TSE foi alertado para problemas de TI e falta de testes em totalização de votos
Da Redação ISTOÉ
Relatórios internos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o órgão foi alertado para entraves em seu sistema de tecnologia da informação e até para a falta de testes no sistema de totalização dos votos que provocou atraso no primeiro turno das eleições. As informações são da Folha.
Segundo a reportagem, uma auditoria da Secretaria de Controle Interno do tribunal listou em maio dez problemas no desenvolvimento e manutenção de softwares da Justiça Eleitoral, que já se vinham desde 2016.
Entre os problemas apontados estão a entrega da versão de software sem tempo hábil para testes, poucos interessados no desenvolvimento do sistema, falta de funcionários especializados e dificuldades em encontrar dados e informações.
Também foi sugerido ao TSE por uma comissão constituída para analisar o processo eletrônico da votação que realizasse testes no sistema de totalização de votos. Sugestão que não foi acatada pelo tribunal. Essa recomendação foi feita inicialmente nos testes realizados em 2016 e reiterada na edição 2017/2018.
Após os atrasos ocorridos no primeiro turno das eleições, técnicos do TSE passaram essa semana testando o sistema e se preparando para o segundo turno, que acontece no domingo (29), sem ocorrências de novos problemas.
O atraso aconteceu depois que o tribunal decidiu centralizar a contagem em Brasília, que antes eram feitas nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
No relatório final produzido pela comissão avaliadora do TPS (Teste Público de Segurança), de 2019, foi frisado que o tribunal não atendeu à recomendação de que os testes deveriam abranger os sistemas de totalização, operado por tecnologia da empresa Oracle, e biometria.
Em resposta à comissão, o TSE alegou que a sugestão não poderia ser aplicada “haja vista que o sistema RecBU (Sistema Recebedor de Boletim de Urna) estava sendo reescrito para as eleições de 2020 e que só estaria disponível para o TPS 2021”.
Os sistemas de totalização e RecBU funcionam em paralelo a partir das 17h do dia da eleição, recebendo boletins da urna e totalizando-os.
Após o primeiro turno, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a demora na entrega dos equipamentos por parte da empresa Oracle impediu a realização de testes prévios. O TSE levou 18 meses para assinar o contrato com a empresa.
Além disso, também houve uma tentativa de ataques hacker simultâneos na rede do tribunal e o aplicativo e-título, lançado com o objetivo de facilitar a vida do eleitor, registrou falhas de acesso.
TSE foi alertado para problemas de TI e falta de testes em totalização de votos
Da Redação ISTOÉ
Relatórios internos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o órgão foi alertado para entraves em seu sistema de tecnologia da informação e até para a falta de testes no sistema de totalização dos votos que provocou atraso no primeiro turno das eleições. As informações são da Folha.
Segundo a reportagem, uma auditoria da Secretaria de Controle Interno do tribunal listou em maio dez problemas no desenvolvimento e manutenção de softwares da Justiça Eleitoral, que já se vinham desde 2016.
Entre os problemas apontados estão a entrega da versão de software sem tempo hábil para testes, poucos interessados no desenvolvimento do sistema, falta de funcionários especializados e dificuldades em encontrar dados e informações.
Também foi sugerido ao TSE por uma comissão constituída para analisar o processo eletrônico da votação que realizasse testes no sistema de totalização de votos. Sugestão que não foi acatada pelo tribunal. Essa recomendação foi feita inicialmente nos testes realizados em 2016 e reiterada na edição 2017/2018.
Após os atrasos ocorridos no primeiro turno das eleições, técnicos do TSE passaram essa semana testando o sistema e se preparando para o segundo turno, que acontece no domingo (29), sem ocorrências de novos problemas.
O atraso aconteceu depois que o tribunal decidiu centralizar a contagem em Brasília, que antes eram feitas nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).
No relatório final produzido pela comissão avaliadora do TPS (Teste Público de Segurança), de 2019, foi frisado que o tribunal não atendeu à recomendação de que os testes deveriam abranger os sistemas de totalização, operado por tecnologia da empresa Oracle, e biometria.
Em resposta à comissão, o TSE alegou que a sugestão não poderia ser aplicada “haja vista que o sistema RecBU (Sistema Recebedor de Boletim de Urna) estava sendo reescrito para as eleições de 2020 e que só estaria disponível para o TPS 2021”.
Os sistemas de totalização e RecBU funcionam em paralelo a partir das 17h do dia da eleição, recebendo boletins da urna e totalizando-os.
Após o primeiro turno, o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, disse que a demora na entrega dos equipamentos por parte da empresa Oracle impediu a realização de testes prévios. O TSE levou 18 meses para assinar o contrato com a empresa.
Além disso, também houve uma tentativa de ataques hacker simultâneos na rede do tribunal e o aplicativo e-título, lançado com o objetivo de facilitar a vida do eleitor, registrou falhas de acesso.