Em comunicado, o cofundador Matías Muchnick ressaltou a importância dos novos investidores. “A Future Positive traz uma atitude de colaboração, experiência com a indústria plant-based e um profundo conhecimento do ambiente de tecnologia. Já o L Catterton oferece muito mais do que suporte financeiro. Com uma rede global, eles trazem uma experiência incomparável em parcerias com marcas que são líderes globais.”
Os recursos serão usados para fazer contratações, ter acesso a mais pontos de venda e investir em um trade marketing que mostre os valores da NotCo. Atualmente, a foodtech comercializa maionese, leite e sorvete a base de plantas para 700 estabelecimentos. Seu hambúrguer vegetal deve chegar ao varejo na primeira quinzena de outubro, marcando uma nova etapa da empresa que tem como objetivo reinventar a indústria alimentícia, com alimentos que imitam sabor e textura animal usando apenas plantas.
Até o final de 2021, o Brasil deve se tornar a mais importante operação latino-americana da foodtech. O país não será o maior mercado global da NotCo por conta da entrada nos Estados Unidos, que também acontece no próximo ano. A foodtech já tem uma equipe de machine learning em São Francisco. Em breve, abrirá um escritório comercial, competindo com players americanos como Beyond Meat e Impossible Foods.
Para Luiz Augusto Silva, a concorrência com outras foodtechs ajuda a startup chilena. “Não se trata de saber quem terá a maior fatia, mas sim de aumentar o tamanho do bolo. Estamos preocupados em fazer as pessoas provarem. Assim, haverá uma mudança mais rápida dos hábitos dos consumidores. E aí, nem todas as foodtechs somadas serão capazes de atender toda a demanda”, diz. “Depois, claro, caberá ao consumidor escolher a melhor solução. Acreditamos que entregamos muito diferenciais, especialmente na experiência de memória afetiva do sabor e na textura da carne.” |