China lidera aprovação do maior acordo comercial do mundo
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© Ansa Brasil Assinatura do acordo foi feita de forma virtual
(ANSA) – Um grupo de 15 países da Ásia-Pacífico assinou neste domingo (15) o maior acordo de livre comércio do mundo.
O tratado é capitaneado pela China, que consegue ampliar sua influência comercial e reduzir os efeitos das tarifas impostas pelos Estados Unidos, mas também inclui Austrália, Coreia do Sul, Japão e Nova Zelândia.
Além disso, fazem parte do acordo os 10 membros plenos da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean): Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia e Vietnã.
A chamada Parceria Econômica Regional Abrangente (Rcep, na sigla em inglês) representa cerca de 30% do produto interno bruto (PIB) global e foi proposta pela primeira vez em 2012. A Índia também participava das tratativas, mas decidiu não assinar neste momento por temor de aumentar seu déficit comercial com a China.
“A abertura e a cooperação são o único modo para obter vantagens recíprocas, representando a vitória do multilateralismo e do livre comércio”, disse o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em uma clara resposta ao protecionismo de Donald Trump.
“O bloco de livre comércio dará um novo impulso ao desenvolvimento e à prosperidade regionais e contribuirá para a retomada e o crescimento globais”, acrescentou Li.
As negociações progrediram lentamente nos primeiros anos, mas se aceleraram com a ascensão de Trump nos EUA. Uma de suas primeiras ações na Casa Branca foi retirar o país do Acordo de Associação Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que inclui sete nações signatárias do Rcep: Austrália, Brunei, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Singapura e Vietnã.
O novo acordo compreende 20 capítulos que cobrem desde o comércio de bens até a propriedade intelectual e concorrências públicas. Esse também é o primeiro tratado comercial envolvendo China e Japão, as duas maiores economias da Ásia.
Para sua entrada em vigor, no entanto, é necessária a ratificação por todos os Estados-membros. (ANSA)