História por Redação Itatiaia
O governo federal pode gastar até R$ 300 milhões para custear transporte, hospedagem e reuniões do G20 que será realizado no Brasil no ano que vem, adiantou uma fonte do primeiro escalão. O encontro da Cúpula está marcado para os dias 18 e 19 de novembro de 2024, no Rio de Janeiro, mas as atividades começam a partir do dia 1º de dezembro, quando o Brasil assume a presidência. As primeiras reuniões serão feitas por videoconferência em dezembro e janeiro.
Ao longo dos 12 meses da gestão brasileira, serão realizadas mais de 100 reuniões em todas as regiões do Brasil. Cinquenta por cento das atividades estarão concentradas entre Brasília e Rio de Janeiro. Ao que tudo indica, haverá concentração de eventos na região nordeste do Brasil. A cidade de Salvador, por exemplo, deve receber seis reuniões. Na região sudeste do Brasil, além do Rio de Janeiro, também existem atividades confirmadas para Belo Horizonte.
O governo vai custear as reuniões técnicas, ministeriais e a Cúpula; o transporte dos grupos de trabalho e das delegações; e a hospedagem da equipe brasileira. O custo de estadia das comitivas estrangeiras fica a cargo de cada uma delas. O Executivo vai abrir uma licitação no valor estimado de R$ 300 milhões, podendo gastar um pouco menos ou um pouco mais. Além o recurso proveniente dos cofres públicos, quando houver a soma de investimentos feitos por parceiros públicos e privados, o total gasto será superior.
Custo descentralizado
Ao todo, 20 ministérios promovem atividades dentro do G20 coordenados, principalmente, pelo Ministério das Relações Exteriores e também pelo Ministério da Fazenda. O valor estimado para a licitação vai sair do orçamento de todas as pastas envolvidas. O bloco tem na sua estrutura duas trilhas, dentro da trilha do Itamaraty estão abrigados 16 Grupos de Trabalho (incluindo o de Empoderamento da mulher, que ainda será criado) e a Fazenda e o Banco Central coordenam outros 8 GTs. Cada grupo realiza, ao longo do ano, três reuniões.
O custo projeto de licitação está sendo desenhado pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). O governo federal conta com parcerias que serão feitas com estados e municípios que vão sediar atividades. Empresas estatais também poderão ser parceiras da realização dos eventos do bloco durante a gestão brasileira.
Brasil x Índia
A previsão é que o G20 no Brasil custe bem menos que o realizado na presidência indiana. Uma das fontes da Itatiaia acredita que o governo da Índia tenha desembolsado US$ 250 milhões, convertendo para o real seria equivalente a R$ 1,2 bi. Em Nova Délhi, o Centro de Convenções, em formato de nave, que sediou a reunião da Cúpula, foi construído para a realização do evento. Também foi construída uma espécie de cidade, ao lado da ruína mais famosa da Índia, exclusivamente, para atender vistantes de delegações estrangeiras durante o G20, já que o local é isolado e demandou de infraestrutura para o acesso.