Poder360
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (2.mai.2021), que o apoio ao seu plano de trabalho em Brasília é menor do que imaginou quando foi convidado para o cargo e recebeu do então candidato Jair Bolsonaro o apelido de “Posto Ipiranga”. Apesar da frustração, ele disse que não pensa em desistir.
© Sérgio Lima/Poder360 O ministro Paulo Guedes (Economia):
“A aderência é um pouco menor do que eu pensei. Mas sem reclamação. É a democracia. Nas horas críticas, o presidente sempre nos apoiou”, declarou o ministro. “Eu tenho um senso de responsabilidade muito grande“, prosseguiu, destacando que não pretende deixar o cargo. “Eu estou só recalibrando tudo um pouquinho para baixo, mas sem mudar em nada a direção, a esperança”, enfatizou.
Apesar da frustração, Paulo Guedes disse que partirá para o ataque nos próximos meses para colocar em prática medidas para reduzir o desemprego e a pobreza no país. Ele avaliou que, nos 2 primeiros anos do governo, a equipe econômica ficou na “defensiva“.
“Nós jogamos 2 anos na defesa. Agora nós vamos para o ataque. Quais foram os dois anos na defesa? Controle na dinâmica de gastos do governo. Não demos aumentos de salários por 3 anos e nenhum governo fez isso. Jogamos na defesa, travando as despesas. Depois de dois anos jogando assim, há desgastes naturais na equipe“, afirmou, com relação à saída de membros da equipe econômica.
Para lidar com o desemprego e o aumento da pobreza, o ministro afirmou que a 1ª medida tem que ser a vacinação em massa. Além disso, a equipe trabalha em uma 2ª medida chamada BIP (Bônus de Inclusão Produtiva), um programa social para trabalhadores informais.
“Peguei uma democracia e entregarei uma democracia. Peguei uma inflação alta e entregarei uma inflação mais baixa. Peguei o país crescendo 1% e o entregarei crescendo 3%. Peguei o país com 12 milhões de desempregados e o entregarei com 10″, prometeu.
CORONAVÍRUS
Para Guedes, o atraso na vacinação em massa penalizou a retomada do crescimento econômico do Brasil. “É claro que durante uma guerra há falhas. Nós, por exemplo, lançamos um programa de crédito no início que não funcionou bem”.