A arte de estar em paz consigo mesmo
*Mauro Condé
“Você só vive uma vez, mas se você souber viver bem, uma vez é o suficiente” Joe Lewis
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes biografias.
Elas me levaram para Veneza, Itália, no ano de 1323, onde fui recebido por Marco Polo, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
Cultive o hábito de fazer viagens prazerosas como forma de terapia para afastar o estresse da sua vida.
Maior viajante da História, ele narrou num livro incrível suas grandes aventuras ao redor do mundo, vividas inicialmente ao lado de seu tio e seu pai, os quais só foi conhecer aos 17 anos de idade.
Seu livro se transformou numa espécie de bíblia inspiradora para grandes navegadores, entre eles Cristóvão Colombo, que por causa disso viria a descobrir a América anos depois.
Naquele tempo, um incidente ocorrido do outro lado do mundo, mudou para sempre a vida de Marco Polo.
Uma antiga imperatriz chinesa, ao tomar chá sob uma amoreira observou um casulo de bicho-da-seda cair dentro de sua xícara. Ao tentar removê-lo, percebeu que a água quente amolecia as fibras do casulo, resultando em um lindo fio de alta qualidade.
Foi o insight para uma das maiores inovações de todos os tempos na China que, por séculos, deteve o monopólio da produção e da comercialização da seda para o resto do mundo.
O lucrativo comércio desse produto atraiu Marco Polo e o fez se aventurar pelo itinerário da chamada rota da seda (que por coincidência tinha seu traçado geográfico parecido com o formato de um casulo).
Viajou de Veneza, sua terra natal e passou por lugares maravilhosos hoje conhecidos como Grécia, Egito, Israel, Síria, Turquia, Iraque, Irã, Afeganistão, Paquistão, Índia até chegar à Corte de Kublai Khan, neto do poderoso Gêngis Khan, na China.
Lá, ele chegou a ser preso, torturado, libertado, estudado e depois admirado e adotado pelo próprio Imperador Khan como seu maior mentor e conselheiro, devido à sua vasta cultura e conhecimento.
Expandiu muito a sua visão da vida e do mundo quando foi treinado por um monge totalmente cego, conhecido como Mestre Cem Olhos, o maior mestre de kung fu da História.
Inspire-se no legado de quase oitocentos anos deixado por Marco Polo.
Passada a pandemia, viaje pelo mundo para conquistar a liberdade de ficar ainda mais em paz consigo mesmo.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.
As viagens de Marco Polo
Descrição
Este manuscrito de cerca de 1350 é uma das cópias existentes mais antigas de Les voyages de Marco Polo (As viagens de Marco Polo), o relato do mercador veneziano Marco Polo (por volta de 1254 a 1324) de suas aventuras na Ásia Central e no Extremo Oriente durante a segunda metade do século XIII. É possível que seja um dos cinco manuscritos relacionados à viagem de Marco Polo que pertenceu ao rei Carlos V da França (reinou de 1364 a 1380). Mais tarde fez parte da biblioteca do colecionador de livros francês Alexandre Petau, sendo em 1650 vendido à rainha Cristina da Suécia (de 1626 a 1689). Acompanhado por seu pai Niccolò e seu tio Maffeo, Marco Polo viajou por terra para a China em 1271-1275. Ele passou 17 anos servindo Kublai Khan (de 1215 a 1294), neto de Genghis Khan e conquistador da China, para quem realizou trabalhos na China e no sul e sudeste da Ásia. Os três venezianos voltaram para sua cidade natal pelo mar em 1292-1295. Marco Polo logo se envolveu na guerra entre Veneza e Gênova, onde equipou e comandou uma galé na marinha veneziana. Em 1296 foi levado como prisioneiro pelos genoveses e, segundo a tradição, enquanto esteve preso narrou as histórias de suas viagens a um companheiro de cela, Rustichello da Pisa, que as escreveu em francês antigo. O relato de Marco Polo não foi apenas um simples registro da viagem, mas uma descrição do mundo, uma mistura de relatório de viagem, lendas, boatos e informações práticas. Por estas razões, Les voyages de Marco Polo às vezes é chamada de Divisament du monde (Descrição do mundo) ou de Livre des merveilles du monde (Livro das maravilhas do mundo). A obra foi uma importante introdução aos europeus para a história e geografia da China e da Ásia Central. No final do manuscrito de Estocolmo há um mappa mundi, um mapa do mundo esquemático medieval dividido em zonas, que, no entanto, pode ser uma adição mais recente.