História de Escolha Viajar
Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay
Vai viajar para fora do país e não sabe se é possível nem como fazer para embarcar com seus remédios? Não se preocupe, é mais fácil e simples do que você imagina. É preciso seguir algumas regras, e nós vamos explicar como levar remédios em viagem internacional passo a passo. Afinal, assim como no seu dia a dia no Brasil, também nas férias você nunca sabe quando pegará uma gripe forte, terá aquela enxaqueca ou comerá algo estragado.
Além disso, às vezes o corpo exige uso de alguma medicação continuamente, como em casos de pressão alta, diabetes e dores na coluna, por exemplo. Nestes casos, ter medicamentos na bagagem é não apenas prevenção, mas uma necessidade. Existem duas medidas que podem salvar a sua viagem internacional de imprevistos relacionados à saúde. A primeira delas é fazer um Seguro Viagem, a outra é levar uma ‘farmacinha’ com medicamentos básicos ou de uso contínuo.
- Por que o Seguro Viagem é importante para sua saúde
- Como levar remédios em viagem internacional passo a passo
- Remédio vai na mala despachada ou de mão?
- Preciso de receita para levar remédios em viagem?
- O que levar na ‘farmacinha’ de remédios para viagem
- Como levar remédios de uso contínuo na viagem
Por que o Seguro Viagem é importante para sua saúde
Por que é importante falarmos sobre fazer um bom seguro de saúde para viagem? Por que ele pode te salvar em casos em que medicamentos básicos não são suficientes. E se você cair e quebrar o braço? Ou acordar com uma baita dor de dente? São situações em que a ‘farmacinha’ não basta e você precisará procurar por ajuda médica especializada e pode mesmo necessitar de internação ou uma cirurgia. E isso pode custar muito, muito caro lá fora.
Nós, por exemplo, tivemos que enfrentar uma grave infecção intestinal no Egito. Foram 48 horas de internação hospitalar que nos teria custado milhares de dólares se não estivéssemos cobertos pelo seguro. Além disso, sofremos uma conjuntivite crônica que nos levou a consultar oftalmologistas em diversos países da Europa e acabou se transformando em uma úlcera no olho no Peru. Apenas para mandar fazer um óculos foram mais de 100 euros.
Imagine se tivéssemos tido que pagar também por todas as consultas médicas e atendimento no pronto-socorro. Por isso, salientamos que não basta levar uma ‘farmacinha’ quando for para fora do país. Faça um bom seguro de viagem e garanta que você e sua família viajarão com segurança! Você pode contratar o seu através do site da Seguros Promo, que reúne as melhores empresas e preços do Brasil para comparar e escolher. Nós usamos e recomendamos. Acesse aqui.
Turista usa óculos após doença no olho durante viagem ao Peru
Como levar remédios em viagem internacional passo a passo
Agora que você já sabe da importância de ter um seguro, vamos garantir também que possa se curar de doenças mais simples que possam aparecer durante a viagem ao exterior. Para isso, você pode montar uma ‘farmacinha’ de medicamentos básicos – e/ou de uso contínuo – para levar com você. Ela será bem parecida com aquela que você tem em casa, mas em menor escala e seguindo algumas regras sobre como levar remédios em viagem internacional.
Mas, primeiro, vamos esclarecer uma coisa: NÃO existem regras mundiais para viajar com medicamentos. Cada país pode ter suas restrições e desconfianças na hora em que você desembarcar no aeroporto. As regras que vamos apresentar aqui no texto valem para sua saída do Brasil somente. Para a entrada no seu país de destino, vamos dar dicas de como tentar evitar qualquer problema, mas não há como garantir isso fora das nossas fronteiras.
Você pode consultar o site do INCB, o ‘International Narcotics Control Board’ – um órgão não oficial que compila informações sobre o controle de entrada de substâncias narcóticas nos países. Clique aqui para acessar a lista de proibições de cada país, mas note que os arquivos estão disponíveis para download apenas em inglês ou espanhol, não em português, e que nem todos os governos informam seus dados ao INCB.
Para ter 100% de segurança de que não haverá problemas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomenda que você consulte a embaixada ou consulado do país de destino para saber se ele limita a entrada de algum tipo ou quantidade de medicamento estrangeiro ou substância. Além disso, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) salienta que ‘todo medicamento estará passível de inspeção sanitária, em caso de voos internaciona
Foto: Agência Brasil
Remédio vai na mala despachada ou de mão?
Não é recomendado que você coloque seus medicamentos na bagagem despachada, e sim na de mão que vai acompanhar você na cabine do avião. Esse cuidado é especialmente importante para quem faz uso de remédios contínuos e não pode ficar sem eles durante a viagem. Se você os coloca na mala despachada e ela for extraviada pela companhia aérea, pode ficar sem eles por um período de tempo ou mesmo pelo resto da estadia fora do país.
Isso significa que, em caso de necessidade de algum medicamento, você terá que procurar uma farmácia e tentar explicar o que precisa em um país estrangeiro, no qual talvez você não consiga se comunicar com exatidão e onde as marcas de medicamentos podem ser diferentes. Se o remédio for de uso controlado, talvez seja preciso consultar um médico para obter uma receita que te permita comprar os medicamentos novamente. Nada bom de fazer nas férias, não é?
Para evitar que isso ocorra, carregue seus remédios na bagagem de mão. Mas se, por qualquer razão, você quiser pôr medicamentos dentro da mala que será despachada, não há nenhuma restrição quanto a isso. É até mais simples do que levar na de cabine, pois não é preciso apresentar nada na saída do Brasil e não há limites para líquidos. Mas isso não impede que a sua mala seja checada pelas autoridades internacionais se elas assim o quiserem, ok?
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Preciso de receita para levar remédios em viagem?
A regra que vale para a saída dos medicamentos do Brasil é a seguinte: a sua ‘farmacinha’ de remédios básicos não precisa de receita. Mas remédios controlados – tarjas vermelha ou preta – precisam sim estar acompanhados de receita médica onde conste o nome do passageiro e o carimbo do médico. A Anac orienta o passageiro a apresentar todos os medicamentos controlados aos fiscais no momento da inspeção de segurança – a passagem pelo raio-x.
Recomenda também que os remédios sejam mantidos fechados em suas embalagens originais, a não ser que seja necessário o uso durante o voo. Essas são as regras para saída do Brasil, agora vamos às dicas para evitar problemas na chegada a outros países. Peça ao seu médico que ele redija uma versão da receita em inglês, tanto para medicamentos controlados como para os não controlados que forem carregados em grandes quantidades.
Às vezes, a viagem pode não ser apenas de 30 dias de férias, mas de 6 meses como em casos de cursos ou intercâmbios. Aí, é preciso levar quantidades maiores de remédios, como anticoncepcional, por exemplo. Nesta receita em inglês, peça ao seu médico para explicar que você ficará fora por ‘x’ tempo e, por isso, necessita tal quantidade de medicação. Solicite ainda que ele escreva seu nome como consta no passaporte, carimbe e assine. É uma boa forma de precaução.
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O que levar na ‘farmacinha’ de remédios para viagem
Depois de estar com as receitas médicas que forem necessárias em mãos, é hora de montar a sua ‘farmacinha’. O que recomendamos levar em qualquer viagem internacional, seja de longa ou curta duração: remédio para dor de garganta, gripe, diarreia, dor de estômago, má digestão, enjoo, dor de cabeça, febre e cólicas. Ter um termômetro à mão também é uma boa pedida, assim como alguns band-aids, gases e fita para curativos.
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Se vai viajar para um lugar muito seco – como o deserto do Atacama, por exemplo – é recomendável levar ainda spray nasal e colírio. Claro que você pode tirar ou acrescentar medicamentos conforme as necessidades de sua família. Como não viajamos com crianças, não saberíamos o que seria bom levar para elas na sua ‘farmacinha’. Marcas e dosagens também ficam a seu critério. Se você é daqueles que sempre pega gripe, leve mais medicamentos para isso etc.
Lembre-se que os remédios levados na bagagem de mão devem respeitar as regras internacionais de restrições a líquidos. Se você estiver levando sprays, pomadas, xaropes ou medicação em gotas, ela deve estar dentro de uma embalagem de no máximo 100 ml. Além disso, todos devem ser colocados em um saco plástico transparente vedado de até 20 x 20 cm. Essa regra vale não apenas para remédios, mas qualquer líquido que você vá levar na cabine (leia mais aqui).
‘Farmacinha’ de viagem internacional tem remédios, termômetro e curativos
Como levar remédios de uso contínuo na viagem
Quem precisa usar medicamentos de forma contínua deve seguir todas as regras e dicas acima e mais algumas para levar remédios em viagem internacional. Primeiro, lembre-se ainda de adquirir medicamentos em quantidade suficiente para toda sua estadia fora do país e ainda alguma sobra. Assim, se você por acaso perder ou esquecer uma cartela ou frasco durante o trajeto, não ficará sem a dose necessária até voltar ao Brasil.
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Passageiros diabéticos podem levar insulina e outros líquidos necessários – como sucos especiais para alimentação – na bagagem de mão, mas apenas na dose necessária para o consumo durante a viagem e acompanhados da prescrição médica que especifique a quantidade autorizada. O mesmo se aplica a quem faz uso de medicamentos injetáveis. As agulhas devem estar em embalagens lacradas e serem apresentadas aos fiscais de segurança do embarque junto com a receita.
Esses procedimentos são necessários porque nem líquidos com mais de 100 ml, nem objetos perfuro-cortantes são permitidos na bagagem de cabine. Outro objeto ligado à saúde normalmente proibido dentro de aeronaves é o cilindro de oxigênio. Passageiros que necessitarem do uso de um durante o voo devem comunicar o fato à companhia aérea e solicitar assistência especial pelo menos 72 horas antes do embarque.
Foto: MasterTux/Pixabay
O passageiro deve ainda apresentar documentos médicos que provem que ele não pode viajar sem o cilindro, podendo ser utilizado o formulário de informações médicas (MEDIF) fornecido pela própria empresa operadora do voo. Se você vai viajar com medicamentos que precisam ser mantidos refrigerados, também deve contatar a companhia aérea e solicitar assistência especial pelo menos 72 horas antes do embarque.
Na maioria dos casos não é permitido embarcar com gelo na aeronave, mas as empresas oferecem um compartimento refrigerado do avião para acondicionar os remédios. No entanto, insulina ou materiais biológicos já transportados em isopor ou bolsas térmicas não poderão ser acomodados nas geladeiras da aeronave. Com isso, encerramos todas as nossas dicas de como levar remédios em viagem internacional. Dúvidas? Deixa nos comentário que a gente tenta ajudar!
Turista deixa hospital após infecção intestinal grave no Egito
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