Cruzeiro volta a Belo Horizonte nesta quinta, após período ‘ingrato’ em Atibaia
Thiago Prata

O Cruzeiro retorna a BH nesta quinta-feira (15), depois de passar quase uma semana em Atibaia, contrair uma nova dívida – considerando que o clube vai parcelar o valor pela estadia em 2021 –, amargar um período sem treinador e acumular problemas dentro das quatro linhas. Um cenário totalmente diferente daquele imaginado seis dias atrás.
Esperava-se um clima de paz e tranquilidade para trabalhar, gramados melhores que os da Toca II – tidos como “deploráveis” pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues – e que o local representasse o ponto de partida para uma arrancada celeste. Ledo engano!
Treinador
O Cruzeiro embarcou no sábado (10) e, ao fim daquele dia, caiu uma posição na Série B, mesmo sem entrar em campo; isso porque a vitória do Guarani em cima do CRB jogou a equipe para a penúltima colocação, aumentando a pressão na busca por um triunfo que poderia tirar os celestes da zona de rebaixamento.
No dia seguinte, a Raposa se viu sem comando técnico. Depois do empate sem gols com o lanterna Oeste – e a continuidade no 19º lugar da classificação –, a diretoria demitiu Ney Franco. O treinador teve duas vitórias, um empate e quatro derrotas à frente dos celestes na Segunda Divisão, aproveitamento de 33,3%.
O clube correu atrás de um novo nome para preencher a lacuna, mas na segunda-feira (12) já havia recebido dois “nãos”, um de Lisca e outro de Felipão. Na terça (13), a agremiação apostou suas fichas em Umberto Louzer, da Chapecoense, mas nessa quarta (14) acabou derrotada novamente na missão.
Clima
Nesta sexta (16), às 21h30, no Mineirão, diante do Juventude, pela 16ª rodada, o time mineiro será dirigido por Célio Lúcio, tendo a seu lado Rodrigo Saar. Esta dupla teve a incumbência de levantar o ânimo dos jogadores, visivelmente abatidos em função dos últimos resultados, como ficou claro nos discursos do goleiro Fábio e do zagueiro Manoel ao fim dos jogos contra Sampaio Corrêa e Oeste, respectivamente.
Em Atibaia, Célio Lúcio tentou fazer o que pôde para passar tranquilidade a um plantel que tem somente 12 pontos na competição, até agora, e que vivencia um clima de tensão cada vez maior.
Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Gramado deplorável
Uma das justificativas de Sérgio Santos Rodrigues em levar o Cruzeiro para Atibaia era a de que os gramados da Toca II estavam “deploráveis”. No entanto, os locais de treinamento na cidade paulista não justificaram essa estadia, pois também não estavam dos melhores, segundo imagens divulgadas pela imprensa.
No fim das contas, o clube segue na zona de rebaixamento, agora sem treinador e sob uma pressão ainda maior. Um triunfo sobre o Juventude pode aliviar um pouco esse quadro e, quem sabe, dar uma perspectiva diferente aos azuis.

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By valeon