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J.R. Guzzo – Gazeta do Povo
O presidente eleito Lula.| Foto: Fernando Bizerra/EFE
O ex-presidente Lula se prepara para começar seu novo governo da maneira como tem se comportado em seus 40 anos de vida política: mentindo. As “agências de checagem”, é claro, continuam fazendo esforços para dizer que Lula não mentiu nisso, ou naquilo, mas não adianta nada – ele não consegue, simplesmente, dizer a verdade, da mesma forma como não é capaz de reconhecer as realidades que não lhe interessam. Mentiu, maciçamente, quando afirmou ao começar o seu primeiro mandato que tinha recebido uma “herança maldita” de Fernando Henrique Cardoso. Era absolutamente falso.
Na verdade, ele recebeu um país com a inflação enfim derrotada pelo Plano Real, após décadas de destruição econômica. O Brasil estava livre dos bancos estaduais, da calamitosa siderurgia estatal e do descontrole dos gastos públicos. Pela primeira vez na história, a população tinha acesso verdadeiro ao telefone, por conta da privatização das empresas de telefonia. A “herança maldita” era apenas uma desculpa prévia, hipócrita e velhaca para os fracassos que a sua administração iria ter.
As contas públicas estão em ordem. Nada disso é propaganda do governo. São os números da vida real. Mas o Sistema Lula-PT, contra todas as evidências materiais, nega a sua existência.
Não deu outra. Ao final da era Lula-Dilma, a economia do Brasil estava em ruínas – a maior recessão de toda a história econômica do país, inflação em alta, desemprego em níveis recorde, empresas quebradas, fuga de investimentos e daí para baixo. Estão fazendo o possível, por tudo o que têm anunciado até agora, para repetir a dose.
Começaram do mesmo jeito – dizendo que vão receber uma “herança perversa” do governo Jair Bolsonaro. Esta segunda mentira, de 2023, é ainda mais agressiva que a primeira, de 2003, pelo que tem de negacionista e de desonestidade em estado integral. A realidade, demonstrada por fatos objetivos e acima de discussão, é que Lula vai receber de Bolsonaro um país na melhor situação econômica que um presidente brasileiro jamais recebeu de seu antecessor.
A inflação vai fechar 2022 por volta de 6% – simplesmente, umas das menores do mundo e abaixo da inflação dos Estados Unidos ou Alemanha, algo que jamais aconteceu na história. O desemprego caiu para seus níveis mais baixos em vinte anos. O crescimento econômico passou dos 2,6% no ano, contra previsões unânimes de recessão por parte dos economistas, banqueiros internacionais e dos FMI da vida.
As exportações e as reservas em divisas fortes estão batendo recordes em 2022. O agronegócio, mais uma vez, tem os seus melhores resultados e consolida o Brasil como um dos mais eficientes competidores do mundo no mercado de alimentos, cada vez mais estratégico. As empresas estatais encerram o ano com lucros de 250 bilhões de reais – o oposto, exatamente, da situação de falência a que foram arrastadas no período Lula-Dilma.
As contas públicas estão em ordem. Nada disso é propaganda do governo. São os números da vida real. Mas o Sistema Lula-PT, contra todas as evidências materiais, nega a sua existência; mente, como fez em relação a FHC, dizendo que Lula vai receber uma segunda herança maldita.
É uma demonstração perfeita do grau de integridade que se pode esperar de Lula e do seu governo.
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