Álvaro Soares – Jornal da Cidade
Compartilhar no FacebookCompartilhar no WhatsappCompartilhar no TwitterCompartilhar no MessengerCompartilhar no TelegramCompartilhar no Parler1520COMPARTILHARAM ISSO
Renan Calheiros: um sujeito astuto, investido do cargo de Senador da República.
Esse é o perfil do político alagoano, filho do “seo” Olavo, família humilde do município de Murici, no estado de Alagoas.
Renan começou a vida pública como pseudo defensor dos trabalhadores das usinas, mas assim que assumiu cargo público, demonstrou ter ódio da pobreza e aliou-se com os poderosos em busca de riqueza e ostentação.
Em 1986 foi reeleito deputado federal com o patrocínio de U$ 1.000.000 do usineiro João Lyra.
Sua máscara caiu por completo em 2007, quando a Rede Globo e a Revista Veja, escancararam para todo o país sua fortuna e seu “modus operandi”, retratando sua forte atuação no mundo criminoso da política brasileira.
A ex-amante, jornalista Mônica Veloso, foi o pivô da história, revelou publicamente o lado obscuro e criminoso de Calheiros. Conforme ficou demonstrado, o disparate da evolução patrimonial foi tão grande, que o povo chegou a fazer chacotas, dizendo que as vacas de Renan davam cria 24 horas por dia.
Quem conheceu o garoto Renan em Murici, descalço perambulando pelas ruas, ficou abismado ao tomar conhecimento de seu patrimônio adquirido após o ingresso à vida pública.
Em suas revelações, a jornalista contou que até a pensão que recebia de Renan, com o qual teve uma filha, o dinheiro recebido era fruto de propina, segundo ela, pegava todo mês em efetivo das mãos de Claudio Gontijo, lobista da empresa Mendes Júnior.
Apesar das inúmeras denúncias e provas cabais, Renan continuou intocável e “imexível” juridicamente, inclusive teve ascensão política, reassumindo posteriormente a Presidência do Senado Federal, fruto de sua influência como comandante do sistema vicioso da corrupção.
Depois de nove anos, em 12/12/2016, Renan voltou a ser denunciado formalmente ao STF, desta vez pelo procurador-geral da República Rodrigo Janot, acusado por corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
Segundo o Ministério Público, Renan Calheiros atuava no esquema de corrupção e fraudes em contratos da Petrobras, no chamado petrolão. Apesar das provas robustas que pesaram contra ele, mais uma vez o STF (Guardião da Constituição), deixou o dito pelo não dito , por decisão da maioria de seus ilustres ministros, engavetou o caso.
Até aí apesar da gente não aceitar e repudiar todo esse descalabro, ainda é compreensível, pois temos a real noção do tamanho do comprometimento das instituições públicas, dada à força e abrangência do sistema de corrupção que impera em nosso país.
O que nos causa revolta é de ter que assistir passivamente, a ousadia desse tipo de sujeito, que no alto de sua prepotência e perversidade, ameaça até o Presidente da República e àqueles que ousam em afrontar-lhe, contrariando seus interesses escusos.
A sociedade não tolera mais essas figuras nefastas e cabulosas que atuam em conluio contra os interesses republicanos.
Por sorte vivemos um novo momento de nossa história, com as redes sociais, que apesar de estar passando por constantes restrições por parte do Judiciário, ainda nos possibilita interagir e alertar a população dos possíveis riscos de golpes e ações estratégicas dessa quadrilha inescrupulosa.
Particularmente acredito na união do povo brasileiro e confio na seriedade das Forças Armadas e das polícias estaduais para manter a ordem e o progresso do Brasil. Quando todos se unem por um mesmo ideal, a vitória é certa, assim foi nas “diretas já”, assim foi com os “caras-pintadas” e assim será com o nosso grito pela liberdade do Brasil.
De nada adiantam ameaças, perseguições, prisões injustas e medidas arbitrárias, vamos reagir, “não é possível que mais de 57 milhões de brasileiros, se acovardarão perante algumas centenas de corruptos.”
Chegamos no limite, é hora de fazer como fez o Conde de D’Eu, “chutar o pau da barraca!!!!”
Não temos o que temer, estamos do lado do bem e da verdade.
Álvaro Soares