História de Redação
No “Estadão Analisa” desta sexta-feira, 14, Carlos Andreazza comenta sobre como Lula abandonou qualquer pretensão de mudança de rota política e econômica já há algum tempo. Refugiou-se nas poucas ideias velhas, nas táticas conhecidas e surradas e nos rostos de sempre. A questão é saber se funcionam para 2026.
O que parece surgir para Lula como “caminho seguro” na verdade é uma aposta política de risco altíssimo. Causado por sensíveis mudanças sociais que alteraram a percepção dos benefícios fornecidos pelo Estado, e também pela sensível deterioração do poder do Executivo frente ao Legislativo. Diminuiu, em termos relativos, o peso do voto ligado ao assistencialismo.
Além disso, como o espaço para prosseguir na expansão fiscal vem se estreitando perigosamente (devido a armadilha que Lula criou para si mesmo), a necessidade política de estimular a demanda sofre com a lei das consequências não intencionais. A mais evidente delas é uma persistente inflação e seu corrosivo efeito político. Em outras palavras, a busca pelo efeito eleitoral aumenta as dificuldades políticas (entre elas, incluir no Orçamento os programas sociais).