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Alexandre Garcia – Gazeta do Povo

Lideranças do PSB e do PT formalizaram a composição entre Lula e Alckmin para este ano| Foto: Ricardo Stuckert/PT

Eu fico me perguntando qual o destino dos candidatos que estão aí jogando seus nomes…

Por exemplo, eu ouvi no fim de semana Sergio Moro, em Washington, dizendo “olha, eu não desisti da candidatura à presidência da República. O que eu disse que foi que eu não vou ser candidato a deputado federal”. Ora, ele era candidato no Podemos. Largou o Podemos assim, de repente. Foi para o União Brasil, que já avisou que lá ele não é candidato a presidente e que, se quiser, tem lugar como deputado federal. Eu concluo que ele vai acabar tendo vaga para deputado estadual e por São Paulo, que nem é o estado dele. Tudo estranho. Lá no Paraná estava tudo pronto no Podemos, com força, com os senadores Oriovisto Guimarães e Alvaro Dias. Mas ele perdeu essa.

No dia seguinte, também nos Estados Unidos (eu acho estranho que candidatos ficam a mais de 8 mil quilômetros de distância do estado que tem mais eleitorado, que é São Paulo, para falar de eleições desde Boston), a senadora Simone Tebet, falando no Brazil Conference, disse que dia 18 de maio o União Brasil, o PSDB e o MDB – que é o partido dela – vão dizer quem vai ser o candidato dos três a presidente. E concorrem neste momento a isso ela, João Dória (pelo PSDB) e pelo União Brasil (um partido grande com DEM mais PSL) Luciano Bivar, que fora dos iniciados em política nem é conhecido. Daí a gente vai se perguntando para onde vai… Tem o Ciro, que vai disputar a terceira via com esse “Centro”.

Na chapa de Lula, fecharam com Alckmin, PSB e PT. Os bolsonaristas estão jogando nas redes sociais todas as declarações que ao longo desses 30 anos Alckmin fez a respeito de Lula. Totalmente oposto do que um companheiro agora está chamando o outro.

Ficou muito estranho. A gente está sentindo que parece que Lula pegou o Alckmin para ele não ser candidato ao governo de São Paulo , onde ele teria muita chance de voltar, para abrir caminho para o Haddad. O sonho do PT é o governo de São Paulo, que tem sido do PSDB. Estão esquecendo que, enquanto eles brigam, Tarcísio está lá.

Por outro lado, Lula falando todos os dias cada vez mais fortalece a minha teoria de que ele está querendo inviabilizar a própria candidatura, não quer mais ser candidato. Muita gente dentro do PT e da esquerda está se queixando disso: pregar aborto para todas as mulheres, dizer que os militares têm que cair fora do governo, que tem que assediar casa dos deputados, abolir reforma trabalhista, teto de gasto, privatizações desfazer tudo, dar força ao MTST. Está muito, muito estranho o rumo dessas candidaturas.


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