Victorio Mediolli – Jornal O Tempo
Namorar garante a paz e a continuidade da espécie; quem está amando não mata, exerce afeto, carinho, superação das diferenças, convive feliz e não perturba
Dia dos Namorados. Excelente, melhor que o dia de qualquer outra profissão! Amor, união, como se bradava nos anos da revolução cultural: “Façam o amor, não a guerra”.
Namorar garante a paz e a continuidade da espécie; quem está amando não mata, exerce afeto, carinho, superação das diferenças, convive feliz e não perturba.
O dia é comemorado em quase todos os países do mundo ocidental em 14 de fevereiro, dia de são Valentim. No Brasil se transferiu para o 12 de junho, véspera da comemoração de santo Antônio, a quem se atribui uma especial eficiência de casamenteiro. A ideia, que partiu do publicitário João Doria, apoiada pelos comerciantes paulistas, em 1949, foi um sucesso, tropicalizou-se e abriu longe do Carnaval um motivo a mais de movimentar o comércio. Disso se alastrou como mancha de óleo na água pelo país afora.
A tradição cristã, contudo, faz do mártir Valentim, bispo nascido da cidade de Terni, na Itália, o grande protetor dos namorados.
Segundo o condenado à morte por ordem do imperador romano Cláudio, no terceiro século depois de Cristo, constava contra ele ter desrespeitado a lei imperial que proibia casamentos em épocas de recrutamento de soldados. Para o imperador, os casados eram mais problemáticos que os solteiros para serem arregimentados e ainda não se engajavam nas batalhas com o temor de deixar a esposa viúva e os filhos órfãos. O bispo Valentim, entretanto, considerava a lei cristã acima daquelas dos césares. Levou a pior, preso e torturado; teria, no período que antecedeu a execução, se apaixonado pela filha, cega, de um carcereiro. E, como o amor faz milagres, devolveu-se a visão à jovem, e uma carta do condenado, antes da morte, deixou uma carinhosa despedida, assinada como “teu Valentim”.
O dia de são Valentim foi sancionado em 496 d.C. pelo papa Gelásio, pondo fim à festa pagã de Lupercalias.
A narrativa do escritor romano Ovídio relata na época do rei Rômulo, fundador de Roma, um prolongado período de esterilidade nas mulheres. Isso levou uma procissão de homens e mulheres em idade de procriação até o bosque sagrado de Juno, no monte Esquilino. Implorou-se à deusa que fosse devolvida a fertilidade às romanas. Nisso um sacerdote etrusco, intérprete do oráculo, pediu para sacrificar uma cabra e cortar tiras de sua pele para bater nas costas das mulheres. Dez meses lunares depois, deram à luz os filhos tão almejados, dando início a uma era de grande crescimento de Roma.
Embora a fertilidade fosse uma marca de 14 de fevereiro, existem nos relatos outros elementos religiosos que vinham dos primórdios de Roma. Narra o escritor que nos dias 13 a 15 de fevereiro se praticava o sacrifício de animais para que os deuses afastassem os lobos dos rebanhos tomados de assalto para saciar as feras esfomeadas.
Tradições sobravam em relação ao Dia dos Namorados, e outra bem lembrada era o acasalamento de inúmeras variedades de pássaros naquele período propício para as uniões.
No meio de tantas lendas, o importante é ter uma data definida para comemorar o “amor” entre casais, a força que sustenta o mundo e nossa espécie.
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