Lusa | EFE – DW

Primeiro-ministro israelita está nos EUA, onde se reuniu com o Presidente Joe Biden e Kamala Harris. Esta sexta-feira, Netanyahu reúne-se com Donald Trump, que considerou que a guerra já durou “tempo demais”.

Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu está de visita aos EUA
Primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu está de visita aos EUAFoto: Jose Luis Magana/AP Photo/picture alliance

Após um encontro com o Presidente Joe Biden, esta quinta-feira, na Casa Branca, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu desloca-se, esta sexta-feira, à Florida, onde se reunirá com o ex-Presidente norte-americano e candidato republicano às presidenciais de novembro, Donald Trump.

Em declarações na véspera deste encontro, Trump afirmou querer que Netanyahu termine a ofensiva na Faixa de Gaza “rapidamente” porque está “a dizimar” a imagem internacional de Israel.

Em entrevista por telefone à “Fox News”, Donald Trump disse ainda que o governo israelita “não é muito bom a administrar as suas relações públicas” e acrescentou que a guerra já durou “tempo demais”.

O primeiro-ministro israelita proferiu na quarta-feira um enérgico discurso perante as duas câmaras do Congresso norte-americano, no qual pediu mais armas aos Estados Unidos para “acelerar o fim da guerra” na Faixa de Gaza.

O discurso de Netanyahu foi assinalado por fortes protestos de milhares de manifestantes junto do edifício do Capitólio contra a invasão da Faixa de Gaza por Israel.

Encontro com Biden

Esta quinta-feira (25.07), Netanyahu foi recebido pelo Presidente dos Estados Unidos na Casa Branca. No encontro, Joe Biden pediu ao primeiro-ministro de Israel para “finalizar o acordo” de cessar-fogo em Gaza.

Joe Biden “expressou a necessidade de preencher as lacunas restantes, finalizar o acordo o mais rapidamente possível, devolver os reféns às suas casas e pôr um fim duradouro à guerra em Gaza”, fez saber a Casa Branca, em comunicado. 

Durante a reunião, Biden também discutiu a crise humanitária no enclave palestiniano, onde as autoridades israelitas devem “remover quaisquer obstáculos” ao fluxo de ajuda humanitária, restaurar os serviços básicos e reduzir os danos aos civis, de acordo com um comunicado.

Sobre as negociações, os EUA reafirmaram o apoio à segurança de Israel contra “o Irão e as milícias que lhe estão associadas”, incluindo o palestiniano Hamas, o libanês Hezbollah e os rebeldes Huthis do Iémen.

O acordo em três fases pretende terminar o conflito no enclave, o que seria uma conquista para o legado do político Democrata, de 81 anos, que no domingo abandonou a candidatura à Casa Branca em favor da vice-Presidente, Kamala Harris

“Não podemos desviar o olhar destas tragédias”, diz Harris

Antes, também num encontro na Casa Branca, Harris disse a Netanyahu que “já é tempo” de o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas “ser concluído”, manifestando “viva inquietação” pelas vítimas civis do conflito.  

“Não podemos desviar o olhar destas tragédias. Não nos podemos permitir ser insensíveis ao sofrimento e não ficarei silenciosa”, acrescentou. 

Harris tem sido abertamente crítica com a forma como Israel conduz os ataques na Faixa de Gaza, que já causou mais de 39 mil mortos, e foi a primeira voz da administração Biden a exigir um cessar-fogo. 

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