Telecomunicações
Por
Alexandre Garcia
A Anatel confirmou que Brasília receberá o 5G nesta quarta-feira (6) e anunciou as próximas capitais a receberem o sinal.| Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República
Quarta-feira começa, em Brasília, o 5G no Brasil. A Anatel está terminando o trabalho de deixar limpo o canal, que ainda é usado por televisão e internet. Depois de Brasília, virão Belo Horizonte, Porto Alegre e São Paulo. Daqui a pouco o Brasil inteiro, principalmente as áreas mais longínquas, estarão ligadas ao 5G. A Amazônia, as escolas, os hospitais, o grande Centro-Oeste, pegando a área do agro… que maravilha essa modernidade chegando!
Brasileiros de valor estão a postos enquanto nós descansamos
Ontem, em Mato Grosso do Sul, com desfecho em São Paulo, aconteceu algo que me faz perguntar o que vocês faziam no domingo, no horário de almoço. Estava no boteco, na praia, na casa dos amigos, na churrasqueira tomando uma cerveja, um vinho, uma cachaça? Enquanto isso, havia brasileiros de plantão pela nossa segurança. Plantão nos radares, fiscalizando a fronteira; plantão nos hangares, prontos para subir à cabine de um Super Tucano e decolar; plantão nos postos da Polícia Federal, prontos para atender; tudo isso no domingo, na hora do almoço.
O radar acusou um avião invasor na fronteira do Mato Grosso do Sul. Imediatamente, dois Super Tucanos decolaram, interceptaram o invasor, deram-lhe uma rajada de metralhadora avisando, mas o invasor continuou fugindo. Veio mais uma, já como um último aviso; o invasor viu que era sério, pousou em qualquer lugar entre Pontalinda e Jales (SP), e os dois homens que estavam no avião saíram correndo. Na sequência, os pilotos acionaram a Polícia Federal, que estava de plantão, e deram as coordenadas. Os agentes chegaram lá e encontraram meia tonelada de pasta de coca esperando. Estou contando essa história para dizer a vocês que, enquanto a gente descansa, ri, bebe e come, tem brasileiros de plantão garantindo a nossa segurança.
Constituição do Chile é aviso para quem resolve não ir votar
Ontem, no Chile, foi entregue ao presidente, um jovem de 35 anos, solteiro, a nova Constituição, aprovada pela assembleia constituinte de 156 integrantes. Essa Constituição prevê aborto, fim do Senado (que tem 200 anos), diminuição do poder da polícia e mais direitos sociais. Os constituintes que fizeram essa Constituição foram eleitos por 36% dos eleitores. E, agora, os eleitores estão dizendo nas pesquisas que querem antecipar o referendo de 4 de setembro sobre a Constituição, que não aprovam. Apenas 25% a 33% concordam com essa nova Constituição, a maioria discorda.
Mas o que estava fazendo essa maioria quando a assembleia constituinte foi eleita em maio do ano passado? Ficou em casa? Pois é: assim como na Colômbia, onde 18 milhões ficaram em casa e 11 milhões elegeram o presidente. É uma lição que a gente precisa aprender. Por lá, eles têm voto facultativo; aqui é obrigatório, mas depois de 70 anos não precisa votar e os demais que não votarem têm uma sanção leve. Fica a lição: se você abrir mão do seu poder de votar, não pode se queixar depois se for eleito alguém errado, alguém que vá destruir a sua família e deixar um péssimo futuro para seus filhos, netos e bisnetos.
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