Ação no STF

Por
Alexandre Garcia


Ação de deputado do PSB no STF quer tornar obrigatória a vacina contra varíola dos macacos| Foto: Nelson Jr./STF

Os pequenos partidos, que não têm votos suficientes no plenário do Congresso para fazer valer suas vontades, continuam usando o Supremo Tribunal Federal como ferramenta política. O próprio presidente do STF, Luiz Fux, já fez um apelo sobre isso aos colegas da Corte: partido político tem que decidir essas questões no plenário político e não nos tribunais. Mas não adiantou nada.

Agora, um deputado do PSB do Distrito Federal entrou no STF contra o presidente Jair Bolsonaro por causa da varíola dos macacos. O ministro Alexandre de Moraes foi sorteado relator. E o que quer o deputado? Quer que a vacina contra a varíola dos macacos seja obrigatória.

Em primeiro lugar, quem já tomou vacina contra varíola está vacinado, segundo ouvi de especialistas em imunologia. Em segundo lugar, estão matando macacos, por envenenamento, imaginando que a doença vem deles, mas não vem. Basta que a gente se informe: essa varíola passa de homem para homem – não é de homem para mulher – em 98% dos casos.

Então deixem os macacos e quem não é grupo de risco e já tomou vacina contra varíola em paz. Essa história de vacina obrigatória virou mania.

Morte de delator
Paulo Roberto Costa, o primeiro a fazer um acordo de delação premiada com a Justiça na Lava Jato, morreu no sábado (13), de câncer, aos 68 anos. Ele foi diretor da Petrobras entre 2004 e 2012, indicado pelo líder do PP na Câmara, o deputado paranaense já falecido José Janene.

Naquele tempo, era isso que acontecia. Os líderes dos partidos decidiam sobre os rumos da Petrobras, o que ela podia comprar ou não. Eram os intermediários das negociatas, que resultava em dinheiro para partidos, empreiteiras, políticos.

Costa estava condenado a 70 anos de prisão, mas passou os últimos de vida em casa, beneficiado pelo acordo de colaboração premiada. Entrou para a história como o primeiro delator a dizer como funcionava o esquema do petrolão.

Processo arquivado
O juiz da 10ª Vara Federal de Brasília, Ricardo Leite mandou arquivar, por sugestão do Ministério Público, o processo contra os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, e o ex-ministro Aloizio Mercadante por suposta obstrução da Justiça. E por que foi para o arquivo? Porque Lula e Dima tem mais de 70 anos e o prazo de prescrição se reduz pela metade. O caso Lula na Lava Jato lá de Curitiba foi uma questão de CEP, agora foi uma questão de calendário.

São as artimanhas que os políticos põem na lei que fazem para se livrar quando chegar neles. A lei penal brasileira, com essas prescrições, audiências de custódia e etc, é feita para derrubar tudo aquilo que você, pai, mãe, mestre, pastor, padre…, diz quando ensina as crianças que o crime não compensa. A lei brasileira derruba isso, mostra que aqui no Brasil o crime compensa. Muito triste isso!


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