Missão cumprida!
Giovanna Pires – Jornal o Tempo
O Atlético fez melhor campanha, desbancou o América e conseguiu o 46ª título do Estadual, conquistando o bicampeonato seguido
Galo é campeão mineiro em 2021 — Foto: Viviane Moreira/Futura Press/Folhapress
O Atlético confirmou o favoritismo dado desde o início da competição e faturou, em cima do América, neste sábado (22), o seu 46º título do Campeonato Mineiro. O time precisava apenas do empate para comemorar o bicampeonato e conseguiu. Dois 0 a 0 nas partidas da final. Defendendo o título da última temporada, o Galo conquistou a taça em 2021 com uma campanha quase impecável em números. Perdeu apenas duas vezes e teve o melhor ataque. Mereceu o título.https://ffec93d35778187abc49f97c16680419.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Ao contrário do primeiro jogo da final, Cuca não inventou moda na escalação da grande decisão. Fez o básico, os jogadores que tinha à disposição – desfalque apenas do volante Allan, expulso na partida de ida. Na segunda decisão do Estadual sem a presença da torcida, por causa da pandemia, a massa atleticana fez um show a parte, da maneira que podia. Um mosaico montado nos três níveis da arquibancada no Mineirão ajudou a estimular os jogadores para este clássico.
No primeiro tempo, o goleiro Matheus Cavichioli salvou o América. Impediu que o Atlético abrisse o placar logo na primeira etapa, que foi bastante equilibrada. As duas equipes conseguiram criar boas oportunidades, ao contrário do primeiro jogo da final, que foi bastante morno. Apesar do equilíbrio, o Galo foi levemente superior.
A etapa final já começou movimentada. Aos 3 minutos, o árbitro marcou pênalti de Igor Rabello em cima de Felipe Azevedo. A marcação gerou muitas reclamações e o juiz nem consultou o VAR. Rodolfo, artilheiro do Mineiro 2021 foi para a cobrança. Marcou sete gols até a final, mas, no momento mais importante, não conseguiu. O atacante bateu forte, mas a boa foi no travessão. https://ffec93d35778187abc49f97c16680419.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
O final foi dramático. Sem conseguir marcar para garantir logo o título, o Galo sofreu até o último segundo. Aos 48 minutos do segundo tempo, um lance que gerou muita reclamação do elenco americano, que pedia pênalti de Igor Rabello. A partida ficou paralisada, o árbitro fez a comunicação com o VAR, mas nada foi marcado.
Campanha
Na primeira fase, terminou na liderança isolada. Foram 27 pontos conquistados em 9 vitórias e duas derrotas. No início da competição, ainda sem treinador, o Galo foi comandado pelo interino Lucas Gonçalves, que foi invicto. Foram quatro jogos e quatro vitórias. O técnico Cuca assumiu a equipe na 5ª rodada e, na partida seguinte, o elenco perdeu a invencibilidade na temporada.
O treinador campeão da Libertadores em 2013, que já chegou muito contestado pela torcida, sofreu uma grande pressão logo no início da sua passagem. Além de bons resultados, também era necessário que a equipe fosse bem em campo. A derrota no clássico foi o “estopim” e os pedidos de mudança no cargo bombardearam as redes sociais, mas o treinador deu a volta por cima.
Conseguiu retomar a confiança. O bom desempenho na Libertadores também ajudou a equipe a ficar “na boa”. Com o calendário apertado, se dividindo entre duas competições, Cuca tomou decisões certeiras. Poupou no torneio continental e no Mineiro, quando foi necessário. O treinador foi esperto e as alterações não prejudicaram a equipe na conquista.
Onze jogadores do elenco atleticano levantam a taça de campeão mineiro pela primeira vez. O goleiro Jean, o zagueiro Micael, os laterais Kevin e Talison, os meio-campistas Nacho Fernández, Zaracho, Tchê Tchê, Neto e Iago e os atacantes Echaporã, Eduardo Vargas e Hulk.