História de Gabriel de Sousa – Jornal Estadão
BRASÍLIA – O ato de 7 de Setembro na Avenida Paulista, organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contará com a presença do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), candidatos à Prefeitura de São Paulo e mais de 50 parlamentares do Congresso Nacional. A defesa do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes será um dos temas centrais da manifestação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o ato convocado por ele na Avenida Paulista, em fevereiro Foto: Taba Benedicto/Estadão© Fornecido por Estadão
O ato foi convocado no mês passado, depois da publicação de mensagens de assessores de Moraes que mostraram que o ministro usou aparato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), fora do rito tradicional de solicitação de serviços, para embasar decisões contra aliados do ex-presidente. A convocatória ao ato ganhou mais força na semana passada, após a crise entre o ministro e o bilionário Elon Musk, que culminou na suspensão do X (antigo Twitter) na sexta-feira, 30.
Dois candidatos à Prefeitura de São Paulo estão confirmados para o ato: Ricardo Nunes (MDB) e Marina Helena (Novo). Nunes é o candidato que recebe o apoio formal do PL e de Bolsonaro na disputa pelo comando da capital paulista.
Outro candidato à Prefeitura que recebe o apoio de nomes ligados ao ex-presidente é o ex-coach Pablo Marçal (PRTB). Procurado pelo Estadão, a assessoria de Marçal disse que a presença dele na manifestação não está confirmada. Em um vídeo publicado na semana passada, Bolsonaro abriu margem para que o ex-coach pudesse participar do evento.
“É um movimento suprapartidário. E como um candidato a prefeito da capital queria comparecer, nós autorizamos. Assim como qualquer outro candidato a prefeito da capital está autorizado a subir no carro de som também”, afirmou o ex-presidente no vídeo publicado nas redes sociais.
Em fevereiro, na última manifestação convocada por Bolsonaro na Avenida Paulista, participaram quatro governadores: Jorginho Mello (PL), de Santa Catarina; Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e o governador paulista Tarcísio de Freitas.
Até o momento, apenas Tarcísio confirmou presença no ato. Caiado já adiantou que não participará, pois está em férias. O Estadão procurou Mello e Zema, mas não obteve retorno.
Deputados e senadores que são próximos de Bolsonaro já adiantaram que vão ao ato. De acordo uma lista divulgada pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), que é um dos organizadores da manifestação, e a apuração do Estadão com assessorias dos congressistas, 49 deputados e sete senadores estarão no evento. Ao Estadão, Sóstenes disse que faixas contra Alexandre de Moraes estão “liberadíssimas”.
O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo-PR), um dos principais críticos de Moraes, também confirmou ida ao evento na Paulista. Outro representante do partido que estará presente é o presidente nacional da legenda, Eduardo Ribeiro. Nesta segunda-feira, 2, ele assinou uma ação contra suspensão do X protocolada no STF.
O deputado do PL fluminense também confirmou a ida de quatro senadores aliados do ex-presidente. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), que encabeça o pedido de impeachment de Moraes que deve ser apresentado no Senado após o feriado, não vai participar. Segundo a assessoria dele, o parlamentar deve liderar uma manifestação contrária ao ministro em Fortaleza. Girão é candidato à prefeitura da capital cearense.
Sóstenes adiantou que haverá dois trios elétricos onde Bolsonaro e os aliados vão discursar para apoiadores. A posição dos veículos será a mesma do ato de fevereiro. Naquela manifestação, que reuniu 600 mil pessoas, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo, o veículo ficou na intersecção da Avenida Paulista com a rua Peixoto Gomide.
A lista de discursos e a programação da manifestação será decidida na próxima sexta-feira, 6, em uma reunião entre Bolsonaro e o pastor evangélico Silas Malafaia. O líder religioso foi o organizador do ato de fevereiro na Paulista e também da manifestação de abril na Praia de Copacabana.
Quem vai?
Governadores
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador do Estado de São Paulo
Prefeitos
- Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo
Deputados federais
- Adilson Barroso (PL-SP)
- Adriana Ventura (Novo-SP)
- Alan Garcês (PP-MA)
- Alfredo Gaspar (União-AL)
- Bia Kicis (PL-DF)
- Bibo Nunes (PL-RS)
- Cabo Gilberto Silva (PL-PB)
- Capitão Alberto Neto (PL-AM)
- Capitão Alden (PL-BA)
- Carla Zambelli (PL-SP)
- Coronel Chrisóstomo (PL-RO)
- Coronel Ulysses (União-AC)
- Daniel Freitas (PL-SC)
- Daniel José (Podemos-SP)
- Daniela Reinehr (PL-SC)
- Delegado Caveira (PL-PA)
- Delegado Ramagem (PL-RJ)
- Dr. Frederico (PRD-MG)
- Eros Biondini (PL-MG)
- Evair de Melo (PP-ES)
- FIlipe Martins (PL-TO)
- Fernando Rodolfo (PL-PE)
- General Girão (PL-RN)
- Giovani Cherini (PL-RS)
- Glaucia Santiago (PL-MG)
- Gustavo Gayer (PL-GO)
- Helio Lopes (PL-RJ)
- Jefferson Campos (PL-SP)
- José Medeiros (PL-MT)
- Julia Zanatta (PL-SC)
- Marcel Van Hattem (Novo-RS)
- Marco Feliciano (PL-SP)
- Marcos Pollon (PL-MS)
- Mario Frias (PL-SP)
- Mauricio do Volei (PL-MG)
- Maurício Marcon (Podemos-RS)
- Messias Donato (Republicanos-ES)
- Nelson Barbudo (PL-MT)
- Paulo Bilynskyj (PL-SP)
- Pastor Eurico (PL-PE)
- Reinhold Stephanes (PSD-PR)
- Ricardo Salles (Novo-SP)
- Rodolfo Nogueira (PL-MS)
- Rosana Valle (PL-SP)
- Sanderson (PL-RS)
- Sargento Fahur (PSD-PR)
- Sargento Gonçalves (PL-PB)
- Zé Trovão (PL-SC)
- Zucco (PL-RS)
Senadores
- Carlos Portinho (PL-RJ)
- Flávio Azevedo (PL-RN), suplente de Rogério Marinho em exercício
- Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
- Jaime Bagattoli (PL-RO)
- Márcio Bittar (União-AC)
- Rogério Marinho (PL-RN), senador licenciado
- Wilder Morais (PL-GO)
Quem não vai?
Governadores
- Ronaldo Caiado (União), governador de Goiás
Senadores
- Eduardo Girão (Novo-CE)