Preço dos combustíveis

Por
Alexandre Garcia


“A Petrobras que se prepare”: nesse espírito o presidente da Câmara, Arthur Lira, começa a semana com reunião de lideranças para tratar de preço dos combustíveis.| Foto: Marcelo Sayão/EFE

Nesta segunda-feira (20) tem reunião importante na Câmara, convocada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), para falar sobre o preço dos combustíveis cobrado pela Petrobras. Essa reunião é com as lideranças de todos os partidos representados na Câmara Federal, ou seja, com os representantes do povo brasileiro que é o dono da Petrobras.

Porque a Câmara Federal, na verdade, fez a sua parte. Limitou o ICMS dos estados, junto com o Senado. O governo federal também já tinha feito o sacrifício de abrir mão de impostos federias sobre combustíveis, vai compensar os estados que, neste ano, tiverem redução de arrecadação por causa do limite do ICMS. E a Petrobras continua na maior, só olhando o preço internacional do petróleo para fazer os reajustes.

Acaba que todo o esforço legislativo e do governo federal vai por água abaixo porque a Petrobras está cobrando cada vez mais. Está acontecendo o que aconteceu com a reforma da previdência. Os marqueteiros do coronavírus, que defenderam o “feche tudo, se tranque em casa”, acabaram levando à necessidade do auxílio emergencial para evitar saques. Sem falar de outras despesas com a pandemia que não tiveram nenhum resultado.

O Arthur Lira afirmou em artigo publicado neste domingo (19) que “é a hora de tirar a máscara da Petrobras”, que o Brasil vai enfrenta-la, “ela que se prepare”. É uma grande decisão do presidente da Câmara.

Desrespeito entreguista à Amazônia
Eu já falei sobre isso, mas vou me repetir: está cheio de entreguista (como chamava Brizola), de vendilhão da pátria, de apátrida, de quinta coluna que quer entregar a Amazônia para estrangeiros. A Amazônia não é do Brasil. A Amazônia é o Brasil.

Eles se aproveitam do atual momento para dizer que o governo federal foi omisso no caso do indigenista e do jornalista britânico desaparecidos e mortos no Vale do Javari. Como alguém é capaz de dizer uma asnice desse tamanho? Num território do tamanho de Portugal (onde desapareceu uma menininha de três anos, a inglesinha Madeleine McCann, em 2007 e não acharam até hoje) as autoridades brasileiras em dez dias descobriram os assassinos e os corpos e está tudo resolvido.

“Ah, não está resolvido”, dirão, “tem traficante peruano ou colombiano por atrás”. Opa, será que tem? Então vai bater no Foro de São Paulo. Porque a narco guerrilha, colombiana e peruana, participava do Foro de São Paulo.

É incrível que jornalista brasileiro diga que a Amazônia não é brasileira. É uma coisa nojenta de se ler e desculpe achar adjetivo numa hora dessas.

É a memória de Pedro Teixeira, do Jorge Teixeira, do Barão do Rio Branco, do Plácido de Castro, do Athur Reis, de Osny Duarte Pereira, do marechal Cândido Rondon. De tantos brasileiros que deram seu sangue na Amazônia. Do Mauro Lobo e do Leonardo Matsunaga, agentes da Polícia Federal que combateram a guerrilha na região conhecida como Cabeça do Cachorro, na fronteira noroeste do Brasil com Colômbia e Venezuela.

Tantos brasileiros que se sacrificaram, mas principalmente os amazônidas, os ribeirinhos, que não são vistos por satélite. Respeitem esses brasileiros. Brasileiros de todas as cores, de todas as etnias que vivem na Amazônia. De todas as origens. Respeitem.


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