Imagem no exterior

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Porto de Paranaguá – Soja

Brasil deve ter neste ano superávit recorde de 100 bilhões de dólares na balança comercial.| Foto: Jonathan Campos/Arquivo/Gazeta do Povo

Por que a imagem do Brasil no exterior está tão deteriorada? Essa pergunta me fizeram em uma palestra de agora sobre Comunicação Estratégica, para oficiais superiores que irão comandar unidades do Exército pelo país. Os ministros da Agricultura e Turismo, recém chegados de reuniões do G7 e G20 em Roma, ficaram com a impressão de que a imagem do Brasil nunca esteve tão ruim. Por que imagem negativa se temos tantos dados positivos para mostrar ao mundo? Estaríamos escondendo o bom e mostrando o ruim?

A origem dessa propaganda negativa é o interesse político e o interesse comercial. O movimento político confunde governo com país. Querendo atingir o governo, atingem também o país. O jejum da Lei Rouanet ajuda a turbinar o movimento; a divergência ideológica move os que não têm pejo de falar do Brasil na Europa e Estados Unidos, passando por cima da regrinha de patriotismo, em que a gente fala mal aqui dentro, mas lá fora defende sempre. Apátridas não se importam com isso.

A concorrência comercial é um ingrediente importante na propaganda anti-Brasil. Estamos cada vez mais importantes no comércio mundial. Carne, soja, sucos, minérios. Um em cada cinco pratos do planeta tem alimento brasileiro. E o alimento é o mais essencial dos combustíveis. Destinos turísticos do mundo começam a antever o poder brasileiro do turismo de natureza. Neste ano, vamos ter o superávit recorde de 100 bilhões de dólares na balança comercial.

O mote é a Amazônia, embora sejamos o país que mais preserva seu solo, cerca de 60% da área nacional. A produção agropecuária vem crescendo pela produtividade. Na agricultura, produção bem acima da expansão de área; na pecuária, produção aumentando e área diminuindo. Tecnologia e meio ambiente são palavras de ordem no setor. No entanto, o preconceito ideológico é forte. E não custa lembrar que sofremos a prática de mirar no governante e acertar no país. Os que adotaram o coronavírus como parceiro para enfraquecer o governo, na verdade atingiram a renda nacional, o emprego e as empresas. No exterior, para atingir o governo, prejudicam todos os brasileiros.


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