Junior Borneli – Founder da StartSe 

A FDA, espécie de Anvisa dos EUA, autorizou a Neuralink a testar um novo implante cerebral capaz de devolver a visão a pessoas cegas. Trata-se do projeto Blindsight, que quer dizer “Visão Cega”.


Esse novo implante será conectado com a parte do cérebro responsável pela visão. Segundo a Neuralink, a primeira versão devolverá a visão às pessoas de forma gradual, como se fosse uma projeção.

Elon Musk disse que, na primeira versão, as pessoas enxergarão como se estivessem vendo um jogo virtual com gráficos baixos, “como se fosse um Atari”. Mas que logo isso evoluirá.

Segundo ele, depois de atingir o primeiro objetivo, que é devolver a visão, o dispositivo será capaz de permitir que a visão das pessoas com chip será melhor do que a visão natural dos humanos.

E que os chips poderão nos ajudar a enxergar infravermelho, ultravioleta e até ondas de radar. 

Bom… devolver a visão já seria algo extraordinário, então nem é bom pensar nessa outra camada aqui.

Você pode acreditar nisso ou achar que é uma loucura. Fato inegável e que o FDA, a Anvisa americana, aprovou os testes e a lista de voluntários para essa fase experimental já está disponível no site da Neuralink.

Neuralink fez 2º implante de chip cerebral em humano, diz Musk

‘Não quero azarar, mas parece ter corrido muito bem’, disse o bilionário sobre a operação, mas sem revelar a identidade do paciente. A empresa pretende fazer mais implantes ainda este ano.

Por g1 – Globo

Neuralink, do bilionário Elon Musk, realizou bateria de exames antes de implantar chip em seu primeiro paciente — Foto: Reprodução/Neuralink

Um segundo paciente humano recebeu com sucesso o chip cerebral da “Neuralink”, empresa do bilionário Elon Musk. O anúncio foi feito pelo próprio empresário durante entrevista para um podcast na sexta-feira (2).

A Neuralink ainda está testando seu dispositivo, que se destina a ajudar pessoas com lesões na medula espinhal (veja ele como funciona).

chip permitiu que o primeiro paciente, Noland Arbaugh, de 29 anos, jogasse videogame, navegasse na internet, postasse nas redes sociais e movesse o cursor em seu laptop, segundo a agência Reuters.

Durante a entrevista para o podcast, Musk não compartilhou muitos detalhes sobre o segundo implantado, mas afirmou que ele tem uma lesão na medula espinhal semelhante à do primeiro paciente.

“Não quero azarar, mas parece ter corrido muito bem com o segundo implante”, disse Musk. “Há muito sinal, muitos eletrodos. Está funcionando muito bem”, completou.

Musk também disse que espera que a Neuralink forneça os implantes a mais pacientes este ano como parte de seus ensaios clínicos.

No mês passado, o bilionário tinha anunciado que sua empresa retomaria os implantes em humanos, após resolver um problema que afetou a capacidade do primeiro implatado de mover o cursor de um computador com o pensamento.

A empresa chegou a publicar um vídeo (veja acima) mostrando Noland jogando xadrez on-line usando sua mente, sem mencionar um detalhe: após a operação, alguns dos cabos revestidos de eletrodos haviam se retraído.

O futuro da humanidade: chips cerebrais e a busca pela superinteligência

A Neuralink anunciou que espera implantar chips no cérebro de milhões de pessoas nos próximos 10 anos. Essa notícia, por si só, já é incrível. Mas o que está escrito nas entrelinhas é ainda mais impressionante.



Esse movimento mostra uma ampliação no “escopo” de atuação da Neuralink. A ideia inicial era oferecer uma solução terapêutica, mas agora essa sinalização mostra uma mudança de direcionamento.

A Neuralink acredita que é possível implantar os chips em pessoas sem nenhum comprometimento neurológico com o objetivo único de transformá-los em “super humanos”, ampliando suas capacidades cognitivas.

Isso pode parecer estranho, mas começa-se a desenhar um cenário interessante. Está claro que os robôs humanoides tomarão o emprego de muitas pessoas, em diferentes mercados.

Contudo, alguns especialistas acreditam que possa haver um intermediário entre o humano e o robô. Esse “híbrido” começa a tomar forma com iniciativas como essa, da Neuralink, e algumas outras vindas das big techs.

O Google, por exemplo, já desenvolveu e comercializa uma “calça robótica”, que aumenta em 40% a força das pernas dos usuários. Isso significa que é possível fazer muito mais atividades, com quase a metade do esforço.

Esse “meio do caminho” entre o humano e o robô pode ser uma alternativa para reduzir o impacto da perda de empregos ou pelo menos retardar esse processo, dando tempo para a recolocação de quem perder o emprego.

Loucura, né? Mas são os sinais do mercado.

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Junior Borneli é apaixonado pelo empreendedorismo e pela criação de novos negócios. Fundador e CEO da StartSe, é um dos profissionais mais bem conectados ao ecossistema de inovação e negócios do país. E você pode contratar Junior Borneli para palestrar em sua empresa aqui!

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