Pandemia

Por
Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Comprovante de vacinação contra a Covid-19 no município do Rio de Janeiro com a vacina da Pfizer.

Fiocruz defendeu que o passaporte da vacina seja adotado em todo o território nacional.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou dos Estados Unidos nesta segunda-feira (4), depois de cumprir a quarentena de 14 dias num hotel em Nova York por causa da Covid-19. Ele pegou a doença mesmo tendo sido vacinado duas vezes e de posse do “passaporte vacinal”. Ele é mais um caso entre milhares de pessoas que podem ter o passaporte — e passe livre para frequentar os lugares — e ainda assim estar com Covid.

Na Austrália está a maior confusão porque botaram a polícia para resolver um assunto que é do arbítrio das pessoas. Aqui no Brasil o Código Civil garante que a pessoa possa se recusar a receber remédios se acha que vai correr algum risco.

O Prêmio Nobel de Medicina foi anunciado nesta segunda e reparem que não foi para ninguém ligado ao desenvolvimento da vacina porque ela ainda é experimental. O Nobel foi para dois pesquisadores da Califórnia que estudaram o maior órgão do corpo humano, que é a pele, para saber como ela transmite sensações de temperatura, pressão, etc.

Digo tudo isso porque está nas mãos dos vereadores do Rio de Janeiro, e talvez nas de outros vereadores pelo país, a possibilidade de fazer um projeto de decreto legislativo cancelando a decisão do prefeito que exige o tal passaporte para entrar em determinados lugares.

Isso é uma volta nos tempos da escravidão, em que os escravos não podiam entrar em certo lugares, ou nos templos da Alemanha nazista, quando judeus alemães tinham que ter salvo conduto para andar no seu próprio país.

A Constituição diz que é livre a locomoção e o direito de reunião. Não faz sentido tudo isso. Os vereadores terão que decidir entre a democracia da liberdade e o totalitarismo da segregação. E de algo inútil, enfim, porque não é algo certo. Trata-se de uma obrigação de algo experimental.

Investimentos necessários
O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, está em Nova York e fica até o fim de semana, para tentar atrair investidores ao Brasil. Ele está apresentando a nova licitação da Via Dutra, da Rio-Santos, 16 aeroportos, nove portos, 12 mil km de rodovias, a Ferrogrão e dois terminais no Porto de Santos. Enfim, é muito investimento necessário para atender o crescimento do país.

Lá em Dubai, o ministro do Turismo discursou em inglês para apresentar o grande potencial do Brasil para ter mais companhias aéreas. A lei permite que venham companhias estrangeiras explorar o mercado doméstico porque há um grande potencial, estão fazendo cada vez mais aeroportos num país desse tamanho em que as pessoas estão cada vez mais necessitadas de transporte rápido.

Carne suína em alta
As exportações de carne suína cresceram em valor 37% em setembro. O mundo está cada vez mais consumindo carne suína porque se descobriu que é uma carne mais leve, mais saudável, com menos gordura e de fácil digestão.

Menos dependência
É preciso que o Brasil vá em busca da autossuficiência de  fertilizantes ou pelo menos uma menor dependência da importação de NPK, ou nitrogênio, fósforo e potássio. Nossa agricultura depende disso.


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