fatia maior dependendo de alguns fatores ambientais. Na época de floração das plantas, por exemplo, mais abelhas se desenvolvem em forrageiras para aproveitar a oferta aumentada de alimento.

Ou seja, precisou sair do seu escopo para ajudar um colega, mas não está na descrição do cargo, faça! Ajudar faz bem ao ser humano, nos faz crescer, evoluir e no pior dos cenários, você terá aprendido algo novo. Ajude seu colega, dê ideias, seja empático! Ninguém está bem o tempo inteiro! Se puder ser gentil, e ajudar, que assim seja.

Uma colmeia opera exclusivamente ao redor de sua abelha-rainha, responsável por ordenar todas as outras. Sem uma abelha rainha, uma colônia perde completamente seu ponto de referência e é possível notar um aumento de agressividade e agitação entre as abelhas. Imagina se todo mundo saísse dando ordem o tempo inteiro? Não seria o caos? Então sim, volto a falar que por mais “flat” que seja uma organização, ela precisa de hierarquia.

Precisa de métricas (que dêem lucro). Sim, vamos endereçar o elefante na sala: empresas precisam dar lucro, assim como colmeias dependem do mel para sobreviverem. Não estou dizendo que precisa ser “waterfall”, nem comando e controle (aliás isso não funciona e não engaja há tempos), mas também não podemos ir para o outro lado do espectro de que tudo isso, que é, só querer estrategiar!

É preciso botar a mão na massa sim, fazer o trabalho operacional e tático. Afinal, a gente não ajudou a construir a estratégia?

Agora, quando uma rainha se torna muito velha ou adoece, as abelhas enfermeiras passam a secretar uma “geleia real” rica em ácidos graxos e proteínas, alimentando algumas larvas com esse produto. Essa dieta estimula o crescimento de uma nova abelha-rainha, que assumirá o controle da comunidade e restabelecerá a paz na colmeia.

O que quero mostrar com esta frase é que sim, muitas vezes, os líderes já não cabem mais dentro de uma organização, e, cabe ao RH, junto com as áreas parceiras que apoiam, identificar quando esta oxigenação se faz necessária.

Cada vez mais, estamos colocando pessoas mais jovens em cadeiras de liderança. E sim, são pessoas super competentes tecnicamente, mas que ainda não tem gestão na sua caixa de ferramenta, como ajudamos estes líderes? Muitas vezes eles são crucificados pela própria equipe por isso que assim como as abelhas, acho que o talento tem que vir de dentro de casa. Sim, aqueles programas de sucessão que o RH promove e que muita gente acha chato.

Dar oportunidade para aqueles colaboradores que saíram da zona de conforto, que foram se preparando para atividades que não sabiam fazer. Que foram aprender mais do que técnica, mas a difícil arte de tocar o coração humano, de ouvir, de fazer o sangue pulsar, de ajudar a acender a fagulha da motivação.

De mostrar que aquele ser humano pelo qual você se tornou responsável, não precisa somente da ajuda para uma fórmula de excel ou ajuda com um código ou um texto. Mas que muitas vezes você líder, empreste seu ouvido, doe seu tempo. Não estou dizendo que é fácil. Estou dizendo que funciona!

Para chegar até a fase adulta, a abelha passa por diversas transformações, chamadas de metamorfose, seguindo a sequência de ovo, larva, pré-pupa, pupa e adulto. Ao todo, são 21 dias entre a postura e o nascimento de uma abelha operária, 16 dias para a rainha e 24 dias para o zangão. Mais uma vez a natureza nos mostra que precisamos passar por diferentes fases dentro de uma organização.

Que precisamos cimentar o nosso trabalho. Que não dá para sair de um estagiário para gerência, ou de um júnior para sênior em semanas, em um ano. Tudo precisa de tempo,  é isso que a natureza nos ensina, que a nossa geração não tolera: esperar pelo tempo certo. Ter paciência.

Quando não proporcionamos uma visão clara de norte, métricas globais da empresa, métricas de área, métricas de indivíduo, como vamos comemorar as conquistas? Ou melhor, como saberemos se temos o que comemorar ou lamentar?

Eu sempre questionei os gestores que trabalharam comigo sobre cada contratação, sobre o que aquela  “cadeira” que estava sendo preenchida seria responsável por entregar e o que era esperado.

Quando o líder não sabe, ou não consegue mensurar isso, eu penso novamente sobre a abelha rainha que já está velha para sua função. Porque nós líderes temos que saber, e sim, é nossa obrigação.

Quando a entrega do resultado não está alinhada com a cultura da empresa, pode ocorrer o que acontece no mundo das abelhas: um fenômeno conhecido como enxameação, que é causado por diversos motivos, tais como: falta de espaço para o desenvolvimento da colméia, favos velhos e defeituosos, rainhas velhas (neste caso, duas princesas sobreviverão: uma permanecerá na colmeia e a outra acompanhará metade do enxame para outro local), instinto “enxameatório”. Portanto, um enxame pode se dividir (enxameação). E isso, desestrutura a estabilidade de qualquer organização.

Tudo começa pelo líder. E tudo passa pelo líder. Como está a liderança na sua empresa?

O que as empresas podem aprender com as abelhas

Por Andreia Girardini, especialista em Pessoas e Cultura com mais de 15 anos de experiência na área, atuou em empresas como GetNinjas, Cargill, Energizer e Endurance International Group. É formada em Business Management pela Kingston University e pós graduada em Gestão Estratégica de Pessoas pela FGV, com MBA em Essencial Master Coaching pelo Ipog.

ESCALANDO NEGÓCIOS DA VALEON

1 – Qual é o seu mercado? Qual é o tamanho dele?

O nosso mercado será atingir os 766 mil habitantes do Vale do Aço e poder divulgar os produtos / serviços para vocês clientes, lojistas, prestadores de serviços e profissionais autônomos e obter dos consumidores e usuários a sua audiência.

A ValeOn atenderá a todos os nichos de mercado da região e especialmente aos pequenos e microempresários da região que não conseguem entrar no comércio eletrônico para usufruir dos benefícios que ele proporciona. Pretendemos cadastrar todas as empresas locais com CNPJ ou não e coloca-las na internet.

2 – Qual problema a sua empresa está tentando resolver? O mercado já expressou a necessidade dessa solução?

A nossa Plataforma de Compras e Vendas que ora disponibilizamos para utilização das Empresas, Prestadores de Serviços e Profissionais Autônomos e para a audiência é um produto inovador sem concorrentes na região e foi projetada para atender às necessidades locais e oferecemos condições de adesão muito mais em conta que qualquer outro meio de comunicação.

Viemos para suprir as demandas da região no que tange a divulgação de produtos/serviços cuja finalidade é a prestação de serviços diferenciados para a conquista cada vez maior de mais clientes e públicos.

O nosso diferencial está focado nas empresas da região ao resolvermos a dor da falta de comunicação entre as empresas e seus clientes. Essa dor é resolvida através de uma tecnologia eficiente que permite que cada empresa / serviços tenha o seu próprio site e possa expor os seus produtos e promoções para os seus clientes / usuários ao utilizar a plataforma da ValeOn.

3 – Quais métodos você usará para o crescimento? O seu mercado está propício para esse tipo de crescimento?

Estratégias para o crescimento da nossa empresa

  1. Investimento na satisfação do cliente. Fidelizar é mais barato do que atrair novos clientes.
  2. Equilíbrio financeiro e rentabilidade. Capital de giro, controle de fluxo de caixa e análises de rentabilidade são termos que devem fazer parte da rotina de uma empresa que tenha o objetivo de crescer.
  3. Desenvolvimento de um planejamento estratégico. Planejar-se estrategicamente é como definir com antecedência um roteiro de viagem ao destino final.
  4. Investimento em marketing. Sem marketing, nem gigantes como a Coca-Cola sobreviveriam em um mercado feroz e competitivo ao extremo.
  5. Recrutamento e gestão de pessoas. Pessoas são sempre o maior patrimônio de uma empresa.

O mercado é um ambiente altamente volátil e competitivo. Para conquistar o sucesso, os gestores precisam estar conectados às demandas de consumo e preparados para respondê-las com eficiência.

Para isso, é essencial que os líderes procurem conhecer (e entender) as preferências do cliente e as tendências em vigor. Em um cenário em que tudo muda o tempo todo, ignorar as movimentações externas é um equívoco geralmente fatal.

Planeje-se, portanto, para reservar um tempo dedicado ao estudo do consumidor e (por que não?) da concorrência. Ao observar as melhores práticas e conhecer quais têm sido os retornos, assim podemos identificar oportunidades para melhorar nossa operação e, assim, desenvolver a bossa empresa.

4 – Quem são seus principais concorrentes e há quanto tempo eles estão no mercado? Quão grandes eles são comparados à sua empresa? Descreva suas marcas.

Nossos concorrentes indiretos costumam ser sites da área, sites de diretório e sites de mídia social. Nós não estamos apenas competindo com outras marcas – estamos competindo com todos os sites que desejam nos desconectar do nosso potencial comprador.

Nosso concorrente maior ainda é a comunicação offline que é formada por meios de comunicação de massa como rádios, propagandas de TV, revistas, outdoors, panfletos e outras mídias impressas e estão no mercado há muito tempo, bem antes da nossa Startup Valeon.

5 – Sua empresa está bem estabelecida? Quais práticas e procedimentos são considerados parte da identidade do setor?

A nossa empresa Startup Valeon é bem estabelecida e concentramos em objetivos financeiros e comerciais de curto prazo, desconsideramos a concorrência recém chegada no mercado até que deixem de ser calouros, e ignoramos as pequenas tendências de mercado até que representem mudanças catastróficas.

“Empresas bem estabelecidas igual à Startp Valeon devemos começar a pensar como disruptores”, diz Paul Earle, professor leitor adjunto de inovação e empreendedorismo na Kellogg School. “Não é uma escolha. Toda a nossa existência está em risco”.

6 – Se você quiser superar seus concorrentes, será necessário escalar o seu negócio?

A escalabilidade é um conceito administrativo usado para identificar as oportunidades de que um negócio aumente o faturamento, sem que precise alavancar seus custos operacionais em igual medida. Ou seja: a arte de fazer mais, com menos!

Então, podemos resumir que um empreendimento escalável é aquele que consegue aumentar sua produtividade, alcance e receita sem aumentar os gastos. Na maioria dos casos, a escalabilidade é atingida por conta de boas redes de relacionamento e decisões gerenciais bem acertadas.

Além disso, vale lembrar que um negócio escalável também passa por uma fase de otimização, que é o conceito focado em enxugar o funcionamento de uma empresa, examinando gastos, cortando desperdícios e eliminando a ociosidade.

Sendo assim, a otimização acaba sendo uma etapa inevitável até a conquista da escalabilidade. Afinal de contas, é disso que se trata esse conceito: atingir o máximo de eficiência, aumentando clientes, vendas, projetos e afins, sem expandir os gastos da operação de maneira expressiva.

Pretendemos escalar o nosso negócio que é o site marketplace da Startup Valeon da seguinte forma:

  • objetivo final em alguma métrica clara, como crescimento percentual em vendas, projetos, clientes e afins;
  • etapas e práticas que serão tomadas ao longo do ano para alcançar a meta;
  • decisões acertadas na contratação de novos colaboradores;
  • gerenciamento de recursos focado em otimização.

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