Número é o segundo maior registrado em um mês neste ano; dados são de apenas 15 diasFumaça de um incêndio sobe no ar, enquanto as árvores queimam entre a vegetação na floresta amazônica do Brasil, perto de Humaitá, Estado do Amazonas, BrasilREUTERS/Leonardo Benassatto
Guilherme Gamada CNN
Em duas semanas, o estado do Amazonas registrou 4.212 focos de queimadas, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Mesmo sem o consolidado do mês de setembro, esse é o segundo maior registro do ano, atrás apenas de agosto, que somou 5.474 focos de incêndio.
O mês de setembro é, historicamente, o pior mês de queimadas para a região, devido ao chamado verão amazônico, período com as temperaturas mais elevadas e poucas chuvas, que este ano está agravado pelo El Niño, que diminui ainda mais a formação de nuvens de chuva.
Na quarta-feira (13), foram registrados 85 focos de queimadas. O dia com mais focos foi terça-feira (5), com 1.255 em um único dia.
O Corpo de Bombeiros do Amazonas combateu, entre os dias 12 de julho e 11 de setembro, 1.057 incêndios no Amazonas. Atualmente, os municípios com maiores focos de incêndio integram a região sul do estado.
Por conta do período de seca no Amazonas e aumento das queimadas, os municípios Careiro Castanho e Tefé decretaram situação de emergência, conforme a publicação no último Diário Oficial dos Municípios do Amazonas. A cidade de Careiro Castanho fez o pedido de emergência por 90 dias e Tefé por 180 dias.
De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, até quinta-feira (14), quatro municípios do estado estão em situação de emergência, devido à estiagem: Benjamin Constant e São Paulo de Oliveira, na Calha do Alto Solimões, e Envira e Itamarati, na Calha do Juruá. Ao total, 34 municípios estão fora da normalidade – 23 em atenção e 7 em estado de alerta.
Em nota à CNN, os bombeiros informaram que equipes do Governo do Amazonas e da Força Nacional, trabalham no sul do estado para combater queimadas e desmatamento ilegal.
Atualmente, 134 profissionais das forças de Segurança e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão atuando nas operações Tamoiotatá e Aceiro.