História de André Ruoco – IstoÉ
Não mais que os dedos das mãos, ultra bilionários – em dólares – mundo afora, aderem ao sonho de consumo dos ultra retrógrados ultra socialistas ainda existem sobre a Terra: a ultra taxação das ultra fortunas.
Uso o superlativo “ultra” repetidas vezes, para tentar chamar a atenção para esta ultra aberração, também, é claro, defendida com ultra fervor pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Ultra da Silva, digo, Lula.
O chefão petista é daqueles que acredita – e afirma à exaustão – que os bilionários do mundo enriquecem às custas do trabalho dos pobres. Obviamente, não apresenta qualquer prova para tal bravata demagoga.
PINGOS NOS IS
Já a lógica e os fatos avisam: a pobreza não existe pela riqueza, mas a riqueza diminui a pobreza. São os ricos do mundo que entopem os caixas de governantes (como Lula) com os bilhões surrupiados em impostos.
Agora, se os estados – como o brasileiro – utilizam toda a grana subtraída de quem trabalha e produz em benefício próprio e de seus apaniguados, por que diabos a culpa da pobreza seria justamente de quem sustenta tudo?
Bilionários são responsáveis, além dos bilhões em impostos, por centenas de milhões de empregos e, principalmente, por inovações tecnológicas que permitem que o mundo, hoje, seja o mais próspero da história humana.
A REALIDADE
Sim, nunca vivemos tão bem e tanto. Nunca a pobreza foi tão baixa – ainda que assole bilhões de pessoas ao redor do mundo – e nunca as condições de vida foram tão boas – ainda que, repito, bilhões de pessoas sejam pobres.
Educação, Saúde, Saneamento Básico, Segurança Alimentar… A humanidade jamais esteve “tão bem assim”. Mortes por violência e guerras jamais foram tão poucas historicamente, a despeito de tantos conflitos.
A iniciativa privada sempre foi, é e será a mola propulsora da humanidade. Aos governos cabe a preservação do Contrato Social e a manutenção da civilidade através de leis, da força e da manutenção da segurança territorial.
SÓ BRAVATAS
Para tanto, parte considerável da produção e da riqueza acumuladas são adjudicadas compulsoriamente sob a forma de impostos – é assim no mundo todo e em qualquer tipo de regime, da mais feroz ditadura à mais sólida democracia.
A pobreza ainda existente não passa, portanto, pela culpa dos empresários, trabalhadores e profissionais liberais, mas, sim, pela má administração da riqueza por eles produzida. Gente incapaz, como Lula, é a responsável pela carência e carestia.
Quando o brasileiro acusa os “mercados” de responsáveis pela fome de milhões de crianças pobres no País, ou quando culpa os ultra ricos pela pobreza dos trabalhadores, está sendo, além de mentiroso, injusto.
MAIS IMPOSTOS?
Agora, se a arrecadação de tributos ainda é insuficiente para a satisfação da qualidade de vida básica de bilhões de pessoas mundo afora, pode-se e deve-se discutir aumento de impostos, porém, jamais da forma como quer Lula e alguns.
No Brasil, especificamente, aumento de impostos – mais? – que já dragam 35% do PIB do País é inadmissível antes de uma reforma administrativa que retire da máquina pública os privilégios indecorosos, a corrupção desenfreada e o desperdício.
Não há o menor cabimento taxar os ultra ricos para enriquecer, não os ultra pobres, mas os já ultra beneficiados: a casta do funcionalismo público e os setores da economia escolhidos a dedo pelos poderosos de plantão.
OS NÚMEROS
Em 2023, a arrecadação federal passou de 2.3 trilhões de reais. Recorde histórico! Mas o déficit público também aumentou. O governo gasta muito e gasta mal, por isso não consegue diminuir a pobreza no Brasil.
Hoje, o desemprego encontra-se em um dos níveis mais baixos após a redemocratização, em torno de 8%. Ou seja, o setor privado, mais uma vez, também neste quesito, está fazendo sua parte e contratando.
O capital privado é responsável por 90% de todo o investimento em Tecnologia e Inovação existente no País, bem como representa, em média, 10 vezes mais o aporte anual do Estado em relação ao PIB (17.39% a 1.61%).
E O GOVERNO?
Tudo isso em meio a um dos piores ambientes de negócios do mundo – totalmente incompatível com o tamanho da nossa economia – justamente por conta e ordem do Poder Público, nas três esferas (municipal, estadual e federal).
O governo – ou governos – não faz sua parte há pelo menos 70 anos, gastando sempre mais do que arrecada, aumentando o endividamento, precarizando os serviços e falhando miseravelmente em Infraestrutura, Saúde, Educação e Segurança.
Pergunto, pois, para encerrar: é este mesmo governo – e governante – a autoridade moral para pregar taxação de super ricos para diminuir a pobreza? Não creio. Devia juntar-se à meia dúzia de bilionários que pensam o mesmo e ir trabalhar de verdade ao invés de apenas teorizar e praticar populismo rasteiro.
Em tempo: 69% dos brasileiros apoiam taxar grandes fortunas. E poderia ser diferente?