História de Luciano Nagel e Luiz Araújo – Jornal Estadão

Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, reabriu suas portas ao tráfego comercial nesta segunda-feira, 21. A primeira aeronave a pousar na pista, um Airbus A320 da Azul, vindo de Campinas (SP), tocou o solo às 8h03, encerrando um período que paralisou a principal porta de entrada para o turismo e negócios do Rio Grande do Sul por quase seis meses.

Após o pouso, realizado com sucesso, o piloto mostrou pela janela da aeronave uma bandeira do Rio Grande do Sul.

A reabertura, no entanto, ainda é parcial. A capacidade inicial será de 71 voos diários, com expectativa de crescimento para 122 a partir de novembro.

Aeroporto estava fechado desde 3 de maio Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

Aeroporto estava fechado desde 3 de maio Foto: Jürgen Mayrhofer/Secom

Durante a primeira fase, as aeronaves utilizarão 1.730 metros de pista, o que torna o terminal apto a receber voos do mercado nacional. A fase seguinte ocorrerá após a conclusão do reparo de 1,4 mil metros da pista de pouso e decolagem.

A retomada completa das atividades, incluindo voos internacionais, está prevista para o dia 16 de dezembro. Até lá, o terminal funcionará entre 8h e 22h.

“Não tenho dúvida de que isso será fundamental para retomar e ativar efetivamente a economia do Estado, que representa mais de 11 milhões de habitantes. Sabemos o que o aeroporto representa para o PIB do Rio Grande do Sul, para o turismo de negócios, de lazer, e para o escoamento do transporte de cargas”, disse o ministro dos Aeroportos, Silvio Costa Filho, na cerimônia de reabertura nesta segunda-feira, 21.

O aeroporto foi fechado em 3 de maio após inundar durante as enchentes que atingiram o Estado gaúcho. Cerca de 75% da pista ficou submersa, além da água ter tomado o terminal, causando prejuízos e inviabilizando qualquer tipo de operação.

O check-in e o despacho de bagagem continuarão ocorrendo na ala internacional, no segundo piso do terminal. Por enquanto, apenas voos domésticos estão sendo realizados.

As enchentes que assolaram afetaram 90% do Rio Grande do Sul, causando 172 mortes e desalojando mais de meio milhão de pessoas. Foi a maior catástrofe climática da história gaúcha e especialistas estimam que levará anos para reconstruir completamente a infraestrutura perdida e oferecer opções de moradia aos desabrigados.

Com a aceleração do aquecimento global, alertam especialistas, eventos climáticos extremos como esse ficarão cada vez mais frequentes e intensos.

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By valeon