Mauro Falcão – Escritor brasileiro

A cada dia me dou conta de que meu maior obstáculo sou eu mesmo. A desconstrução daquilo que penso ser talvez seja o portal para a ação da Providência Divina. Não é a elevação o desafio mais árduo, mas sim a difícil tarefa de nos olharmos com sinceridade e compreender quem realmente somos, desmantelando os alicerces corroídos pelos vícios e ilusões que carregamos e formam a nossa identidade.

Começo a entender que o melhor de mim não está em mim isoladamente, mas se reflete nas pessoas ao meu redor, no olhar alheio que me devolve uma nova perspectiva de quem devo ser. A cura das minhas feridas espirituais parece se encontrar na benevolência que preciso desenvolver com mais intensidade. Quanto mais eu aprendo a amar, mais descubro que esse sentimento é o sustentáculo da minha jornada, a escada que me conduz, degrau por degrau, a uma conexão maior com o Supremo. 

Ofender o outro é, na verdade, uma autoagressão, pois somos todos interligados no tecido da existência. Cada ofensa ergue barreiras, me afastando das promessas de Cristo, que nos chama a fraternidade. “Quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor” (João 4:8). Esse princípio filosófico ressoa como um lembrete de que o bem-querer é a essência de tudo, a única via pela qual nos aproximamos verdadeiramente do Criador. 

A consagração ao outro, então, não é apenas um gesto altruísta, mas um ato de descoberta de si mesmo, um retorno ao nosso ser mais autêntico. Na medida em que nos despimos das ilusões do ego, abrimos espaço para que a afeição e a verdade, como potências universais, possam reformular nossa existência. É nesse gesto, aparentemente simples, que percebo a verdadeira ascensão espiritual.

Desconstruir-me, portanto, é mais do que um ato de mudança; é um ato de abertura. Ao romper com as antigas estruturas do egoísmo e do orgulho, crio espaço para que o amor, em sua forma mais pura, preencha minha vida. E só então, nessa reconstrução silenciosa e contínua, sinto que estou caminhando rumo ao que é divino, ao que é eterno.

DESCONSTRUINDO-ME!

Mauro Falcão – Escritor brasileiro

A cada dia me dou conta de que meu maior obstáculo sou eu mesmo. A desconstrução daquilo que penso ser talvez seja o portal para a ação da Providência Divina. Não é a elevação o desafio mais árduo, mas sim a difícil tarefa de nos olharmos com sinceridade e compreender quem realmente somos, desmantelando os alicerces corroídos pelos vícios e ilusões que carregamos e formam a nossa identidade.

Começo a entender que o melhor de mim não está em mim isoladamente, mas se reflete nas pessoas ao meu redor, no olhar alheio que me devolve uma nova perspectiva de quem devo ser. A cura das minhas feridas espirituais parece se encontrar na benevolência que preciso desenvolver com mais intensidade. Quanto mais eu aprendo a amar, mais descubro que esse sentimento é o sustentáculo da minha jornada, a escada que me conduz, degrau por degrau, a uma conexão maior com o Supremo. 

Ofender o outro é, na verdade, uma autoagressão, pois somos todos interligados no tecido da existência. Cada ofensa ergue barreiras, me afastando das promessas de Cristo, que nos chama a fraternidade. “Quem não ama, não conhece a Deus, porque Deus é amor” (João 4:8). Esse princípio filosófico ressoa como um lembrete de que o bem-querer é a essência de tudo, a única via pela qual nos aproximamos verdadeiramente do Criador. 

A consagração ao outro, então, não é apenas um gesto altruísta, mas um ato de descoberta de si mesmo, um retorno ao nosso ser mais autêntico. Na medida em que nos despimos das ilusões do ego, abrimos espaço para que a afeição e a verdade, como potências universais, possam reformular nossa existência. É nesse gesto, aparentemente simples, que percebo a verdadeira ascensão espiritual.

Desconstruir-me, portanto, é mais do que um ato de mudança; é um ato de abertura. Ao romper com as antigas estruturas do egoísmo e do orgulho, crio espaço para que o amor, em sua forma mais pura, preencha minha vida. E só então, nessa reconstrução silenciosa e contínua, sinto que estou caminhando rumo ao que é divino, ao que é eterno.

Desconstrução

PENSADOR

Quando a gente conhece uma pessoa, construímos uma imagem dela. Esta imagem tem a ver com o que ela é de verdade, tem a ver com as nossas expectativas e tem muito a ver com o que ela “vende” de si mesma. É pelo resultado disso tudo que nos apaixonamos. Se esta pessoa for bem parecida com a imagem que projetou em nós, desfazer-se deste amor, mais tarde, não será tão penoso. Restará a saudade, talvez uma pequena mágoa, mas nada que resista por muito tempo. No final, sobreviverão as boas lembranças. Mas se esta pessoa “inventou” um personagem e você caiu na arapuca, aí, somado à dor da separação, virá um processo mais lento e sofrido: a de desconstrução daquela pessoa que você achou que era real.

Desconstruindo Flávia, desconstruindo Gilson, desconstruindo Marcelo. Milhares de pessoas estão vivendo seus dias aparentemente numa boa, mas por dentro estão desconstruindo ilusões, tudo porque se apaixonaram por uma fraude, não por alguém autêntico. Ok, é natural que, numa aproximação, a gente “venda” mais nossas qualidades que defeitos. Ninguém vai iniciar uma história dizendo: muito prazer, eu sou arrogante, preguiçoso e cleptomaníaco. Nada disso, é a hora de fazer charme. Mas isso é no começo. Uma vez o romance engatado, aí as defesas são postas de lado e a gente mostra quem realmente é, nossas gracinhas e nossas imperfeições. Isso se formos honestos. Os desonestos do amor são aqueles que fabricam idéias e atitudes, até que um dia cansam da brincadeira, deixam cair a máscara e o outro fica ali, atônito.

Quem se apaixonou por um falsário, tem que desconstruí-lo para se desapaixonar. É um sufoco. Exige que você reconheça que foi seduzido por uma fantasia, que você é capaz de se deixar confundir, que o seu desejo de amar é mais forte do que sua astúcia. Significa encarar que alguém por quem você dedicou um sentimento nobre e verdadeiro não chegou a existir, tudo não passou de uma representação – e olha, talvez até não tenha sido por mal, pode ser que esta pessoa nem conheça a si mesma, por isso ela se inventa.

A gente resiste muito a aceitar que alguém que amamos não é, e nem nunca foi, especial. Que sorte quando a gente sabe com quem está lidando: mesmo que venha a desamá-lo um dia, tudo o que foi construído se manterá de pé.

Martha Medeiros

Crônica “Descontruções”, 2003.

Às vezes para construir, você deve desconstruir. Não destruir.
Desconstrução não é destruição. É reconstrução.

Crow Spike

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Quando o dia começa, junto dele continuo a construção e desconstrução de mim mesma… há dias que sinto ter encaixado peças importantes, definitivas e dali tenho a sensação de que tudo que há por vir é só lucro, mas no dia seguinte retiro tudo aquilo… Desisto daquela ordem de montagem e começo do zero… eu gosto muito de um trecho de uma música “prefiro ser uma metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”…. é muito chato ter verdades absolutas, planos definitivos, enfim, nada como um dia após o outro para se ter sempre a chance do recomeço… de um novo eu… de um novo plano de vida… de uma melhor verdade…

Caio Fernando Abreu

Das Palavras aos retratos

A desconstrução da mente humana,
A mudança de polaridades, os retratos, a partir de palavras.
Embroderies de memórias,
visão necessidades diárias on-line,
amenidades sensível.
Daily margaridas marcando seus caminhos,
saudade Fur moradores abrigo, hélices Strange,
Pilares que sustentam a sua presença conhecida
Para os pares venerável,

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By valeon