História de Edson Franco – IstoÉ
Dias atrás, na tal reunião ministerial em que iria “cobrar geral”, o presidente Lula , em mais um momento 5a série, chamou Jair Bolsonaro de “covardão”. Vamos por parte:
A reunião era mais um show de terceirização de culpa (tão comum à “alma mais honesta deff paíff”). A queda de popularidade medida em todas as últimas pesquisas de opinião, levou o presidente da República a creditar a culpa em seus ministros, e não em suas próprias falas e atitudes.
Para Lula, funciona assim: ele apoia ditadores e ditaduras mundo afora; ataca Israel e defende o Hamas; elogia a sexta ou sétima reeleição seguida do carrasco Vladimir Putin; fia as eleições venezuelanas, invocando “presunção de inocência”; interfere brutalmente na Petrobras e na Vale, mas acha que são seus ministros que têm de se comunicar melhor com a sociedade.
BOLSONARO
Ao atacar o ex-verdugo do Planalto, Lula não fez nada além de manter acesa a polarização e cisão social, iniciadas por ele com o odiento “nós x eles” em 2002. Além disso, o pai do Ronaldinho dos Negócios mantém a lógica do “dividir para conquistar”, chave do sucesso de 10 entre 10 líderes populistas.
Mas uma coisa é inegável: Lula está certo! O devoto da cloroquina é mesmo um “covardão”, e já deu inúmeras mostras disso, como quando pediu arrego ao Xandão, através do porta-voz Michel Temer, em 2021. Bolsonaro sempre foi um tigrão nas redes sociais e ambientes controlados, mas uma dócil tchutchuquinha no “tête à tête” com quem tem Poder.
MADURO
Dias atrás, repito, o chefão petista saiu em defesa – mais uma vez! – do amigo de fé, irmão camarada, Nicolás Maduro, herdeiro da ditadura Chávez, igualmente admirada e apoiada por ele, ao defender a lisura das eleições (eleições?) venezuelanas. O presidente brasileiro pediu um voto de confiança ao carrasco bigodudo diante a promessa (hahaha) do proto ditador de que iria realizar “eleições limpas”.
Após uma série de eventos autoritários e imorais por parte do regime de Maduro, contudo, que inclui a prisão de opositores políticos e expulsão de delegados da ONU, mas sobretudo pela queda de popularidade já citada anteriormente, o governo brasileiro – notem: o governo brasileiro, e não o presidente Lula – emitiu uma nota em desfavor do governo da Venezuela, dizendo-se “preocupado” com as eleições.
BOTA A CARA, LULA
Porém, assim como chamou Bolsonaro de covardão, Lula deveria olhar-se no espelho e gritar, em alto e bom som, o mesmo para si: “covardão, covardão, covardão”. Sim, porque defender o tirano assassino Maduro, em público, e admoestá-lo por nota oficial, é atitude covarde.
O ex-tudo (ex-condenado, ex-presidiário, ex-corrupto, ex-lavador de dinheiro) precisa vir a público e, no mínimo, senão criticar duramente seu parça venezuelano, ao menos botar o dedo na ferida e reconhecer que “não há eleições limpas na Venezuela” e, sobrando algum tempo e tendo o mínimo de humildade, pedir desculpas à nação e ao mundo.